Um Convite Inesperado
Acordei no outro dia ainda me lembrando da manha anterior, um sorriso veio ao meu rosto de repente, me lembrei da minha própria crise de ciúmes, quanto à de Julian. Este fato me mostrava cada vez mais como seria difícil a separação minha e dele, mas seria necessária.
Estou cada vez mais achando que Michelle esta certa, preciso afastar Julian de Mim, o mais rápido possível, para que ele não sofra, pois eu já sei que irei sofrer. Lembro do homem que me salvou de um tombo feio, e sorrio já sabendo qual seria meu plano de fazer Julian se afastar, antes do Baile.
Desci da cama, nem ao menos esperei as minhas funcionarias para me ajudar a me arrumar. Peguei um vestido verde rendado, uma sapatilha cor de pele, umas roupas intimas e uma toalha, e de vez de tomar um banho de banheira que era mil vezes relaxante, tomei um banho rápido de chuveiro elétrico.
Após terminar o banho, vesti as roupas e fiz um coque mal feito no cabelo, usei os cremes necessários para o corpo, o perfume e escovei meus dentes e desci para falar com o reitor, tudo em menos de meia hora. Quando entrei na sala as pressas do Reitor Marcus, fui surpreendida ao ver Julian lá.
—Senhorita Saint, você não pode entrar simplesmente assim na minha sala, tem hora marcada? — Reitor Marcus falou em seu tom seco de sempre.
—Desculpe, eu não sabia que teria visita. — Comentei, estava preste a me retirar, quando ele falou novamente.
— O senhor Riviere já esta de Saída, não esta? — Ele perguntou para Julian, o mesmo assentiu e me deu um sorriso Largo ao sair. — Sente-se senhorita Saint. — Marcus pediu calmamente, fiz o ordenado.
Ele gesticulou com as mãos para que eu falasse o motivo de me levar a entrar em sua sala de tal modo.
—Peço desculpas novamente Senhor Reitor, não seria mui educado de minha pessoa entra de tal modo, mas creio eu que tenho um assunto delicado a tratar. — Comecei utilizando toda a pompa ensinada naquela escola, ele pediu para que prosseguisse.
— Creio eu ter conhecimento de um nobre bem importante, ao qual chegou recentemente a nossa província. — Comentei, ele arregalou os olhos, certamente surpreso, e foi a primeira vez que o vi ter uma reação alem da frieza.
—Não estou ciente de tal nobre, seria um barrão? — Ele voltou ao seu tom corriqueiro, eu sorri já prevendo a minha vitoria.
—Não meu Senhor, ele é Sir Daniel, Duque de Lietnaut, creio eu que o Senhor já deve telo ouvido falar. — Ele consentiu brevemente com a cabeça, então desatei a falar. — Como anfitriões de nossa província, devemos convidá-lo para nosso baile? — Perguntei sutilmente e delicadamente, ele ficou pensativo por um momento.
—Sim Senhorita Saint, é nosso dever convida a vossa excelência, mas creio eu ter uma proposta melhor. — Bingo, plantei a semente em sua cabeça e sorrir mentalmente.
—Seria petulante de minha parte querer saber mais sobre sua proposta Meu Senhor? — Perguntei, apenas conferindo se realmente ele faria o que pensava que faria.
—Não de modo algum, mandarei chamá-lo imediatamente, Talvez o Sir queira passar um tempo conosco. — Ele sorriu como se a idéia fosse sua de fato. Mas apenas assenti, e me retirei felicíssima da vida.
Corri para o desjejum, encontrei a Sena mais hilária do mundo. Uma garota de cabelo escuro e olhos acinzentado estava bufando enquanto discutia para todo o refeitório ver, com Michelle.
Aproximei-me devagar, e ouvi a conversa delas, que mesmo de longe daria para ouvir.
—Não acredito Princesa Michelle, vai se sentar com a Plebe e Rale? — A garota chiava irritada. —Primeiro decide ajudá-los neste trabalhosinho sem graça alguma, depois dirá que és amiga destes mequetrefes. — Ela falava em tom de injúria.
