Ret: Comassim pô? Desce bala, vocês vão esperando eles começarem o inferno? - Gritei no raidinho.
Ratinho: São 3 carros do exército, ainda tem os cuzão da upp! Ninguém tá entrando nem saindo, morador que ir trabalhar ou ir no asfalto e não pode! Coe, eles falaram que se descer fogo, eles vão fazer inferno.
Ret: Moi de pau no cu! - Taquei o raidinho longe.
Novinho: Se estressar não vai ajudar! - Passou a mão no cabelo.- Manda os menó na atividade, 24 por 24. Junta os moradores e bota na reunião.
Ret: Faz o teu aí, dá essa mão pô.- Ele concordou.- Convoca geral na praça amanhã.
Meu celular vibrou e eu tirei do bolso, era mensagem da nega.
Passei o dia todo fora também, mó saudades dos cara lá.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fiquei grilado logo, o peito apertou e pá.
Mandei tudo a merda e me levantei com o verde no bico.
Ret: Novinho.- Gritei.
Novinho: Coe coe...- Chegou correndo.
Ret: Théo tá doente, preciso ir em casa!
Novinho: Vai, faz o teu. Se preocupa não.- Fez toque comigo.
Ret: Valeu pô, é nós. - Abracei ele de lado e desci correndo com o fuzil nas costas.
Montei na moto e colei em casa.
Da porta já escutei o choro do meu menino.
Ret: Oi amor, colfoi? - Fui logo pegando o Théo da Gabi que tava nervosinha enquanto ele chorava.
Gabi: Eu não sei, ele vomitou do nada e começou a chorar, ficar quente...- Falou nervosa.- A gente precisa ir no médico agora.
Ret: Calma, preta.- Alisei o Théo no meu colo.- Pega água aí, toma e trás pra ele.
Ela passou a mão no rosto e foi pra cozinha.
Sentei com ele no sofá e coloquei ele em pé no meu colo.
Ret: Para de chorar Théo, não fode.- Beijei a testa dele que tava quente.
Escutei uns barulhos de tiro e meu coração parou na hora, papo reto!