Nessas noites até o amanhecer
Apenas penso em agradecer
Pela valorosa lição existencial
De que não nenhum um pouco especialEm um planeta azul e verde
Tenho água e ainda sinto sede
Tenho pessoas e ainda sinto solidão
Tenho me encontrado no caminho da perdiçãoEm uma existência fugaz
Sua falta de carinho me traz
A ausência do ego
De canal onde cada telespectador é um cegoNosso amor está morto!
E foi nossa paixão que o matou
Agora o caminho do desejo anda solto
Transfigurando o ego a quem eu souNão há mais razões para ser
Não há mais sentimentos para se estender
O vazio agora reina
Em um aquário vazio de liberdade plenaA existência dos ensinamentos
A dualidade dos meus sentimentos
Foi tudo o que eu sempre procurei
Porém foi o nada ao qual acheiEm você repousa o sagrado
Em você repousa o profano
Em mim repousa o ser que já foi amado
Em mim repousa o ser que anda se quebrandoEm uma rachadura exposta
Abre-se um livro de muitas perguntas
Porém sem nenhuma presença de respostaLeio ao nada
Em um culto para minha amada
Sagrada divina Senhora
Em meu ego o vazio moraÉs minha náusea
És uma subjetividade que abala minha estrutura óssea
Após todo esse lirismo exaltado
Me resta apenas ser um homem revoltadoEm um perfeito salto de fé
Aprofundo-me nesta maré
De sentimentos vazios
Viajando sem a necessidade navios
Pois grandes navios afundam
E pequenos navios imundamEm meu conforto de soledade
Não fui condenado a ser livre
Mas condenada pela liberdade
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Memórias inexistentes
PoesíaEscrito em 2018, este é um livro de poemas escritos não apenas em um processo catarse, mas também em contínuo esforço para esquecer alguém especial. Por ser escrito por um adolescente, o livro é recheado de um romantismo mecânico e repetitivo, exist...