Inacreditavelmente, semanas se passaram assim. Não houve muito a ser dito. Anahí tentou; tentou mesmo, mas ele continuava com o tal "bloqueio". Era amoroso com ela, carinhoso, e tudo estava bem... Aliás, quase tudo.
Alfonso: Onde você está me levando? – Perguntou, achando graça. Tinha os olhos vendados.
Anahí: Quase lá. – Garantiu, guiando-o pelas costas. Não havia som que o desse dica, nada, só a mão dela guiando-o. – Cuidado com a porta... Pronto. – Ela o soltou – Três passos pra trás... Senta. – Ele obedeceu, se sentando em algo baixo. Tateou os lados, achando um lençol. Uma cama? – Sem pescar. Espera... – Ele sorria, se achando meio idiota – Pronto, pode abrir.
Ele levou as mãos até a venda, retirando-a. Piscou perante a luz, se adaptando, e ela esperou. A luz era baixa, o cômodo era precário: Pequeno, paredes de pedra, um guarda roupa pequeno, algumas poucas velas na parede, uma cama de solteiro. O quarto dela de empregada. Ela viu o reconhecimento tingir os olhos dele, então ele finalmente a olhou. Estava na frente dele, usando camisola: Não as camisolas dela, mas uma de um tecido mais pobre, branco, sem desenho, indo até o meio das pernas. Era como se o passado tivesse voltado: A primeira noite, ela de pé a uma distancia segura dele, aquele quarto... Os cabelos dela estavam mais cacheados do que ela usava agora, porém exatamente como estavam naquele dia.
Alfonso: Vem, senta aqui. – Chamou, dando dois tapinhas no colo, e ela sorriu de canto.
Ela se aproximou sem pressa, e exatamente como na primeira noite, se sentou de lado no colo dele. Alfonso riu de leve e apanhou o cabelo dela, levando até o nariz. Sempre tivera obsessão por aqueles cachos. Ela observou o gesto com carinho. Ele ergueu os lábios pro pescoço dela, o hálito quente fazendo-a se arrepiar enquanto ele a beijava. Ele ergueu a mão, buscando o laço frontal da camisola que logo afrouxou.
Como no primeiro dia, ele a apanhou nos braços, sentando-a de frente pra ele. Anahí o envolveu com as pernas, afundando as mãos no cabelo dele, a boca buscando-o. Ele desceu as mãos pelas costas dela de modo pegado, chegando as coxas, puxando-a mais pra si e ela arfou.
Alfonso: Apenas relaxe, e deixa que eu faço o resto. – Murmurou e sentiu o sorriso dela em seus lábios.
A mão dele subiu por debaixo da camisola, alcançando os seios dela. Ela arfou e ele baixou o rosto, empurrando a camisola dela e apanhando um dos mamilos dela nos lábios, as mãos subindo descendo pela barriga dela, sumindo na calcinha que ela usava. Anahí soluçou, se curvando nos braços dele, que a manteve no lugar. Ela desceu a mão até a calça dele, feliz ao senti-lo duro em seus dedos. Finalmente aquele inferno havia acabado. Os dedos dele deslizaram pra dentro dela e ela gemeu, mordendo a orelha dele.
Anahí: O que devo fazer? – Murmurou, e ele passou o nariz pelo dela. Ela estava vermelha, a respiração alterada, os olhos brilhando.
Alfonso: O que tens vontade de fazer? – Ela ia responder, mas foi pega por um espasmo particularmente gostoso – Isso é bom?
Anahí: Hum... – Assentiu, começando a rebolar no colo dele sem perceber.
Alfonso: Isso, carinho... Bem assim... – Ela afundou o rosto no pescoço dele, e ele sentiu ela começar a se contrair nos dedos dele. Anahí chamou o nome dele ao gozar, apertando-o demoradamente. Ele a soltou, tirando o cabelo do rosto dela, enchendo-a de beijos mordidos.
Anahí os encaixou, rebolando em cima da ereção dele, indo e vindo. A sensação era como se o fantasma do orgasmo dela estivesse presente, ainda vivo. Ele gemeu, apertando-a e os dois rolaram pela cama, ele por cima dela. Ele trouxe as coxas dela, pondo em volta da própria cintura e ela puxou a camisa dele, removendo-a pela cabeça... E ele hesitou ao voltar. Ela suspirou, sentindo falta do impulso dele e o empurrou, passando pra cima. Ela bem tentou, mas...
Alfonso: Anahí, pare. – Murmurou, sob os lábios dela.
