𝐷𝑖𝑎́𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑎𝑑𝑜𝑙𝑒𝑠𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑢𝑚

Capitulo 5 • Vida Dupla

✍︎ Capítulo 5 • Uma vida dupla ☕︎

Querido San,

A fase jovem adulta já vem com uma voadora de dois pés, pois tudo que você não tinha de responsabilidade como criança, começa a ter com a fase adulta. Fora que se for parar para pensar é a fase das baladas, dos namoros, dos textao no Instagram, das tretas do twitter.

Ryan e sim esse é o nome do meu chefe, era um homem elegante, lindo, charmoso, porém silencioso, desde que ficamos presos no elevador e eu tomei aquela atitude doida de beijar ele, o mesmo meio que deu uma mudada comigo. Sempre que passa me dar um bom dia, porém seco, não olha mais no meio rosto, e sempre que vinha falar comigo, era sobre algo de trabalho.

Claro eu não posso reclamar por está trabalhando, mas até com os outros ele conversa, interage mas comigo nunca da um sorriso ou se quer um " não precisava ter me beijado. " Poderia dizer que tudo aquilo foi paranóia da minha cabeça, mas infelizmente não foi, como era do mei costume fiquei até um certo horário, não muito tarde, mas não muito cedo peguei as minhas coisas deixei todos os papéis arrumados para entregá-lo no outro dia foi quando escutei sua voz grossa me chamando ecoando pelos corredores.

_ Wallace, pode vir até aqui em minha sala. - pronto estava vendo que tinha perdido o meu emprego com uma semana sem faltar nem nada.

_ Aqui estou, precisa de algo senhor? - pergunto com a voz meio embargada porque se ele fosse me demitir já poderia fazer a cena de novela.

_ Bom, queria conversar sobre o que aconteceu no elevador aquele dia. - por um momento veio um alívio mas continuava inseguro com tudo que estava acontecendo.

_ Senhor, aquilo não vai se repetir mais, eu não sei o que deu em mim, não queria... - ele se levanta e pega um copo com água pra mim.

_ Pode ficar tranquilo, não irei te demitir, por conta de uma pequena aventura que aconteceu no escuro do elevador, muito menos porque meus funcionários não sabem que sou, do meio mais sexual estilo cinquenta tons. - ele fala puxando um pouco a gravata para baixo.

_ Não entendi senhor, quer dizer que não está bravo comigo, por eu ter te beijado? - falo bebendo um pouco da água que ele havia me dado.

_ Claro que não. - ele fala com um tom de voz mais sedutor.

_ Quero te propor um acordo, claro isso não vai influenciar em nada no seu serviço e muito menos impactar na sua vida pessoa, a única coisa que eu quero de você é a sua companhia, claro so peço que nao venha me beijando novamente sem eu pedir, claro no escuro e com o toque o copo fica meio aflorado.

Eu queria ter dado na cara dele um belo de um tapa, mas fiquei em silêncio queria saber até onde tudo aquilo iria chegar, ele me explicou tudo, inclusive os riscos que poderia correr afinal poderia perder o meu emprego se tal história mirabolante vazasse, claro ele iria me pagar tanto o meu salário como o bônus por ser seu acompanhante em todos os eventos que ele fosse.

Na minha cabeça estava pensando, ele tá querendo um garoto de programa, um secretário ou alguém pra poder chorar, satisfazer e ainda trabalhar por mais um tempo. Você deve está pensando ele não vai aceitar, imagina se submeter a algo tão devasso e doentio. Porém eu aceitei, queria ver até onde aquilo iria dar, pense o que quiser de mim mas é uma oportunidade de viver uma aventura totalmente diferente das que eu estava acostumado a viver.

_ Tudo bem, eu aceito esses termos, mas eu não quero parecer um brinquedinho que o senhor vai usar e vai jogar fora, pode ficar tranquilo que não irei falar isso pra ninguém, só espero não me arrepender. - falo olhando dentro daqueles olhos sombrios dele.

_ Está certo, então deixe essas coisas ae, pois começamos agora. - do nada ele retira a sua gravata e a coloca como uma venda em meus olhos, em minha cabeça já estava achando que ele iria me jogar dali de cima, só escutava o som da voz dele baixa sussurrando em meus ouvidos.

_ Para começar a trabalhar comigo, você tem que saber a ser silencioso, seus passos ecoam por todo prédio então consigo saber quando esta chegando ou não. - mesmo de olhos vendados ele começou a explicar tudo que eu deveria fazer como deveria comportar, estava tudo sendo tão diferente do comum.

Eu sei, na sua cabeça não entra que uma pessoa possa ser doida o suficiente de treinar um secretário pra ser tudo inclusive amante, mas estava valendo aquilo foi totalmente diferente pra mim, foi quando ele, começou a fazer aquilo que fez no elevador.

_ Sinta o meu toque, mas não faça nada. - fiquei parado apenas sentindo suas mãos pelo meu corpo, a forma que ele respirava, foi quando ele deixou eu tocar nele, pude sentir aquilo que todas as mulheres daquele lugar queria ter a oportunidade de sentir, o corpo do seu chefe.

A cada lugar que eu pegava escutava sua voz rouca, dizendo pra ir devagar, sentir o momento,e com os comandos dele fiz o que ele disse, foi quando ele parou em minha frente, e mesmo comigo ainda vendado chegou próximo colando seu corpo no meu.

_ Viu? Não sou um chefe tão ruim, e muito menos te contratei com segundas intenções, eu vi que você é um guri que quer saber mais sobre a vida então, resolvi te dar o que tanto queria, porém não se acostuma não, pois não vai ser todos os dias que irei te deixar experimentar do meu toque.

Ele retirou a gravata do meu rosto, e a colocou no pescoço, o relógio que quando começamos esse treinamento dava 22h40 estava dando 23h40, já estava muito tarde para ir pra casa sozinho.

_ Voce tem carro para ir pra casa? Ele perguntou com um sorriso de canto de boca.

_ Não Senhor, venho e vou de ônibus mas pelo horário não irei conseguir ir assim tão cedo.

_ Vamos eu te do uma carona. - e foi assim que comecei a ter uma amizade com o meu chefe.