—Princesa Dianna, peço desculpas se a companhia que estou não a agrada, mas felizmente não tenho que lhe agradar a todo o tempo, se me der licença preciso desfrutar de um delicioso desjejum. — Michelle falou em tom decidido, o que fez a Princesa Dianna correr furiosa.
—Bravo, é assim que se faz! — Falei sorrindo para ela, a mesma sorriu com minha aprovação.
—Não acredito no que os meus olhos e ouvidos viram e ouviram. — Mari comentou perplexa, eu sorri mais ainda.
—Acho que você esta voltando a ser a Princesa que conhecíamos. — O primo de Julian comentou eu sorrir forçadamente ao ver a decepção de Michelle por que Julian não disse nada, mas ela estava no caminho ideal.
—Acho que Michelle só estava perdida. — Comento olhando para todos, mas especialmente Julian, eu não sabia se queria deixá-lo livre para Michelle ou outra garota, mas era o certo, eu era uma Plebe, ele era um Príncipe que merecia uma Princesa ao seu lado.
—Acho que a única a ver isto foi você George! — Príncipe Phillip falou com um sorriso, eu sorrir meio sem graça. Nosso dia foi assim, o desjejum foi maravilhosa, a aula de esgrima foi um pouco complicado.
Os dias se passaram e descobrir que foi remanejada para dias depois do Natal a nossa festa, ou seja, dois dias antes da volta de Georgina, Michelle me avisou que isto poderia ocorrer, eu não dei ouvido é claro. Agora estou aqui sem saber como vou sobreviver à noite seguinte, que será a do Baile.
—Estou atrapalhando? — A voz de Julian soa em meu ouvido, eu tremo de alegria por dentro ao som de sua melódica voz.
Fecho meu cadernos de desenhos, onde eu dava uns retoques finais ao meu vestido para o Baile.
—De modo algum meu Senhor. — Falo e mostro o lugar vago em baixo da arvore.
—Não seria muito prudente uma dama de alto escalão como a Senhorita, senta-se no chão de uma arvore. — Ele comentou, eu sorri.
— Se formos verificar as etiquetas meu senhor, seria permitido apenas respirar. — Falo em tom zombeteiro ele solta uma risada e senta no local que indiquei há pouco.
—Tens razão minha cara Dama. — Ele sorriu travesso, o que deixava seus olhos verdes mais brilhantes, ou seja, o deixava mais lindo possível. — Creio eu que o que pretendo fazer não seria aceito na etiquetas. — Então ele se inclina e deposita um longo, demorado e gosto beijo em meus lábios, então eu sem querer aprofundo nosso beijo, utilizando a língua, ele sede passagem.
Mas então me lembro de tudo que eu e ele ira perder caso isso ocorra. Então abruptamente finalizo o beijo, ele me olha sem compreender nada, mas eu não poderia fazer ou explicar nada no momento.
—Fiz algo errado George? — Eu gostaria que ele parasse de me chamar por este nome, mas isto seria impossível, não sem antes revelar quem eu era de fato.
—De modo algum meu Senhor, mas creio eu que Milord não veio aqui para beijos, o que o Senhor teria a tratar comigo? — Uso meu novo escudo. Ele suspira frustrado.
—Poderia parar com a pompa? Seja como você é com todos, não precisamos de tantas formalidades. E sim vim aqui lhe pedi algo. — Ele falou serio e bagunçou seu cabelo, como eu descobrir que ele fazia aquilo quando estava nervoso.
—Fale, por favor, esta me deixando curiosa. — Tento encorajá-lo, ele sorri ao ver que não o tratei como um príncipe qualquer.
— Certo o que tenho a tratar com você George, seria algo um pouco mais complicado do que um simples beijo, eu... — Ele pigarreou para clarear a garganta e a sua mente, então ele pareceu tomar coragem, pois por fim falou algo que eu não soube que resposta da no momento. —Eu gostaria de saber se você quer ser minha companheira no baile? — Que resposta eu poderia dar?
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Escola Real
Historical FictionTrês crianças. Duas mães e uma morte. Realeza e plebe dividem a mesma dor, mas não por muito tempo. Inconformada por perder sua única filha enquanto a rainha foi abençoada com duas, a serviçal Cassandra troca sua primogênita pela da monarca que, fer...