Anahí: Shhh. – Murmurou, tomando os lábios dele. As mãos dele na cintura dela agora a restringiam.
Alfonso: Não, carinho. – Mais alguns instantes e ele conseguiu se desvencilhar dela. – Eu não... Desculpe.
Anahí: O que há? – Perguntou, deitada, vendo-o se sentar – Eu não atraio mais você, é isso?
Alfonso: Não seja estúpida. – Anahí suspirou, pondo uma mão no cabelo e ele revirou os olhos, pegando a mão livre dela e levando até sua ereção. Continuava duro. – Você me atraiu desde a primeira vez que eu vi você.
Anahí: Na primeira vez que você me viu, eu estava amarrada nas masmorras, apanhando por ter tirado Suri do castelo. – Lembrou, o cenho franzido.
Alfonso: Nah. Na primeira vez em que eu vi você, estava recolhendo a louça do jantar. Já havíamos ido, voltei por insônia, ia tomar um ar. Você não me viu. – Lembrou, olhando pra frente. Ela ergueu as sobrancelhas– Tinha o cabelo preso, estava inclinada sobre a mesa, cantarolando. Quis você desde então.
Anahí: E então? – Perguntou, se virando pro lado dele.
Alfonso: Eu não... – Ele balançou o rosto como se algo o incomodasse.
Anahí: Está exagerando. – Disse, beijando o ombro dele.
Alfonso: Talvez esteja. – Ele se levantou, vestindo a camisa – Só não posso. Não agora.
E ela não tentou mais. Os dois dormiam juntos, abraçados, mas era só. O assunto não veio mais a tona, e a vida seguiu.
Anahí: Algo mais? – Perguntou, e o encarregado lhe passou um pergaminho selado – Ok. Isso vai levar mais tempo.
- Sua alteza esteve hoje na cidade, checando as novas ordens de segurança. – Informou.
Anahí: Tudo nos conformes? – O homem assentiu – Excelente. Conversarei sobre isso com Alfonso mais tarde. Pode ir. – Ele se curvou e saiu.
A carta era de Madison. Anahí desenrolou, começando a ler. Estava sozinha na sala do trono, o silencio era absoluto. Franziu o cenho. Madison estava a beira de um colapso. Anahí terminou de ler a carta com o cenho franzido. A comunicação era muito obsoleta. Levava semanas pra uma carta ser entregue, e essa conversa em si já durava a mais de um ano. Responder não estava ajudando em nada.
Alfonso: Acabei de retornar da cidade. – Começou, entrando no salão. Dois soldados pararam na porta - As novas guardas estão funcionando perfeitamente bem. Com orientações junto a estrada, não acredito que haverá falha. – Ela assentiu, os braços amparados no trono, os olhos distantes. – O que há?
Anahí: Eu preciso ver Madison. – Alfonso franziu o cenho – Para breve.
Alfonso: Alguma novidade? – Anahí negou com o rosto – Anahí, uma viagem desse tamanho por propósito nenhum? – Alfonso odiava viagens longas.
Anahí: Ela precisa de mim. Eis o seu propósito. – Disse, serena.
Alfonso: Semanas em uma carruagem, com quatro crianças. – Demarcou.
Anahí: Com sorte não chove. – Decidiu, se levantando. Tinha muito que organizar. – Você, me traga um mensageiro.
Alfonso: Anahí, nós estamos indo e voltando o tempo inteiro. – Ela o olhou – E tudo bem, mas Nathaniel ainda é um bebê. Madison nem sequer sabe o que a está levando a histeria. Você não quer pelo menos pensar por um momento?
Anahí: Madison é minha amiga. Ela trouxe Christopher até a guerra por nós, ela salvou minha vida e a vida de Rosalie, e a de Suri. Ela salvou minha mãe. Matou por nós. Preciso continuar? – Perguntou, obvia.
Alfonso: Eu não acredito que estamos discutindo por isso. – Disse, cansado, se sentando no trono.
Anahí: Há paz aqui. Não haverá nada por sairmos. Alias, não estamos discutindo. – Pontuou – Ela é minha amiga, e precisa de mim. Eu vou até ela. As crianças vem comigo. O convite está aberto, mas você não é obrigado. – Os dois se encararam por um momento, ambos impassíveis – Tenho muitos preparativos pra fazer. Com licença. – Ela virou as costas, saindo de modo fluido.
Mudanças no roteiro.
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Mais Além do 'Felizes Para Sempre' - Uma história de Just One More About Love
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