Unindo Reinos (Mpreg)

IV

Depois de levar esporro, Jay trocou a roupa rindo enquanto Ethan falava que o esporro foi merecido.
— Que tipo de modo de conquista foi esse? Colocando a espada nas partes intimas dele?
— Acredite, ele vai levar como um desafio me provocar, e sabe oque ele vai receber de volta? Minhas provocações, vai ser um caminho sem volta, quando menos esperar, vai estar apaixonado.
— Se você está dizendo.
— E o que foi aquela troca de olhares entre você e o Sebastian? Dava para ver o clima de longe, fiquei com calor por voces.
— Por isso tirou a roupa? —tentou desviar do assunto.
— Não mude de assunto!
— Ai Jay, ele é muito lindo, você sentiu o cheiro dele? Tão intenso.
— Desculpe ai, amigo. Mas eu não senti nada, e é mal educado sentir o cheiro das pessoas assim. — rir muito.
— Eu sei! Mas foi inevitável! Eu só cheguei perto e bum! — Jay gargalha muito. — Uma avalanche de pinho e grama recém cortada veio para cima de mim!
— Meu Deus! Parece que ele te aromatizou de propósito... — ambos arregalam os olhos e Jay pula no amigo o farejando. — Ethan! Ele te aromatizou! Mas nem te encostou! Só alfas bem possessivos com seus companheiros fazem isso!
— Quem ele pensa que é para me aromatizar dessa maneira?! — começa a tirar a roupa entrando no banheiro de Jay.
— Ele te quer! Ele vai te cortejar! — Jay seguia dando pulinhos. — Que inveja.
— Jay... — olha o príncipe que sorri de lado. — Você vai conseguir, lembra? Você vai conquistar seu alfa mau humorado, vão casar e ter muitos filhotes.
O príncipe abraça o amigo que estava apenas de calça e ambos começam a rir, principalmente quando o ruivo o puxa fazendo ambos caírem na banheira. Aproveitaram e tomaram banho juntos, com Jay reclamando que molhou a roupa que acabou de trocar, e Ethan as vezes viajando pensando no alfa loiro que praticamente o marcou como dele com seu cheiro.
(...)
Ao entardecer o omega foi alertado sobre um passeio que fariam pela vila para o mesmo ter contato com seus futuros súditos e conhecer a cidade também, se arrumou animado, seria divertido conhecer um pouco do dia a dia das pessoas, gostava de fazer isso em seu reino, e não fará diferente estando em outro. Se encontra com seus pais, que ja estavam indo embora, ele ficaria um mês com seu noivo até o casamento, ambos tinham responsabilidades com o próprio reino, e como ele era o ômega do príncipe, ele ficaria.
— Vou sentir saudades. — abraça ambos os pais que retribuem.
— Se comporte, por favor . — seu papai implora. — Nada de andar nu por ai, você vai se casar em breve, sem brincadeiras desnecessárias.
— Prometo que farei nada.
— Temos que ir. — seu pai Mark o olha carinhoso e acaricia seu rosto. — Tenho tanto orgulho do meu menino. — Jay e Leon sentem os olhos lacrimejarem e abraçam o alfa choramingando, sentindo o mesmo aromatizar ambos.
— Meu bebê. — Leon choraminga e lambe o rosto do filho, e o mesmo apenas aproveitava o carinho que recebia dos pais queridos.
Ambos vão embora na carruagem e Jay fica olhando eles até sumirem de vista, Ethan coloca a mão em seu ombro num consolo singelo, o príncipe sorrir fraco para o amigo e ambos seguem para onde os reis e Noah devem estar os esperando, mas no caminho encontram o alfa olhando eles de longe, no caso olhando a despedida do omega com seus pais.
— Eu...Estava indo busca-lo para o passeio, ômega. — hesita, mas fala calmo o olhando enxugar as lagrimas.
—Estava indo a seu encontro, alteza. — fala formal e um pouco rouco pelo choro.
— Jayme. — o chama fazendo o mesmo levantar a cabeça o olhando surpreso por ter o chamado pelo nome. — Não deve chorar, é por uma boa causa, não é? — vira saindo na frente confuso sem saber o porque ter quase o consolado, mas quando o viu todo vermelho pelo choro e emanando um aroma tão melancólico, não resistiu, foi instintivo vendo um ômega na qual irá se relacionar se sentindo mal.
(...)
Depois de se recompor Jay vai até onde seus futuros sogros o aguardavam, ele e Noah iriam numa carruagem aberta só para eles, enquanto os reis iam em outra, Ethan e um guarda pessoal, que ele ficou rubro quando descobriu que seria Sebastian, iriam junto dos príncipes mas na parte da frente, com o condutor.
— Você vai gostar da vila, ela é sempre muito alegre. — Noah diz depois de uns minutos de silêncio perturbador.
— Ah. — o olha estranhando seu comportamento. — Espero que sim...
