Mesmo com tudo
Eu sou apenas um cantor mudo
Não importa com quem eu procure
Não há alguém que me cure
Desse coração vazio deixado por tu
Que foi pintado em um quadro azulNão importa com quem eu esteja
Não há como virar a mesa
Você sempre estará lá me olhando
Como uma memória que passa os dias dançandoUma dança que não me permite seguir em frente
Uma valsa que não permite que eu me sente
De frente,vendo o por do sol
Esperando o fim do dia sem nenhum prolDe repente tudo volta como um um espisódio
Marcado pela raiva e pelo ódio
Não direcionado ao seu coração
E sim à minha percepção
De um mundo devastado pelo vazio
Sem nenhum carinho,sem nenhum brioAgora sigo procurando o invísivel
Em um mundo em que a felicidade é imperceptível
Só me resta agora ir e caminhar
Para evitar que seus sentimentos me façam chorarPorém,pergunto-me,quais sentimentos?
São eles tão reais como meus lamentos?
Ou tão inexistentes como minha fé
Que procuro em cada xícara de café
Ou em cada pintura
Que é recoberta pela tintura
Assim como minha avareza
Que disfarço com minha tristezaNo final sou apenas um louco sentando em um banco
Pincelando a cada dia um quadro em branco
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Memórias inexistentes
PoesíaEscrito em 2018, este é um livro de poemas escritos não apenas em um processo catarse, mas também em contínuo esforço para esquecer alguém especial. Por ser escrito por um adolescente, o livro é recheado de um romantismo mecânico e repetitivo, exist...