Lamentação onírica

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A noite é o templo da escrita
Pois seu rosto não me fita
É minha chance de escrever
Pois meu coração não para de doer

É no momento noturno
Que relato o sofrimento diurno
É na perfeira escuridão
Que posso escapar da solidão pela ilusão

É na ausência cor
Que o brilho do cabelo me salva do horror
Que é lembrar das suas mãos em outro
Momentos que oxidam da minha mente como ouro

É quando estou completamente perdido
Que seu sorriso me leva ao caminho pedido
É em meus sonhos que você aparece
E é na realidade que você desaparece

Meu coração queima ao dizer estas palavras
Assim como dos teus sonhos tu falavas

Desdenhando um vida onírica
Na ausência de uma ordem empírica

Cotornando um desenho
Que desaparece a medida do meu empenho
De se agarrar a cada momento
Em que não houve lamento
Momentos que hoje trazem sofrimento
E que já foram meu sacramento

A noite é como uma entidade
Que te tornou uma divindade
Fria e distante
Que permanece apenas na mente de um pedante

Memórias inexistentesOnde histórias criam vida. Descubra agora