Novamente o local foi possuído pelo silêncio profundo, Jay não sabia oque falar com seu alfa, e o mesmo nem sabia do porque estar tão incomodado em falar com o pequeno ômega. Ethan na frente cada segundo ficava mais sem ar, de canto de olho observava o alfa ao seu lado que se mantinha sério olhando envolta para possíveis ameaças aos príncipes.
As pessoas da vila quando as carruagens passavam ficava acenando felizes para o futuro casal, Jay sorria gentil e acenava de volta feliz, era muito bonito como todos gostavam dos governantes, isso quer dizer que eles são bons para todos, e estão colocando fé que seu futuro rei ômega também será.
Ao passarem perto de uma pequena casa de dois andares com aparência antiga, levam um susto ao ver uma menina correndo na direção da carruagem, correndo risco de ser pisoteada pelos cavalos.
— Parem! — Jay grita assustado, ele fica de olhos arregalados olhando a menininha que quase não fora atropelada ser levada por uma mulher em direção a casa antiga.
— Ai meu Coração... — Ethan fala com a mão no peito olhando a menina.
Jay desce correndo e vai até elas preocupado, e percebe que não tem apenas a meninininha que quase foi atropelada, e Sim varias crianças na porta da casa assustadas.
— A senhorita está bem? — ele abaixa na altura dela.
— O que ele está fazendo? — Noah levanta para olhar Jay melhor e ver a carruagem de seus pais também parado na frente deles e ambos olhando para Jay curiosos.
— Me Desculpa, alteza. — a mulher de aparência humilde faz reverência e as crianças a imitam. — Annelise foi imprudente em correr assim, sinto muito.
— Não tem problema. — olha a menininha, que descobriu o nome, e fica confuso quando a mesma começa a chorar. — O que foi meu bem? — acaricia seus cabelos — Uma princesa não deve chorar assim. Aconteceu algo? — Annelise soluça.
— Moramos aqui. — primeira coisa que a menina fala chorosa. — E a titia disse que vai fechar, eu não quero ficar na rua, não quero. — soluça de novo e mulher tampa o rosto se mantendo forte pelas crianças.
— Aqui é um orfanato, alteza. — ela sorri fraco. — Nós sobrevivemos de doações da população, mas ultimamente não temos recebendo muito, e não tem como continuarmos cuidando de todos e do local...Temo que teremos que fechar, mas essas crianças não tem para onde ir... — Jay fica horrorizado, abraça Annalise que ainda chorava e olha para todas as crianças.
— Eu ia pedir para o rei cuidar da gente. - a criança sussurra chorosa, Jay apenas suspira e levanta com a menina no colo.
— Ja voltamos, eu juro que irei ajuda-los, nem que eu tenha que vim aqui trabalhar com minhas próprias mãos. — Jay segura a mão da mulher que quase chora.
— Obrigada, alteza, o senhor é tão gentil. — Jay sorrir e vai em direção a carruagem do Rei e Rainha, Noah percebendo desce de sua carruagem para seguir Jay.
— Está tudo bem? — olha a criança em seu colo que se encolhe mais.
—Está sim. — sorri reconfortante para ele.
— Vossa majestade, essa menininha vem daquele orfanato.— aponta para a antiga casa, na qual crianças observam atentamente o príncipe. — O mesmo não recebe ajuda, apenas de algumas pessoas que fazem doações, e mesmo assim não é o suficiente, e talvez terá que fechar, essas crianças, como Annelise. — acaricia os cabelos encaracolados da menina que está olhando os reis. — Não tem aonde ir, sem o orfanato, eles não tem ninguém e eu gostaria de... — o rei o interrompe.
— Você gostaria que eu ajudasse o orfanato, enviando verba?
— Isso, e se o senhor não quiser, com todo respeito, eu mesmo irei para cá ajudar essas crianças. — fala determinado e sente Noah colocando a palma da mão em suas costas.
— E eu estarei com ele, estou me sentindo péssimo por deixar essa situação chegar nesse nível, como futuro rei eu tenho que manter a vila em harmonia, e com isso essas crianças felizes. — Noah fala olhando Jay que sorria largamente o olhando.
— Obrigado, Noah. — sussurra e o mesmo devolve o sorriso.
— Você é um bom ômega, príncipe. — A rainha sorrir para o filho e para o futuro genro — Nosso reino estará em boas mãos, não precisa disso tudo, nosso trabalho é ajudar essas pessoas, e isso inclui o orfanato.
— Obrigado, majestades. — faz reverência e enche Annelise de beijos. — Ouviu isso princesa? Nós vamos ajudar.
— Ah! — a mesma grita feliz e pula para o colo do Noah, que leva um susto fazendo Jay rir muito.
Depois de falarem com a senhora do orfanato, que quase não parava de agradecer os príncipes, ambos foram lado a lado para a carruagem.
— Desculpe ter sido grosseiro com você, e isso inclui desde que éramos crianças.
— Está tudo bem, Noah. — sorri. — Eu não guardo mágoas.
— Fico feliz. — segura sua mão e beija.