21º Capítulo

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Isto vai soar “super cliché”, mas eu sou a mulher mais radiante do mundo. O meu rosto estava sobre o seu peito. O cheiro a lavanda fresca inundava as minhas narinas e eu continuo traçando círculos imaginários sobre o seu braço.

 – Quando tencionavas avisar que eras virgem Mia? -a sua voz rouca estava cheia de preocupação.

 Não respondi e ele ergueu o meu queixo, até que os nossos olhos se conectassem.

 – Eu magoei-te? Eu não sabia que…

 Beijei-o com fervor.

 – Foi mágico Hugo… perfeito e se eu pudesse voltar atrás no tempo, fazer ia tudo de novo. Exactamente igual.

 Os seus olhos relaxaram sobre os meus e depositou um beijo carinhoso na minha têmpora.

 – Fico feliz em saber que fui o teu primeiro… e espero ser o único.

 Arqueei uma sobrancelha e sorri levemente.

 – Só de pensar noutro homem a assumir o teu corpo, a beijar nos mesmos locais onde eu beijei e… -a raiva era visível no seu olhar e eu abracei-o forte, desviando os seus pensamentos.

 – Já te disse que sou tua. E falo a sério.

 Ele sorriu e inalou o cheiro dos meus cabelos. Relaxei sobre a curva do seu pescoço enquanto os seus braços rodeavam o meu corpo nuo. Acabei por adormecer no melhor lugar do mundo.

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 *2 dias depois*

 Tenho que admitir que os dias aqui passam a uma velocidade incontrolável… ou talvez seja pelo sexo insaciável. Não me julgues subconsciente, mas se pudesse entregar-lhe-ia o meu coração numa bandeja e viraria a sua escrava sexual. Ele é perfeito, tão doce e calmo… leva-me a lugares que eu nem sequer podia imaginar que existiam. É o meu anjo. E eu sei... sei que é errado, mas ao mesmo tempo parece tão certo. Não vou deixar que o facto de ser-mos primos se envolva na nossa relação. Não vou e não devo certo? “Ah… daah! O sexo é bom demais para ser extinto por causa do vosso parentesco…” sorri sozinha com o comentário tarado da minha mente. “Já para não falar que tu estás totalmente “in love” por ele…” verdade, eu estava.

 E no meio de todo este “ninho do amor” a investigação continua a decorrer… não tão bem como estava a espera. O meu pai é um suspeito extinto e tem mais que um alibi para provar, além de que o da Dália não seja verdadeiro. Na capa de informação sobre ela, não alegava absolutamente nada em relação ao motivo pelo qual ela protegeu o meu pai com “unhas e dentes”, pelo que assumi que ela era apenas uma boa empregada e que achou necessário proteger o patrão. Ignorei este facto.

 – Bom dia princesa. -sorri para o Duarte, que entrava de mão dada com a Lena na cozinha.

 – Bom dia pombinhos…

 Recebi um sorriso da Lena com o comentário.

 – Eu, a Lena, a Lissa e o Leo, estávamos a pensar ir acampar no fim-de-semana. Tu e o Hugo talvez pudessem vir também… - a voz da Lena insinuava mais quando colocou eu e o Hugo como um casal. Eu decididamente tenho que falar com ela, perceber exactamente o que é que ela sabe.

 O Duarte trincou uma torrada e o Hugo entrou na cozinha.

 – Estou dentro! -confirmou com a sua voz sensual- Fénix? -perguntou e eu amei o aperto no meu ventre quando a minha alcunha saiu dos seus lábios. EU ESTOU TÃO “IN LOVE” QUE CHEGA A SER PATÉTICO! -gritei na minha cabeça.

Razão De Viver (PARADA)Where stories live. Discover now