Capítulo 7

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FELIZ NATAL!!!!!!!

Bom, não é natal ainda mas, FELIZ VÉSPERA DE NATAL!!!!

-X-

Peter não respondeu a pergunta do outro. Se nem ele ao menos sabia a resposta como a diria?

Apenas continuou deitado pensando e repensando sobre aquele assunto, agora sem olhar para o rosto alheio.

Wade também não insistiu numa resposta. Como Peter dissera uma vez, ele "esperaria o seu tempo". Mas uma coisa era certa; ele sabia que os sentimentos do menor em relação a ele haviam mudado.

- Ei.- o maior sentou-se afim de mudar de assunto.

- Hum?

- Nada não. - balançou a cabeça negativamente. Apenas queria cortar aquele clima.

Peter franziu o cenho sentando-se também ao lado do mais velho.

- O que foi?- perguntou.

Wade apenas balançou a cabeça negativamente como se dissesse que não era nada.- Não, pera', hey!- O mais velho o chamou o garoto como se houvesse lembrado de algo. Dessa vez, assim que o menor olhou em sua direção o outro selou seus lábios rapidamente não dando ao menos tempo para Peter pensar.

Ele não cansava disso. Não cansava de sentir os lábios de seu 'Baby Boy'. Apesar de essa 'relação' ser bastante estranha para ambos, ainda assim era bom. Mas o que Wade não conseguia tirar da cabeça era "e se aparecer outra pessoa?". Eles ao menos tinham algo sério.

- Wade a gente precisa, realmente... sei lá... "definir" o que a gente tem.- fez aspas no ar. Não era exatamente essa palavra que estava procurando mas foi a que conseguiu achar no momento.

Wade virou seu olhar para o garoto que tinha seu olhar na rua embaixo deles com o rosto inexpressivo.

- Nós somos amigos que se pegam.- disse simples mas com seu costumeiro tom brincalhão.

Peter franziu o senho rindo baixo da fala do outro.

- Mas... O que você quer que a gente tenha?- arqueou uma sobrancelha.

Fez, praticamente, a mesma pergunta de antes.

Peter Voltou a fitar a rua pensando e repensando sobre aquilo. Qual o tipo de relação que ele queria ter com Wade? Embora fosse a mesma pergunta se antes só que com outras palavras...

- Uh... Eu não... sei...- comprimiu os lábios arqueando uma sobrancelha.

Bem... Isso não era de total verdade. Peter queria sim ter um relacionamento com o outro mas, em parte, ele apenas não queria admitir; nem para ele mesmo e muito menos para o maior.

Sabe aquele namoro de criança onde você sempre quer saber se a pessoa gosta de você antes de se declarar? Então; Peter se sentia esse tipo de criança quando perguntou "Mas e você?"

- Eu...? Bem... Eu quero algo sério, de preferência. Mas é você quem escolhe.- falou com seu costumeiro tom de voz mas, embora ele houvesse dito de jeito brincalhão, estava realmente falando sério.

O telefone de Wade toca derrepente. Ele olha a tela vendo "Cara Que Não Sei O Nome" escrito. Sim, ele havia salvo o nome do cara que o contratou como Cara Que Não Sei O Nome.

Levantou-se antes de atender a ligação indo um pouco para longe do menor.

- A essa hora achei que você já estaria no Japão.- disse irônico ao atender.

- Você está com o Aranha né'?- perguntou já impaciente na primeira frase.

- Não sei, por quê?- fez-se de desentendido.

- Te pago o dobro pra' cumprir a missão.

- Cara, nã- nem terminara de falar e foi interrompido por outra oferta.

- O triplo então!?- o homem do outro lado da linha parecia um tanto desesperado.

- Eu não vou cumprir a porra da missão, cara!- gritou chamando a atenção de Peter que o olhou assustado.- Eu não vou matar ele!- disse abaixando o tom de voz.- Eu não vou, nem você e, nem adianta pagar outra pessoa porque eu corto a cabeça dela fora.- Wade já havia sido muito paciente com essa pessoa.

O outro simplesmente desligou sem falar mais nada.

- O que foi isso?- perguntou chamando a atenção do mais velho.

Wade voltou a se sentar ao lado do garoto e bufou esfregando a mão no rosto. Logo lembrou-se de que estava sem máscara e a pegou no chão e pôs novamente.

- Sabe o cara que queria que eu... uh...- fez uma careta.-te matasse...?- disse receoso e Peter assentiu como se disse para ele prosseguir.- Então... Eu disse que não ia fazer e devolvi o dinheiro que ele já tinha' me pagado mas... agora ele tá' insistindo nisso.

O herói abaixou o olhar para o nada apoiando seu queixo em uma das mãos.

- Ei, mas relaxa, eu realmente não vou fazer isso e-

- Eu sei que não vai.- interrompeu o mais velho com sua fala sendo seguida de um suspiro um tanto quanto cansado.

Peter pôs sua máscara também. Aquele assunto estava bastante desconfortável para continuar com o rosto à mostra.

- Só que...- pôs ambas as mãos sob o rosto.- é estranho.- sua voz saiu abafada.- Quando eu te reencontrei pela primeira vez depois de tanto tempo, você estava tentando me matar. E agora, aqui estamos.- afastou um pouco a mão para o olhar mas logo cobriu seu rosto novamente.

Wade sabia que aquele "aqui estamos" significava o fato de eles estarem 'juntos' agora. E ele concordava com Peter. Era "estranho pra caralho", com suas palavras.

- Eu sei que é estranho.- Wade se pronunciou após um tempo e Peter o olhou de relance.- Pra mim também é, só... sei lá... Comigo nada foi normal mesmo.- deu um sorriso de lado.

O mais novo abraçou seus joelhos fitando o horizonte já escuro por ser noite, hesitante, repousou a cabeça no ombro alheio que espantou-se com a ação do outro mas não demorou a passar um braço ao redor de sua cintura.

E foi quanto um pingo d'água caiu em seu ombro. E depois outros vieram com mais frequência e alternados.

- Ô' porra! De novo!?- levantou a cabeça como se estivesse reclamando para as nuvens o que só fez o menor rir. - Ei, Petey.- chamou fazendo o garoto o olhar.

Ele simplesmente retirou a máscara do rosto alheio o vendo com uma expressão confusa e então retirou a sua própria com um meio sorriso nos lábios.

- Me disseram que beijo na chuva é bom.- sorriu.

- Quem?- sorriu de lado franzindo o cenho fracamente.

O maior apenas apontou para sua cabeça como se dissesse que foi a tal das vozes e Peter sorriu.

O garoto levou uma das mãos ao rosto alheio os aproximando e logo estavam em um beijo lento e calmo. Wade levou ambas as mãos à cintura do menor a medida em que o beijo se aprofundava.

Era algo diferente do beijo que estavam acostumados a dar. A água caia em seus rostos escorregando até suas bocas deixando o beijo mais molhado.

A outra mão do menor que estava apoiada no chão foi até a lateral do rosto de Wade o puxando mais para si ao mesmo tempo em que também puxou o lábio inferior do outro entre seus dentes. Wade o puxou pela cintura até ele estar sentado em seu colo com uma perna de cada lado de seu corpo. Logo desceu uma de suas mãos para a coxa do garoto a apertando mas o mesmo ao menos reclamou. E eles continuaram até estarem totalmente sem fôlego. Ou melhor dizendo; era Peter quem estava.

Wade tinha razão. Beijo na chuva é bom.

Just One Forever - SpideypoolOnde histórias criam vida. Descubra agora