Capítulo 13

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O nível de nervosismo da situação piorou em segundos, em um nível catastrófico. Ian, que tinha os olhos varrendo Madison, percebeu ela piscar lentamente, como se anestesiada, apertando o braço. O lenço impecavelmente branco mostrava uma mancha horrível, vermelha escura, grande demais só pra uma breve espetada. Ela viu de relance ele se abaixar, então se viu ser carregada. Anahí falava nervosamente, aparentemente consigo mesma. Tinha os olhos azuis preocupantemente dilatados; isso acontecia em breve episódios onde ela perdia o controle e ficava nervosa demais.


Porém, é valido lembrar, Madison não é uma mulher como as normais. Ela conseguia dividir, dentro do corpo, as coisas que sentia e organizar os pensamentos. Pessoas normais sentiam tudo, acrescendo medo, o que causava pânico e era contraproducente. Ela, por outro lado, via as coisas como ingredientes separados: Alguém deixara uma planta venenosa no ursinho e ela se espetara. Sua mão doía, uma queimação forte que subia pelo braço aos poucos. Seu dedo sangrava até agora, o que não tinha precedente. Ela olhou o dedo envolvido por um instante, alheia a conversa entre Anahí e Ian. A queimação começava da ponta do dedo, debaixo da unha, onde ela se espetara, e conforme o tempo se espalhava, rumando o braço. Ela estava brevemente tonta. Olhando a mão seu olhar bateu de relance na barriga volumosa. Se aquilo continuasse a subir, chegaria no bebê. Isso a trouxe de volta com um baque. Seu bebê não.


E o mais absurdo de tudo: Um homem que não era Christopher e estava carregando.


Madison: Me coloque no chão! – Grasnou, ultrajada, estapeando Ian com a mão boa. Ian se esquivou, incrédulo.


Ian: O que está fazendo, mulher? – Anahí olhava os dois, parecendo em choque.


Madison: Me ponha no chão agora! – Ela começou a bater as pernas, causando um redemoinho de tecido grafite no ar.


Anahí: Coloque ela na poltrona. – Disse, exasperada. Ian se abaixou, colocando Madison sentada na poltrona com cuidado.


Madison: Que absurdo! – Ian ergueu a sobrancelha, pondo uma mão na cintura.


Anahí: Ok, Mad, escuta. Eu vou precisar ir pras cozinhas agora, eu preciso achar umas plantar, tentar fazer algo para cortar o veneno do espinho, Ian vai ficar com você, se qualquer cois... – Interrompida.


Madison: Anahí, shhh. – Anahí a olhou, exasperada – Respire. Agora inspira. Tudo bem, eu estou aqui. Você está histérica. Precisa se acalmar.


Ian: Isso é loucura. – Taxou, os olhos indo de uma pra outra.


Anahí: Você entende que foi envenenada, não é? – Perguntou, lentamente, como se estivesse se questionando sobre a sanidade mental da outra.


Madison: Pronto. Chegamos ao ponto. Envenenada. – Anahí assentiu – A toxina está no meu sangue, certo? – Anahí assentiu de novo, impaciente.


Anahí: E nós estamos perdendo tempo precioso. – Disse, se sentindo dormente de tanto nervoso. Madison negou com o rosto, agora o cenho trincado.

Mais Além do 'Felizes Para Sempre' - Uma história de Just One More About LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora