Angel [Harry Styles Fanfic]

Capítulo 25

Em questão de minutos, Gabrielle foi trazida à biblioteca. Seu primeiro instinto foi atirar-se nos braços do marido, mas não o fez por notar a fúria estampada no belo rosto dele.

Harry estava sério, mandíbulas travadas, pernas abertas e braços cruzados sobre o peito. Ele estava furioso e Gabrielle sabia que toda essa fúria era dirigida a ela. Mas, mesmo assim, não pode deixar de se sentir aliviada ao vê-lo ali, por ela.

___Duquesa___Fouché adiantou-se, divertido___por obsé­quio, diga a Sua Alteza que o seu retorno à França foi por vontade própria.

___Sim, mas...___ela começa a responder.

___E que nenhuma violência lhe foi infringida desde que chegou a Vrigonde.

___É verdade, Harry. Ninguém tocou em mim. O que está acontecendo?___ela pergunta, sentindo nos ossos a tensão que rodeia o ambiente.

Gabrielle percebeu que o marido e o Senhor Fox não eram pri­sioneiros de Fouché. Talleyrand parecia aborrecido e a expres­são de Harry era impenetrável. Fox fitou-a com simpatia.

___Vamos levá-la para casa, Gabrielle___Fox garantiu com gentileza.

___Não estou entendendo___ela disse confusa, olhando do Senhor Fox para o marido, que não desviava os olhos dela.

___O primeiro-cônsul assinou um salvo-conduto para milady___Fox explica.

___Nossos países estão em guerra. Como o senhor chegou aqui?___Gabrielle sentiu as pernas bambas e apoiou-se em uma cadeira para não cair.

___Foi muito simples, duquesa___Talleyrand encarou Fou­ché e respondeu___o Senhor Fox e Sua Alteza, o duque, têm imunidade diplomática. E o salvo-conduto deles está com o Senhor Fouché. Não é verdade, Fouché?

___É___Fouché respondeu, mas ninguém percebeu o lampejo de ódio que atraves­sou o olhar dele.

Gabrielle fitou Harry. Ele desviou os olhos dos dela e consultou o relógio de bolso. Ele não estava disposto a facilitar as coisas pra ela, muito menos acalma-la nesse momento. Gabrielle sabia que merecia a indiferença do marido depois de ter fugido, mas mesmo assim doeu em sua alma.

___Se não sairmos logo, perderemos a maré___Harry falou com Fox.

___Maré?___Fouché espantou-se.

___Sim. Levarei o Senhor Fox para casa na minha fragata. No momento, ela deve estar em Rouen___Harry respondeu calmamente, mas Gabrielle podia sentir que uma tempestade ocorria dentro dele.

___Será preciso tomar cuidado para não ser atingido por balas francesas___Fouché comentou de modo casual.

___Não haverá perigo___Harry retrucou e deu de ombros___recebemos es­colta francesa para toda a costa da Normandia. O primeiro-cônsul insistiu nessa precaução. Ele não quer que nada acon­teça ao Senhor Fox.

___Seus encontros têm sido proveitosos?___Fouché fitou Fox e Talleyrand, sem dar atenção ao tom de advertência de Harry.

___Muito___Fox foi enfático.

___E terminaram tão cedo?

___Diplomacia requer tempo___Talleyrand alegou com ironia___estamos apenas no início das conversações.

___E quanto ao meu avô?___Gabrielle pergunta, ignorando as farpas dis­paradas entre os cavalheiros.

Fouché fitou o documento que tinha nas mãos.

___Esta carta não faz menção a Mascaron___disse, sentindo uma pontada de satisfação.

___Harry?___Gabrielle implorou com os olhos, agora de uma cor indefinida, o que demonstrava que estava com medo.