Aniversário BDA

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Aquele dia não saía da minha mente, cada momento estava grudado, grudado em mim assim como seu corpo ao meu naquele abraço. Eu poderia jurar que quando ele disse que me amava, seu coração batia em sintonia ao carro mais rápido do mundo, com os graves da música mais alta ou com a velocidade do avião que voa por todo esse mundo. Depois daquele momento onde sentimentos, sentimentos reais e ainda intensos foram demonstrados, aquele abraço se desfez lentamente, se formando em outro, porém, de despedida.

Eu me sinto melhor e eu sei que foi por essa noite. Quando aquele medo vinha, quando aquela dor batia, eu me lembrava de cada palavra. Ele me fez prometer que iria o chamar caso ficasse mal novamente e eu prometi, eu iria cumprir, eu queria cumprir. Ele faz mais efeito que todos os remédios que tomei e todas consultas que já fui. Eu sei que cada vez mais perto, melhor ficarei. Ele é a minha cura.

Hoje iríamos pro aniversário da BDA, eu iria apenas fazer um show, não tinha marcado nenhuma batalha mesmo que no fundo eu sempre acabe batalhando.

Eu que já estava pronta, tirei uma foto no quarto de Thiago antes de descer e encontrar com os meninos que já estavam ali reunidos.

@maju.lamounier: seja você, a flor mais linda de seu jardim. afinal, no fundo, nós só temos a nós mesmos. 🌺

Desci cantarolando Baco, um dia vou no show dele, escuta isso

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Desci cantarolando Baco, um dia vou no show dele, escuta isso.

"Até que enfim né princesa." falou Thiago claramente irritado.

"Sou princesa mesmo."

"A Fiona."

"Fica na sua aí, Rafael." falei mostrando dedo pro mesmo enquanto bebia um copo d'água.

Sai da cozinha me sentando no carro de Thiago, os meninos se sentaram atrás fazendo o anãozinho que agora está crescido (não muito) ir em direção ao evento. Eles não iriam em seus próprios carros por conta de estacionamento, já que da pra todos irem juntos, facilita pra Aldeia.

Liguei um funk bem alto e cantava com Thiago e Fael enquanto Léo balançava a cabeça negativamente com um sorriso bobo me olhando e Kant gravava nossa bagunça. Fael fazia sinal da arma me fazendo rir pelo jeito que ele estava embrazando sentado.

Chegando no evento, nos apresentamos ao segurança já entrando para sala reservada a nós. Já havia começado o evento e estava tendo o primeiro show pro evento começar, eu iria finalizar, que honra!

Passado uns minutos, já haviam começado as batalhas, até que em um dos intervalos, os meninos entraram cantando músicas da antiga Made In Oz, quando eles finalizaram, Bob criou trios (onde eu estava incluída) só pra gastar durante o intervalo, como um desafio surpresa, nós não estamos incluídos na folhinha.

Foi gastação pura, explanamos todo mundo, principalmente Krawk falando do Thiago, ri muito, é muito bom ter eles de novo tão perto. Quando saímos, era a final, e bom, o trio do Espírito Santo que da tanto trabalho venceu.

César, que estava aposentado, rimou muito. Rimar é como andar de bicicleta, nunca se esquece apenas se enferruja. Mas isso não serve para o César, não mesmo, ele só nunca se esquece mesmo porque não estava nada enferrujado.

Chegou a hora do meu show, os meninos entraram comigo pra cantar junto e fiquei mais aliviada. Estava nervosa, era a primeira vez cantando em público assim. Fechei o olho imaginando que estávamos só na nossa rodinha de música nas festas, só amigos e assim, começamos.

Cantamos músicas solo deles e algumas músicas avulsas.

“Você fala pra eu nunca te esquecer, mas, olha só pra você. Como me esquecer de você?
Não quero promessas, eu quero viver e poder contar com você a grana que nós tiver.” sorri enquanto cantava um verso de Planos - BK, uma música que eu gosto tanto. Léo cantou junto comigo nessa, as vezes olhares eram trocados mas nada muito visível mesmo que todos gritassem quando cantávamos juntos.

“Amor, é que faz tempo que cê me ligou
E eu fiquei aqui a procurar
Motivos que justificassem a tua falta
Amor, não é pedindo pra você ficar
Mas se quiser eu nem vou reclamar
E o que no fundo o que meu coração quer dizer é
Que eu te amo demais
E tudo que eu faço
Me lembra você
Enquanto você me dizia
Que iria ser pra sempre nós
O mundo acabava em promessas
E ainda estamos sós.” cantei a parte de Lourena na música Dizeres com Sant, eu e Thiago cantávamos juntos, um clima tão bom.

“Essa é minha última carta de amor
E eu falei isso da última vez
Lembra?
Que inclusive
Faz o que?
Um mês?” cantei a parte de Sant rindo fazendo Léo rir junto enquanto me olhava.

Quando acabamos essa, todos gritavam: "Chega de Falar de Ice."
Já estava na lista mas fingimos que não, Léo fez um sinal pra eu cantar junto dele e assim fiz.

“Chega de falar de ice (chega de falar de ice)
Drogas, festas, minas, noites, carros, estúdio, tudo
E jóias não me importam mais (não me importam mais)
Eu errei, assumo, mas o que adianta
Se não tem como eu voltar atrás? (como voltar atrás)
Nem me despedi, já tô com saudade demais. (2x)” cantou Léo sozinho, eu entrava as vezes repetindo bem fraquinho.

“Eu juro que eu queria ter uma máquina do tempo
Voltar pra quando ainda tinha sentimento
Hoje eu não tenho mais
Mó tempão que cê não vem, outro show que cê não vai
E a fama subiu à cabeça, agora eu percebi
Que o preço pago foi não ter você aqui.” cantei junto a ele sem olhar pro mesmo.

“E eu sinto a sua falta, mas não quero assumir
Só de pensar nisso dá vontade de sumir
Foi daí que eu fugi
E eu tentei melhorar, mas só me perdi
Apaga esse beck, joga fora esse lean
Eu não quero mais essa vida pra mim.” ele cantou me olhando a cada segundo fazendo todos gritarem, eu sabia, em breve aquilo iria para os fã clubes e na minha cabeça só tinha Rafaella. Não era justo com ela.

Acabamos a música e eu sorri sem graça pro mesmo. Nós cantamos novamente, aquela mesma música "Não tem mais nós dois", de novo  caiu algumas lágrimas, todos perceberam o clima e os olhares.

Voltamos a cantar músicas mais animadas e as de sucesso dos meninos como Sonhando Alto. Cantei até Poesia Acústica 6 com Dudu, mesmo que fosse uma música antiga, era boa e todos cantaram juntos com uma energia incrível. Eu sempre cantava junto a eles, em todas as músicas, todos nós nos divertimos muito. No fim, nos abraçamos e no fundo, agradecemos, mesmo que em silêncio, pela presença um do outro em todos os momentos, como uma família.

O Acaso - Leozin MCOnde histórias criam vida. Descubra agora