•Capítulo 8

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Melissa's P

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Melissa's P.O.V.~

Me aproximei dela e seu semblante estava diferente: Ela não estava com seu olhar sereno, na verdade, ela estava desesperada. Seus olhos azuis pareciam piscinas de verdade cheios de lágrimas, mas eu não tinha o mínimo de pena da pessoa que destruiu minha família.

–O que você quer, Elizabeth?!

–S-seu pai está em casa? -Ela gaguejou

–Não. Saia daqui!

–E-eu preciso falar com ele! Urgente!

–Eu já disse que ele não está! -Eu falei sem paciência nenhuma –SAIA!

Ela parecia assustada com meu tom de voz. Essa foi a conversa mais longa que nós duas tivemos.

–... Tá! Eu vou! Mas ela vai ficar sabendo! -Ela saiu correndo pro seu carro

"Ela vai ficar sabendo...? Como assim?" pensei. Decidi ignorar e entrar em casa, estava morrendo de fome. Entrei e apenas mamãe estava.

–Mãe? Cadê o papai e o Steve?

–O Steve está no bar trabalhando e seu pai numa reunião. Somos só nós duas hoje! -Ela sorriu muito animada

Nós duas jantamos e depois fomos pra sala vendo novelas antigas que passavam. Fazia tempo que eu e mamãe não passávamos um tempo juntas assim. Esses momentos mãe e filha. Ficamos zoando o cabelo dos atores e as roupas de todos eles e nós duas morríamos de rir.

–Eu senti saudade de ficar com a minha filhinha -Ela me abraçou de lado e eu abracei seu corpo sorrindo

Logo meu sorriso sumiu. Eu precisava dizer o que estava entalado na minha garganta.

–Mãe... Por que você e o papai não se separam...? Ia ser tão melhor pra todo mundo...

Ela ficou em silêncio. Eu sabia que tinha tocado na ferida aberta dela. Ela suspirou e olhou em meus olhos.

–Filha, acima de todo ódio que eu deveria ter do seu pai, eu o amo. Ele me deu tudo o que eu sempre quis... Inclusive você e seu irmão -Ela sorriu fraco e alisou meu rosto –Você vai ver, as coisas vão voltar a ser como eram antes em breve...

–O que quer dizer?

–Nada, querida, não se preocupe. Mas você deveria ir dormir agora, sim?

–Claro, mamãe -Sorri fraco e ela depositou um beijo na minha testa

Sai andando e fingi estar subindo as escadas. Ela então abriu uma garrafa de Whisky caro e bebeu na boca mesmo. Bebia como se tivesse corrido uma maratona no deserto e aquela era a única garrafa de água do mundo. Meu coração apertou, mas decidi não falar nada e fui direto para o meu quarto, onde me tranquei imediatamente. Tomei banho, Me deitei e coloquei pra tocar nos meus fones de ouvido "Dollhouse" de Melanie Martinez. Peguei no sono logo em seguida.

***

Mallory's P.O.V~

Estava tudo uma bagunça, um caos. A morte de Hillary não era a única, tem um serial killer solto por aí. E ninguém faz ideia de quem seja.

Cheguei em casa e estava acontecendo o de sempre. Meu pai e seu assistente fazendo mil coisas ao mesmo tempo, minha mãe no telefone... e nenhum deles sequer notou a minha presença.

–Mãe, chegue-

–Ocupada! -Ela me interrompeu sem nem me olhar e tirar o celular do ouvido

"Eu sou invisível?" pensei.

Suspirei e subi para o meu quarto. Deixei minhas coisas na escrivaninha e preparei um banho na banheira.

Os últimos acontecimentos de Grave Hillside passavam pela minha cabeça enquanto eu estava sentada na banheira cheia de espuma. A morte de Hillary, o corpo dela encontrado no banheiro feminino do colégio pelas líderes de torcida, a morte da enfermeira e seu corpo encontrado por dois garotos na parte de trás... e o pior de tudo: Ninguém faz ideia da pessoa por trás desses assassinatos.

Pode ser um homem adulto, um adolescente, uma garota, até mesmo um idoso. Talvez o próprio zelador do colégio... não sei, mas isso estava me atormentando. Eu odeio esse sentimento de estar em perigo e com medo sempre. Também de desconfiar de tudo e de todos.

Estava tudo de cabeça para baixo

Grave Hillside -The Liar Hunt Onde histórias criam vida. Descubra agora