Unindo Reinos (Mpreg)

IX

Noah estava paralisado no mesmo lugar, ainda agachado onde encontrará seu amado, olhando a poça de sangue sem um piscar de olhos. Apenas sai de seu transe quando sua mãe chega desesperada atrás dele e o abraça, assim o mesmo põem-se a chorar em seu braços, soluços são as únicas coisas que são ouvidas no salão. Sebastian que havia levado seu acompanhante até seus aposentos e ter o colocado para dormir, seus feromônios ajudaram muito nessa tarefa, volta para seu amigo.
— Meu amor, ele vai ficar bem... — A Rainha sussurrava para seu filho que estava desolado.
— Minha rainha. — Sebastian reverência. — Permissão para procurar o culpado afinco? — seus olhos eram duros e determinados.
— Não confiaria essa tarefa a ninguém além do senhor. — Ela o olha tenaz. — Encontre esse miserável.
— Sim, minha Rainha. — olha Noah mais uma vez vendo o amigo se acalmando aos poucos e o olhar com firmeza, Sebastian assente para ele e vai em sua busca.
— Como alguém conseguiu passar pelos guardas? — Noah olha sua mãe e pergunta com a voz falha.
— Eu não sei, mas o seu pai não está nada satisfeito com isso, creio que essa noite ele não descansará.
— Ele...ele estava morrendo em meus braços. — sussurra. — É minha culpa, eu que marquei com ele de nos encontrarmos, eu sou um inútil de alfa que nem para proteger meu ômega eu sirvo.
— Nunca mais repita isso — diz dura — Você não é um inútil, não tem como ninguém adivinhar que alguém faria isso, principalmente dentro de nossa casa, o único culpado disso é quem fez essa barbaridade.
— Eu deveria estar com ele...
— Ficar se lamuriando não vai mudar em nada, levante e vamos atrás de seu noivo, vamos ver se já temos notícias sobre seu estado.
O Alfa levanta na hora pensando no amado e praticamente sai correndo até os aposentos dele, era onde o médico estava cuidando de seus ferimentos. Mas ao chegar na porta não o deixaram entrar, por ordens do médico, era a vida do príncipe em questão, mesmo ele sendo a autoridade ali, não poderia entrar, e isso o deixou mais frustrado e nervoso, quanto tempo eles estavam lá dentro? Quanto tempo estavam sem notícias? Uma hora dessas seus pais já devem saber do ocorrido e estão a caminho do filho, um arrepio passar por seu corpo ao imaginar o que eles fariam quando chegassem.

(...)

Horas mais tarde, Ethan que não conseguiu realmente dormir foi fazer companhia à rainha e ao seu filho, todos estavam aflitos quando o médico finalmente sai de dentro do quarto suspirando, fazendo então o coração dos presentes acelerarem.
— Como ele está?! — Noah pergunta desesperado.
— Seu ferimento é grave, felizmente não pegou em nenhum órgão importante, por pouco não afeta o fígado, mas suspeito que a faca ou adaga que fez tal ferimento estava levemente enferrujada, pois seu corte está bem inflamado, eu fiz tudo que eu pude, limpei o mais profundo que consegui, temo não poder fazer mais nada, apenas esperar e limpar toda hora.
— Como assim não pode fazer mais nada?! Você é o médico! — o alfa se exalta, mas sua mãe o controla.
— Cale-se, Noah, gritar não vai o fazer melhorar, apenas causar mais estresse a todos. — lhe dar esporro enquanto Ethan chorava silenciosamente.
— Eu não sei quando o príncipe irá acordar, com sua ferida infeccionada ele terá febre e isso pode o fazer demorar mais ainda a o despertar, ele tem que ser monitorado 24 h por dia, é muito perigoso ele ter febre nessas circunstâncias, poderia no pior dos casos convulsionar. — ele continua profissional, sem deixar se abalar pelo príncipe a sua frente.
O alfa entra no quarto do amado não aguentando mais ouvir nada que o homem lá fora estava falando, ele tinha medo, e a imagem do seu ômega pálido deitado naquela cama, enfaixado e parecendo sem vida, fez com que ele perdesse totalmente sua consciência para seu lado animal, rosnava para si mesmo se culpando por tudo que aconteceu, era uma luta interna consigo mesmo. Como ele pode olhar para Jay naquela cama e ainda se achar digno para ele? Olha o que aconteceu com ele por sua culpa, foi ele que marcou para se encontrarem, foi ele que saiu mais cedo ansioso e não esperou o amado lhe dizer que era perigoso do lado de fora, ele se deixou cair de joelho em sua frente pela ironia, para ele era perigoso estar do lado de fora naquele horário, mas olha o que aconteceu consigo do lado de dentro.
— Jay... — Noah tomado pelo seu lado alfa choraminga cheirando o amado. — Me desculpe.

(...)

Ele perdeu totalmente a noção do tempo estando velando o sono de seu ômega, só percebeu o quão tarde era quando seus futuros sogros invadiram o quarto para ver seu único filho ferido numa cama.
— Meu bebê! — Rei Leon chora ao o ver desacordado e pálido. — Como puderam fazer isso com você. — choraminga uma mãe ferida olhando seu tão amado filhote assim.
— Preparem as coisas dele. — Seu pai, Rei Mark fala severo para Ethan. — Nós vamos o levar para casa.
— Sim, majestade. — sussurra com olhos lacrimejando.
— O que?! Vocês não vão o tirar de mim! — Noah rosna com seus olhos vermelhos mirando ambos os reis.
— Ele é meu filho! E está nessa cama depois de tentarem o matar! Eu vou o tirar daqui queira um príncipe mimado ou não! — Rosna o rei mirando aquele que o desafiava.
— Mark. — seu marido lamúria afetado pelos seus feromônios que desafiam o do jovem alfa.
— Noah! — seu pai entra nos aposentos o fazendo despertar e se encolher.
— Me desculpe. — Mark sussurra para seu esposo que assente segurando a mão do filho pálido.
— Saia daqui. — Rei John fala para seu filho que o olha enraivecido.
— Eu não vou sair do lado dele!
— Ele terá melhores cuidados em sua terra natal, já foi decidido, ele vai embora com seus pais, você querendo ou não, ele ainda não é seu. — sua frase final faz Noah engolir em seco e olha Jay ainda desacordado.
— Até logo, meu amor. — sussurra e beija a testa de Jay.

(...)

Olhando a carruagem indo embora levando consigo seu amado, a única coisa que ficou em sua cabeça foi: Encontrar o desgraçado que fez isso com seu ômega.