Após fritar meu cérebro diante daquela indecisão, decidi então segurá-lo firme. Até porque eu naquela altura do campeonato, não queria cair e me machucar novamente. Pois já estava com a testa cortada..
Entrelacei meus braços por detrás dele e o abracei firme para não cair.
- Para onde estamos indo?- Perguntei curiosa.
- Você já irá saber - disse ele.
Continuamos a subir numa espécie de morro, haviam algumas redes elétricas e algumas árvores espalhadas por todo aquele lugar. Acredito que aquele lugar era proibido para civis. Era um lugar privado ou algo do tipo.
- Que lugar interessante este, Arthur - Continuei dizendo - Você não irá me sequestrar? Vender meus órgãos no mercado negro? Meu Deus, não quero nem pensar nisso. Adeus mãe, te amo. - disse rindo.
- Saberiam que eu era o responsável, até porque você foi vista comigo saindo do hospital, lembra? Lá tem câmeras de segurança e eu fiz a burrada de tirar o capacete. - disse Arthur rindo também.
- ARTHUR, eu quero sair daqui agora, pelo amor de DEUS.. irei me jogar dessa moto, em.. disse Elizabeth.
Arthur não me respondeu. Escutei um barulho de uma risada.
- Você está rindo de mim, cabeção? - disse Liza.
- Jamais faria isso. - disse ele tentando disfarçar o riso. Ele continuou dizendo - Pronto, chegamos donzela em perigo.
Ele parou a moto no alto do morro. Onde dava para ver toda a cidade. Tiramos o capacete e saí o mais rápido de cima da moto. Enquanto ele ficou ali sentado sobre ela.
- Que lugar lindo e incrível. Eu estou sem palavras. Sinto que aqui trouxe paz para o meu coração. Me senti tão pequenina em um mundo tão grande. Mesmo com nossos problemas ele continua girando. É uma verdadeira máquina. - disse Liza.
Ele ficou parado ali olhando para mim.
- Quando minha mãe morreu, eu vim aqui. Conheci este lugar através dela. Desde então, quando me sinto perdido ou até mesmo triste, esse é o meu esconderijo. Onde ninguém pode me achar.
Quando ele terminou de dizer essas palavras, me virei para ele e pude ver que seus olhos estavam cheios de lágrimas.
Permaneci ali diante dele.
- Te agradeço por ter me trazido aqui. Vejo que este lugar é muito importante pra você. E sorri gentilmente para ele.
Continuei dizendo..- Eu queria te pedir desculpas por ter sido grossa com você algumas vezes. Você não tem culpa pelo o que eu sofri e nem pelo o que sua namorada fez. Você não é o culpado aqui. Julguei você muito mal. Achei que você fosse como todos daquela escola.Mas não. Você não é, Arthur!.
- E porque acha que não sou como eles? Você não me conhece o suficiente para saber nada ao meu respeito. disse ele.
- Arthur, olha para onde você me trouxe.. Você é gentil, pelo menos comigo. Depois da forma que lhe tratei, você poderia simplesmente nunca mais falar comigo. Mas aqui estamos nós, não é mesmo? Então, eu quero te pedir formalmente o meu pedido de desculpas. Sei que falou com minha mãe e amenizou as coisas em casa. Obrigada mesmo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Não me deixe ir
RomanceRecém-chegada na escola no meio do ano letivo. Elizabeth J. Willians não sabia o que esperar nesta nova jornada em sua vida. Sentia que estava entrando em um covil de bruxos, porém ao mesmo tempo, percebia que ela poderia recomeçar e deixar o passa...