Me calo diante dos momentos em que me privam do carinho que "qualquer" outro pode receber.
Escuto todos os dias que minha doença é curável.
E meu "Deus", espero que não sejas como teus filhos.
Não tenho tempo para chorar (nem forças).
Escondo-me por entre as vielas,
Pois, tentam me concertar com estupros e agressões.
Mas, minha vida é apenas um número dos inúmeros casos de todos os dias.
(E as exatas provam que os números são "infinitos").
Respiro fundo e ponho um vestido.
Até quando precisarei ser "feminina" para ser tida como mulher?
E até onde vou precisar de companhia para ser uma mulher que merece respeito?
Porque a mãe que tu não deixa ser xingada, foi a puta para outros milhares como tu.
E as putas as vezes procuram a voz, e as acham.
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DEVANEIOS
PoetryA releitura do mundo de ponta cabeça. Talvez até a leitura de um mundo diferente habitado em uma humana perdida.