Angel [Harry Styles Fanfic]

Capítulo 2

A casa alugada da amante de Harry ficava em Gloucester Place, distrito de Marylebone, há poucos minutos da seleta Mayfair, onde ele tinha sua residência. Com a imigração francesa, Ma­rylebone se tornou um prolongamento da França.

Circunstâncias favoráveis a Louise Pelletier, uma imigrante francesa. Ela chegou à Inglaterra com vinte anos (há oito) com a mãe viúva que morreu em seguida. Sem conhecimentos nem recursos ela teve duas opções: ser a preceptora dos filhos de lorde Tuttle ou tornar-se sua amante.

Louise nunca se arrependeu de ter se tornado sua amante...ela não era boa com crianças e nem adepta a ter poucos luxos. Durante anos teve vários protetores e sempre lhes concedeu o congé, ou seja, os dispensou, mas sempre com o cuidado de selecionar antes o próximo eleito. Não se baseava apenas na riqueza, porque Louise tinha padrões.

Ela é graciosa, culta e de gosto refinado. E com Harry Styles suas expectativas foram ex­cedidas. Era mais educada do que a maioria das mulheres de sua classe e não era tola. Sabia descartar as mulheres que co­biçavam o duque, sem mostrar as garras afiadas. Afinal, Harry não tolerava mulheres ciumentas e Louise soube bem como administrar seu relacionamento com ele nesses dois anos.

A noite em sua casa foi agradável. Embora os convidados não fossem de primeira linha, com exceção dos cavalheiros que tinham livre acesso tanto na alta-roda quanto em ambientes menos seletos. A conversa esteve animada e versou, na maior parte do tempo, sobre Bonaparte. Atento, Harry não escutou nenhum nome que o interessasse. E ficou satisfeito quando os presentes começaram a retirar-se.

Com olhar semicerrado, Harry fitou Louise despedir-se dos ho­mens com a graça costumeira. Lembrou-se das palavras de Payne e admitiu que esperava fidelidade da amante. Afinal, pagava caro pelo privilégio.

Apoiado no corrimão de ferro trabalhado observou o sa­guão. Transpirava elegância, como sua ocupante. Nos meses em que ele estivera fora da cidade Louise remodelara todos os ambientes. Teve carta branca para gastar e soube apro­veitar cada centavo. A mobília francesa branca e dourada era um cenário perfeito para uma dama.

Harry pensou em seu castelo na Cornualha. Em comparação com o ambiente de Louise Dunraeden era quase rústico. Loui­se se apressaria em modificar tudo. Embora admirasse a ele­gância, ele gostava de preservar sua herança. Como as aqua­relas pintadas por sua mãe e que ocupavam lugar de honra na sala de jantar. Harry também conservara objetos sem muito va­lor, mas que tinham vindo de outras gerações dos Styles e que lhe eram de imenso valor sentimental.

Louise fechou as portas, após de despedir do último convidado, e voltou-se pra Harry. Ela era uma beldade! A nova moda dos vestidos esvoaçantes, de cintura alta, valorizava o corpo perfeito. Ela abriu os braços e aproximou-se depressa.

___Ah, Harry, como senti sua falta___abraçou-o pelo pes­coço.

___Verdade?___Harry perguntou, sem acreditar nela, e levantou-lhe o queixo.