Poeta

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E o poeta senta na mesa; com um nó na garganta e as mãos atadas. Observo aquela cena.
Muitos não o viam ali, daquela maneira;
Enxergavam apenas uma moça, sentada em uma mesa, com uma caneta na mão.
Todavia, eu reconhecia um poeta quando via um.
Como não conhecer?
Eu também era poeta.
As garrafas se acumulavam na mesa, mas no bloco nada se amotoava.
E observei.
Deixei de lado as conversas de WthasApp, pois, entendia o travamento da dela.
O nó na garganta e o laço nas mãos ferem o poeta.
E não há alívio sem a escrita.
Observei tanto aquela cena que,
Por fim, entendi que a moça do bar era eu.
Eu me silenciava e me observava em agonia.

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