Fechei a mala no momento em que o meu deus grego entrou no quarto. Sorri quando o seu olhar encontrou o meu… ele era meu, só meu!
– Estás a rir-te de quê? -a sua voz matinal despertava desejo no meu ventre.
– Ficas tão fofo quando estás sonolento… -suspirei e ele aproximou os nossos corpos, agarrando a minha cintura com uma firmeza sensual.
– Eu não estaria sonolento se tu não me tivesses obrigado a acordar ás seis e meia da manha.
Encostou a sua testa na minha e as nossas bocas estavam tão perto que eu podia sentir o hálito a menta. Pasta de dentes… Puta Merda!
– O quê? -ele perguntou quando viu a minha expressão.
– Tencionas beijar? -a minha voz soou inocente.
– Milhões de vezes este fim de semana…
Os seus lábios aproximaram-se dos meus e eu desviei a cara a tempo, a ternura do seu beijo carregou na minha bochecha.
Arqueou a sobrancelha em resposta.
– Eu ainda não tive tempo de lavar os dentes… -eu sei, eu sou uma estupida por recusar um beijo do “deus do sexo” á minha frente, mas realmente não quero dar enquanto não tiver os dentes lavados. Fim de discussão.
Soltou uma gargalhada rouca e eu amuei com a reacção.
– A minha princesa perfeita acha que me importaria se ela não tivesse lavado os dentes… Miranda, eles podiam estar verdes e mesmo assim eu iria beijar-te. -minha vez de rir com o comentário- Ou… talvez não, verdes?! Bawrk... -constatou com um sorriso.
– Eu não gosto de beijar ninguém até lavar os dentes… por isso pira-te daqui… oupa! -mandei, dando uma palmada provocadora no rabo perfeito do meu primo.
O seu olhar tarado tocou o meu. Num segundo eu estava perto da mala, no outro estava deitada na cama com o seu corpo quente em cima do meu.
– SAÍ. Vamos atrasar-nos se não saíres de cima de mim. -revelei.
– A culpa é tua… provocas e esperas que eu fique quieto.
A sua boca tocou o meu nariz de forma carinhosa e eu sorri um pouco, as suas mãos rodearam o meu rosto e as minhas descansavam em cada lado da sua cinta.
– Eu estou a borrifar-me se ainda não lavaste os dentes… a minha vontade é arrancar a tua roupa e foder-te em cima desta cama.
Evitei a risada que ansiava sair da minha boca. Como é que ele conseguia usar palavras ordinárias e mesmo assim demostrar a quão íntima é a nossa relação?
– Atenção ao palavreado… -constatei severamente e ele sorriu nos meus lábios.
Suspirei quando a sua língua avançou sobre os meus dentes, aprofundando o beijo um pouco mais. As suas mãos roçaram os meus seis e o meu sub dançou, sabendo que a escolha daquela blusa decotada tinha sido a melhor opção.
As minhas mãos correram os seus braços e entrelaçaram no seu cabelo negro. De seguida desceram por baixo da sua camisa branca.
– Se continuares com as tuas mãos, vamos acabar despidos… e acredita, eu estou a borrifar-me se o Tomás tiver que esperar lá em baixo, enquanto eu te provo de sete maneiras diferentes.
A minha gargalhada entoou no pequeno espaço, creio que estava a rir-me apenas para esconder o meu constrangimento, ele desejava-me mais do que alguma vez, alguém desejou.
– Acho que é melhor descermos.
– Lava os dentes, cheiras pessimamente mal da boca.
As nossas gargalhadas foram sintonizadas e eu absorvi o momento com determinação.
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Razão De Viver (PARADA)
RomanceEntão era assim que se sentia uma adolescente órfã? Mas Mia não era órfã, ela tinha uma mãe assassinada, um pai que nunca conheceu mas que se tornou seu tutor legal e um irmão que é a sua razão de viver! Mesmo assim, viver não está nos seus planos...