Capítulo 12

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Assim que sai da sala liguei para o Juan e pedi que me encontrasse no carro. Mas que se caso o patrão dele perguntasse por mim, a resposta seria não sei. Espero que ele me obedeça, sei que mesmo chorando ele não me deve tanto respeito assim, não sou eu quem paga o salário dele. Desci de elevador, mas antes de chegar no térreo sai e fui pela escada. Se tem algo nesse prédio que percebi é que ninguém fica sem dar qualquer informação ao cretino do meu marido. E de pensar que havíamos praticamente acabado de transar quando aquela vadia ligou. Vagabunda filha da puta, biscate de quinta! Se pego essa vigarista Mato na hora. Como a vadia liga pra pedir dinheiro em troca de não me falar nada sobre o passe o dele, como se eu não soubesse. Me deu mais ódio quando eu ouvi a puta falar que conhecia a Natália a puta mór. Vão dizer que estou exagerando no chilique, mas a culpa é daquele cretino que não se desfez da merda do telefone. E pra piorar ainda tenho uma festa pra ir hoje com as minhas amigas e esse episódio não vai acabar com a minha noite, mais não vai mesmo.

Quando cheguei no estacionamento encontrei o Juan encostado no carro ao lado de uma garota linda, se essa for a namorada ele tá bem na foto.

- Olá! Eu me chamo Júlia Lexxys é um prazer...

- Olha, me desculpa mas não é um bom momento. Não é por sua culpa acredite. Mas não fique achando que sou mal educada, apenas preciso sair daqui antes que aquele idiota apareça.

- Entendo e é por isso que vim ajudar. Eu levo você e o Juan fica pra despistar. Tudo bem assim?

- Perfeito! - olhei meu motorista que sorriu e apontou o relógio - Me pega mais tarde na casa da Helena. Estou indo lá por conta da festa. Você é convidado não esqueça, vá bonito e sem esse terno de enterro, leve sua garota.

- Vai logo, estão descendo! - então eu corri pro carro da garota. Bom, ao menos alguma alma vai se salvar hoje e não é a do Atila, disso eu tenho certeza.

Me escondi na mala do carro, a garagem tem segurança na saída, e sobre câmeras de vigilancia? Todo lugar tem ponto cego e pelo que a Júlia acaba de me falar era onde estávamos. Melhor pra mim, algumas quadras depois ela parou o carro e eu saí da mala, estávamos em uma espécie de beco. Entrei no carro e continuei escondida no banco de trás na direção do motorista.

- Fique tranquila. Seja lá o que for que ele tenha feito não é digno de suas lágrimas, nem um homem merece isso de uma mulher. Meu pai me mataria se me visse chorando por homem. Eu sinto muito por ter redigido o contrato de casamento e ter feito tudo em grego para você não saber do que se tratava.

- Não esquenta. Não estou chorando por isso. Mas por ter sido uma idiota antes de sair da merda daquela sala. Eu deveria ter batido nele antes... ah merda, minha irmã está ligando, fica em silêncio por favor, não quero que sobre pra você. - ela respondeu tudo bem e eu atendi.

- Não importa o que ele fez. Estou indo te encontrar na casa da Helena.

- Que barulho forte de vento é esse Milena? Alô! Alô! A palhaça deligou na minha cara.

- Bom, ela falou tempo o suficiente para não localizarem você. Agora desliga o aparelho. Vou apenas te deixar lá e ir pra casa. O Juan me falou sobre a festa e estou super animada.

- Você disse que redigiu o contrato que me une mateimonialmente. Você é advogada também certo? - ela assentiu - Sabe me dizer que tipo DE advogado posso procurar ou quem procurar para resolver a questão da minha herança? Basicamente é um orfanato aqui o Anjo Mebael.

- O que você quer exatamente? Posso te ajudar, sou da vara de família e modéstia a parte sou muito boa.

- Ótimo! Minha mãe deixou alguns bens, coisa herdada dos pais dela, orfanatos, escolas infantis. A maioria em Nova Iorque, mas como a minha vida é aqui agora, eu abri mão dos bens de lá e deixei na responsabilidade dos outros parentes dela. Mas esse daqui eu quero tomar conta. O problema é que o idiota que está na diretoria quer que eu prove grau de parentesco entre outras coisas.

Me Encontrei Para Ele (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora