Então vamos

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E hoje iríamos pra Fernando de Noronha, meu coração estava a mil. Minhas coisas já estavam todas prontas, só precisava me arrumar. Tomei um banho e coloquei uma roupa bem confortável já que íamos ficar 33 horas em um ônibus. Coloquei uma xuxinha no braço pra amarrar o meu cabelo, arrumei minha mochila com coisas essenciais e levei minha mala pro andar debaixo. Passei um corretivo pra tirar as olheiras e rímel, nada demais. Despedi da minha mãe que pela primeira vez na vida não queria que eu fosse, custei a convencer a bichinha. Abracei ela num abraço bem apertado, eu sinto falta dela tão rápido. Peguei minha mala e fui descendo a rua cantando uma música qualquer, acho que era de um desenho. Bati a campainha do Thiago e ele atendeu escovando o dente, menino besta. Quando entrei, Léo estava lá. O cumprimentei e sentei no sofá do seu lado enquanto mexia no celular, eles estavam escutando música e pra ironia da vida, começou a tocar poesia acústica logo agora e justo a 6. Respirei fundo e ele percebeu, deu um leve sorriso e se acomodou no sofá, ele cantava na dele enquanto eu escutava, a voz dele, aquela voz que me encantou desde o primeiro dia. Dei outra respirada funda, é a única maneira que eu encontro de não chorar. Deitei do outro lado do sofá enquanto mexia no twitter e chegou a parte do Dudu. Meu coração disparou muito e ele me olhava, eu em momento algum consegui o olhar, me levantei na mesma hora que Dudu começou a cantar e fui pra cozinha tomar água, quando estava virada na pia, senti um puxão no braço, ele passou o seu braço pela minha cintura me pressionando a ele e começou a cantar aquela parte, justo aquela parte no meu ouvido. Ele sabia o poder que ainda tinha sobre mim, a cada arrepio ele falava com ainda mais intensidade. Eu respirava fundo e não adiantava, uma lágrima correu, limpei rápido e fechei o olho, eu não vou demonstrar fraqueza pra ele. Quando acabou a parte do Dudu, ele parou de pressionar e me abraçou, eu sentia seu cheiro e minha vontade era ficar lá pra sempre.

"Eu sinto tanto a sua falta. Minha mente me tortura dia após dia pela idiotice que eu fiz." respirou fundo "Espero que um dia me perdoe, pequena." me deu um beijo na testa e foi pra sala. Me virei novamente pra pia e deixei algumas lágrimas rolarem.

"Vamos gente." chegou Thiago. Fingi estar colocando o copo na pia, limpei a lágrima e me virei, Léo me encarava enquanto eu evitava o olhar. Peguei minhas coisas e coloquei no Uber, me sentei atrás com Thiago e assim fomos para a praça, nosso ponto de encontro.

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Chegando na praça, colocamos as malas e mochilas e entramos no ônibus, nós tínhamos um grande trajeto pela frente. Sentei no fundo como de costume sentando Geovanna e Alvarenga do meu lado esquerdo e Thiago do direito, quem ia sentar era Kant mas Thiago se apressou, ele defende Léo como ninguém torcendo pela gente ainda depois de escutar a versão do outro. Balancei a cabeça negativamente e começamos a fazer festa no ônibus, ainda bem que tinha tomada, wi-fi e ar condicionado porquê 33 horas não é fácil.

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Faltavam 4 horas e estávamos na última parada. Fizemos tudo que tínhamos que fazer e comemos assim retornando ao ônibus. Leonardo trocou com Thiago e sentou ao meu lado. Ficamos conversando sobre coisa aleatória enquanto Geovanna e Alvarenga dormia ao nosso lado. Nós dois começamos a rimar até que todo mundo começou a participar fazendo os trios. Eu, Léo e Thiago contra Krawk, Kant e Fael. Restante estava dormindo e Nicolas iria nos encontrar lá. Fomos rimando ideologia até então até Fael começar a me zoar, Leonardo começou a me defender e Kant entrou rebatendo, aí sim virou disputa, enquanto todos estavam brincando, Leonardo e Kant estavam realmente rimando. No fim, deu nosso trio, segundo a informações de Geovanna que tinha acordado com o início do primeiro round. Mandei beijos pra eles rindo e faltavam 2 horas ainda, eu sou muito ansiosa.

O Acaso - Leozin MCOnde histórias criam vida. Descubra agora