Me Encontrei Para Ele (Livro 3)

Capítulo 7

Esperei ela dormir, levantei da cama e fui até a janela, eu precisava respirar longe dela e por meus pensamentos em ordem. Seja lá onde esse Sérgio estiver, ele é um homem morto, ela era so uma menina quando ele começou a fazer seja lá o que for. E tendo sido criada em um orfanato, não tinha malícia, não via a maldade que existe no mundo fora daqueles portões. Fui até minhas roupas em busca da única coisa que poderia fazer por ela agora. Liguei e no segundo toque fui atendido.

- Senhor!

- Javier, descubra tudo sobre o cara do restaurante em Toronto, se ele cagar, eu quero saber também. E prepare tudo para um não reconhecimento, ele não vai viver para contar nem um aí a mais ninguém.

- Desculpe senhor, mas assim que vi a sua noiva abalada eu fiz buscas e investiguei. Já tenho um dossiê em mãos, posso entregar agora mesmo.

- Ótimo! - olhei ela sobre a cama e decidi que não sairia naquela hora e deixá-la sozinha - Deixe para amanhã pela manhã. Logo depois do café eu quero você, Juan e mais dois disponíveis para nos acompanhar até Antiparos.

- Sim senhor! Mais alguma coisa?

- Por hora não. Javier, seja discreto quanto ao adjetivo.

- Sim senhor. Ela é a sua melhor escolha senhor. Boa noite! - vi quando ele ligou o carro e saiu da frente da casa onde ela mora com a Consuelo e o Andrés. Javier sabe o quanto eu gosto dessa menina. Voltei pra cama, nada, nem ninguém pode estar entre a gente, Evelin é de fato a minha melhor escolha e é por isso que amanhã eu vou levá-la até o meu local favorito, depois quando voltarmos eu conto sobre a Natália.

Na manhã seguinte acordei com beijos, poderia ficar quieto e ver até onde ela iria, mas sou consciente que sexo, nem sempre é tudo.

- Sei que já acordou, agora que tal abrir esses lindos olhos pra sua namorada? - eu sorri, na verdade eu gargalhei.

- Usando minhas palavras senhorita Nogara? Poderia processa-la por plágio.

- Você não faria isso, apenas porque me ama - me sentei escorando a costa na cabeceira da cama - você mesmo disse em Toronto, algumas vezes, entao deve ser verdade. Agora que tal você ir tomar um banho, depois tomaremos café da manhã e em seguida você me leva não sei onde que é seu lugar preferido no mundo.

- Se for assim não precisamos sair. Meu lugar preferido é onde você estiver. E sim, eu amo você sua pequena encrenqueira, provocadora e aliciadora de homem de olhos lindos como eu enquanto eu durmo. Me dá um beijinho de bom dia πριγκίπισσα!

- Espero que isso seja um elogio. Dou sim, mas depois que você levantar seu corpo enorme da cama e caminhar até o banheiro. Javier ligou cedo pra você - peguei meu telefone e não vi chamada perdida, olhei de volta e ela sorria com cara de quem fez travessuras - Eu atendi, perturbou meu sono de princesa.

- Foi do que te chamei. πριγκίπισσα, princesa! O que ele queria?

- Trouxe uma bolsa pequena com roupas, disse que está tudo pronto para partitmos conforme o senhor solicitou. - não levantei e nem caminhei até o banheiro para ganhar meu beijo, roubei.

- Quer tomar banho comigo? Prometo me comportar...

- Eu sei que o faria, mas ainda não estou tão louca a ponto de entrar novamente no banheiro com você e correr o risco de não sairmos para o nosso passeio. Quem sabe eu faça isso na nossa próxima parada do dia?!

Sorri contente, porque ela está mais descontraída, mesmo sabendo que esse banho pode nunca acontecer depois dela saber tudo sobre a Natália. Meu medo é que ela entenda errado e não me veja como vítima da situação naquela época, bom eu era consciente do que estava fazendo, apesar de não saber a magnitude do que estava envolvido sem saber. Eu acreditava que tudo aquilo era parte das fantasias sexuais dela, hoje percebo que eu me enganei mais comigo do que com ela.