' O sino toca '
A aula chegou ao fim. Antes que o próximo professor pudesse entrar me levantei da cadeira e fui em direção ao banheiro.
Fui lavar meu rosto para ver se eu permanecia acordada para a próxima aula. Estava com tanto sono e tão cansada.
Talvez estudar ali estivesse me esgotando mentalmente.
Ao secar meu rosto me deparo com Nicole, ela bate minha cabeça com força contra o espelho sem que eu pudesse me proteger.
Ao levar minha mão ao cabeça sinto algo escorrendo.
Era sangue...
- VOCÊ ESTÁ MALUCA? EU NÃO TE FIZ NADA. - Gritei.
- Você será agora o meu saco de bater, como naqueles que existem na academia. Será meu bichinho. E saiu andando rumo a porta do banheiro. - Ah, só para você saber, eu estou de olho em você ElizabethJohnson Williams. Ninguém sabe o motivo de você ter vindo para cá, não é? - Disse ela rindo ironicamente.
- O que você quer dizer com isso? - Perguntei.
- Bem, digamos que sou sua sombra, sei de tudo que você faz. Assim que te vi pela primeira vez com aquela carinha de boa moça, senti nojo. Mas cá entre nós Elizabeth, meninas boas não vão para o Céu, sabia?- disse ela rindo com tom de deboche.
Fiquei olhando para ela. Antes que eu pudesse responder algo ela virou as costas e saiu andando.
Peguei bastante papel para colocar sobre minha cabeça. Eu estava sentindo muita dor. Fui em direção ao box sanitário e me sentei e comecei a chorar. Eu não poderia dizer nada a ninguém, senão todos iriam descobrir.
Não voltei a sala de aula após aquele ocorrido. Quando o último sinal tocou ainda por alguns minutos no banheiro. Imaginando que a escola estaria vazia, fui em direção a sala de aula. Fui guardar meu caderno e livro e pegar a mochila. Eu precisava ir na emergência, pois ainda estava sangrando mesmo eu realizando a compressão.Minha estava estava cortada, por isso ainda sangrava. Estava sentindo uma Dor de cabeça forte. Me sentei um pouco para me recuperar e assim prosseguir e ir até a emergência, mas ao me levantar rapidamente eu enxergava tudo escurecido e após isso não me lembro de mais nada..
Hospital.
Quando acordei, eu não sabia onde estava e nem que lugar era aquele. Tentei me levantar, porém fui impedida pela enfermeira que estava trocando minha medicação.
- Você não pode se levantar senhorita. - Disse a enfermeira.
- Eu quero sair daqui agora, preciso ir para casa, meus pais devem estar preocupados comigo. Eu estou bem, estou ótima. Por favor me deixe ir. - disse Elizabeth a enfermeira. E já retirando o acesso que estava em seu braço.
Nesse instante Jimmy aparece na porta sem dizer nada.
- Nada disso mocinha, você se machucou. Ficará aqui em observação até amanhã. Disse ele.
- O QUE? ATÉ AMANHÃ? EU PRECISO IR EMBORA AGORA! - Disse eufórica.
- Liza, você sofreu uma pancada forte na cabeça. Precisará ficar em observação até amanhã. - respondeu Jimmy.
Mas e a minha mãe? Se eu dormir fora de casa, ela me mata.
- Eu já falei com ela. - Disse alguém na porta do quarto de hospital.
Era o Arthur.
- SAIA DAQUI AGORA. - disse em alta voz.
- O que está havendo aqui? - Perguntou o médico que acabara de entrar.
Arthur e Jimmy se retiraram do quarto sem responder nada.
- Oi Elizabeth, tudo bem? Me chamo Alexandre. Serei seu médico hoje. Como você chegou aqui com ferimento na cabeça, realizamos alguns exames. E percebi que você tem alguns ossos cicatrizados. -
- Eu era bem arteira, caía bastante quando criança, por isso. - respondi ao médico.
- Mesmo assim irei fazer alguns outros exames. E estando tudo bem, te libero por volta das 22:00 horas. É o maximo que posso fazer. Farei de tudo para que possa te liberar esse horário, caso contrário, só poderá ir amanha de manhã. Tudo bem? - disso o médico.
- Tudo bem. Ah doutor, a propósito eu preciso ligar para casa, minha mãe deve estar preocupada. E como não sei como cheguei aqui, não sei onde está minha mochila. - respondi.
- Pedirei alguma enfermeira que veja isso para você. - respondeu o médico.
- Muito obrigado - disse.
...
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Não me deixe ir
RomanceRecém-chegada na escola no meio do ano letivo. Elizabeth J. Willians não sabia o que esperar nesta nova jornada em sua vida. Sentia que estava entrando em um covil de bruxos, porém ao mesmo tempo, percebia que ela poderia recomeçar e deixar o passa...