✾prologue✾

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—Vai beber alguma coisa?

—Não. — respondi simplista.

—Você é tão sem graça, Irene!

—Eu não sou sem graça. Eu só não gosto de beber essas porcarias!

—Acredite, essas porcarias caem bem, algumas vezes.

—Creio que essa, não é uma ocasião adequada... — comentei observando o local.

—Um copinho não vai te derrubar.

—O que você tá tomando?

—Tequila. Quer experimentar?

—É impressionante Seulgi... Você sempre acaba me levando, pro mal caminho.

—É pra isso que servem as amigas! — grunhiu a loira rindo. Ela estava completamente bêbada, assim como as outras pessoas da festa.

—Que se dane! — disse encarando o maldito copo. Suspirei e em seguida, bebi aquela pequena dose de álcool. Aquela pequena dose de álcool, que me levou a beber mais umas quatro ou cinco.

—Aprenda uma coisa, Irene, homem não gosta de mulher frágil e sem graça, como você.

—E quem disse que eu preciso de um homem? — questionei ainda sóbria.

—A sociedade, minha consagrada. — respondeu minha amiga, de certa forma com razão.

  Nem me lembrei do quão tarde já estava. Não tinha mais noção de quantas músicas dancei ou de quantas bebidas eu tomei. Também não me lembrei em qual horário, deveria de chegar em casa.

  O importante mesmo era eu me divertir naquele exato momento, e esquecer um pouco da minha vida pessoal. Mas se eu tivesse ido embora há alguns minutos atrás, se eu tivesse negado aquela Tequila dos infernos, era certo que nada disso aconteceria.

—Acho que ele tá olhando pra você!

—Deixa de ser besta, amiga! É claro que ele tá olhando pra voc...

—Tomara que tu dê uns pega nele, ele é um gato! — me interrompeu, se afastando aos poucos.

—Seulgi! Não me deixa aqui sozinh...

—Curtindo muito por aqui? —indagou o rapaz até então, deveras desconhecido. Confesso que gelei um pouco. Eu não soubera como reagir, pois nunca fui boa com paqueras e sempre fui tímida.

  Tenho que admitir, a nossa primeira conversa foi bastante constrangedora.

—Estou, mas não costumo a frenquentar lugares como este.

—E que tipo de lugar você costuma a frequentar, uh?

—Por que quer saber? — rebati no mesmo instante.

—Porque eu quero te ver mais vezes. — disse sincero.

—Você é intrigante. — comentei encarando-o.

—E você é interessante. — respondeu e em seguida exibiu o seu sorriso quadrado. Que era lindo ao meu ver.

—É sempre assim? — perguntei curiosa.

—O que?

—Tem todas as respostas na ponta da língua?

—Eu tenho tudo isso e muito mais... — sussurrou em meu ouvido, de maneira provocante.

—Mas eu nem sei o seu nome. —comentei duvidosa, me afastando.

—Kim Taehyung.

—O que disse?

—Kim Taehyung, esse é o meu nome.

  E foi assim que tudo começou...

  E não, essa não é uma história como naqueles contos infantis, que terminam com o típico: "E viveram felizes para sempre."

  A realidade é bem diferente.

FLOWERS • Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora