Angel [Harry Styles Fanfic]

Capítulo 14

___Gervais!___Louise estendeu as duas mãos para o rapaz e o olhar de admiração dele foi um bálsamo para seu orgulho ferido___alegro-me em vê-lo.

Gervais Dessins fez uma mesura elegante e sentou-se ao lado de Louise.

Dessins merecia a confiança de Louise. Chegou a Falmouth há poucas semanas e morava com amigos immigrés como ele. Era uma companhia agradável e Louise teve muito tempo li­vre. Com isso floresceu uma amizade divertida. Além disso, Dessins disse ter certa familiaridade com o príncipe de Gales. Seria uma tolice não aproveitar uma oportunidade dessas.

___O senhor ainda vai para Brighton?___ela perguntou diretamente.

___Amanhã, como já havia lhe dito___Dessins respondeu, um sorriso no rosto.

___Eu poderia ter a ousadia de pedir para acompanhá-lo?___Louise pergunta de forma inocente.

___Com prazer, minha querida!___responde, curioso sobre os motivos que levaram a beldade a querer se afastar de Falmouth e, consequentemente, do duque de Dyson___o que a fez decidir me dar a honra de sua companhia?

Louise deu uma risada e sacudiu a cabeça.

___Tédio, Gervais! Acabarei morrendo se não tomar cuida­do. Além disso, seus louvores a Brighton deixaram-me curiosa. Ou será que se arrependeu de sua promessa de apresentar-me a seu círculo de amigos?___Louise pergunta calmamente, se recostando na cadeira de forma lenta e tediosa, pra confirmar o que disse.

___Louise, não cometa essa injustiça!___Dessins diz com falsa indignação___e Dyson? Sua Alteza vai nos encontrar lá?___pergunta casualmente.

___Infelizmente Harry não poderá deixar Dunraeden no mo­mento. Eu mencionei que a criança com quem ele se casou necessita de supervisão constante?___Louise diz, maldosa.

Depois da dispensa sumária, Louise permitiu-se fazer considerações que antes mantinha sob sigilo. Deu um sorriso e escondeu uma risada atrás da mão. Com um pouco de encora­jamento por parte de Dessins, fez uma descrição de vários acontecimentos envol­vendo Gabrielle, aos quais atribuía comicidade. Dessins não continha as gargalhadas.

E atrás da expressão calculada de charme, a mente de Des­sins trabalhava. Compreendeu que Louise Pelletier era uma amante desprezada, embora se esforçasse para dar uma impres­são oposta. Dessins não acreditou que Louise começou a de­sencantar-se com seu protetor, mas teve o cuidado de não re­velar isso.

Depois de um tempo, ele despediu-se e venceu a curta distância que o separava de seu alojamento. Pensou na melhor maneira de aproveitar as novidades que lhe tinham sido confiadas. Qualquer informação a respeito do duque de Dyson haveria de melhorar seu relacio­namento com o Senhor Fox e com o príncipe de Gales. Uma mulher traída, se bem aproveitada, era uma arma valorosa.

Pensou no que ficou sabendo a respeito da esposa do duque. Fouché ficaria interessado na reviravolta dos acontecimentos. Dessins considerou a necessidade de travar conhecimento com a duquesa e descobrir mais sobre a intrigante jovem francesa. Aos poucos um plano tomou conta de sua mente, mas para coloca-lo em prática precisava do Senhor Fox. Falar com ele requeria sutileza, por isso seu próprio in­teresse na duquesa de Dyson teria de ficar oculto e todo cuidado para não revelar seus planos seria pouco.

***

Desde o fatídico beijo, dias atrás, Gabrielle tinha o pensamento fixo na fuga. Fugir sozinha a apavorava tanto quanto permanecer em Dunraeden como pri­sioneira de Harry. O pior de tudo era ter se deixado levar por uma curiosidade insana. Lamentava ter brincado com a ideia de tornar-se uma mulher de verdade. Deveria ter nascido me­nino. O duque não a teria beijado e aqueles olhares intensos que a surpreendiam a todo momento durante os jantares seriam dirigidos a outra pessoa. Recriminou-se. Deveria estar mesmo ficando louca, porque a incomodava pensar que o duque beijaria outra mulher.