Suicides{Hiatus}

Prólogo

"Você é fraca, e isso já está no seu sangue."

Eram como o som de uma pingeira em meus ouvidos, parecia com uma chuva grossa em meio aos espinhos, um cheiro de grama molhada enchia meu pulmão de esperança, será aquilo tudo uma nova lembrança? Meus olhos se encheram de lágrimas naquela névoa profunda, um homem aparecerá na minha vista. Aparentemente se via um anjo em meio a escuridão daquele lugar ou apenas um homem cujo o seu coração era tão puro que sua luz ofuscava um brilho imenso em meus olhos.

O que será que há de tão importante naquele rapaz, que jura tirar o meu coração da paz. Que faz aparecer borboletas em meu estômago e borbulhas em meu coração, mas esse sentimento já entrou em minha mente, será uma paixão recorrente? Nunca tinha o visto antes, como estaria certa de que àquilo já acontecerá mais de uma vez?

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- Você acha mesmo que ele vai querer uma menininha chorona e desleixada que nem você? Acha mesmo Mia, que ele gostará de você um dia? - Cada vez ela chegava perto de mim, eu estava encurralada com as palavras que saiam de sua boca. - Vai sonhando garota, você não passa de uma garota gorda e que vai ficar sozinha... Para sempre.

Suas palavras doeram meu coração, tocou em uma ferida que jamais poderia ser tocada, eu me sentia acabada, era como eu só existisse para sofrer nesse mundo.

- Vai Mia! Chora para todos veem que você é fraca. – Ela dizia em meu ouvido e aquilo me dava arrepios em todo o corpo, eu queria ser forte o bastante para não ligar para isso, mas eu sou fraca. – Olha gente a Mia tem uma quedinha pelo melhor amigo dela.

Ela gritava pelos corredores da escola. E assim uma roda de pessoas se fez em meio a nós duas, aquilo era totalmente constrangedor. Algumas pessoas riam, outras filmavam e tinha algumas que dava para ver os olhares de pena sobre mim. Eu não aguentei, chorar era a única forma que eu sabia desabafar, então eu chorei como uma nuvem estivesse em meus olhos.

- JÁ CHEGA. – Eu permanência de olhos fechados, estava com medo dela me bater ou fazer algo pior comigo, porém aquela voz era de um homem e eu o conhecia muito bem. – Já parou com suas brincadeirinhas sem graça? Vamos Mia.

- Para a sua informação ela só sai comigo. – Disse me segurando a minha mão com força, suas unhas cravaram em minhas pele fazendo arder. - Mas venha cá meu querido amigo, sabia que a Mia tem um paixonite?

- Não! Não dê ouvidos a ela. – Me desespero e olho no fundo dos seus olhos, ele sabia quando eu fazia isso era por que era algo sério. – Ela só está inventando coisas, por favor.

- Não me interessa Melody. – Ele me puxou para mais perto. – Eu sei do que a minha amiga precisa ou não, e creio que ela não precisa de sua opinião.

- Sempre protegida por ele né Mia? – Ela soltou a minha mão. – Porém vai ter um dia que você estará so-zin-ha.

E Ela se foi e todos os espectadores daquele grande show, eu apenas abraçava o meu melhor amigo como se ele fosse embora, um abraço apertado sempre era bom nessas horas de terror.~

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- Espera. – Digo retirando meu braço de sua mão que me segurava firme. – Onde vamos? Eu pensei que os meninos também viriam.

- Você só irá descobrir quando chegarmos. – Ele deu um sorriso encantador para mim, como eu poderia reconhecer esse sorriso se acabei de conhece-lo, como sinto que ele é tão íntimo sendo que mal conversamos? – E meio que enrolei você, se eu não dissesse que os meninos estariam aqui você não aceitaria o meu pedido.

Ele colocou sua mão no cabelo parecia envergonhado por ter dito a verdade, seu olhar caído fixado em seus pés o tornava fofo podemos dizer, seu nervosismo era visível o que me fez dar uma pequena risada da situação.

- Não precisa me "enrolar" Jung. – Disse e recebo um olhar de reprovação, eu tinha me esquecido. – Desculpe, J-hope.

A noite não parecia mais tão obscura, já não estava com medo e nem aflita, os pesadelos viraram sonhos e então pude ver como o céu se tornou tão estrelado, que parecia uma pintura moderna feita por Van Gogh, aquilo certamente me trouxe paz por um momento.

Sinto J-hope se aproximar, sua respiração estava mais perto e ofegante, dava para sentir as batidas aceleradas do seu coração, o olhar dele sobre mim. Dava para sentir que estávamos conectados de alguma forma, porém como?

- Venha vou te mostrar um lugar. – Sua voz era abafada pelo cachecol de crochê, sua mão segurou a minha, e novamente ele me puxou.

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Ela é uma bomba relógio, todos aos redor deveriam temer por ela ser tão explosiva. Acho que ela só precisa de um momento sozinha, e se afastar das poucas pessoas que a ouvia, ai sim! Ela irá explodir de vez.

"Somos programados pra cair"

- Amianto, Supercombo.