Let Me Down Slowly《NoMin》

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Jaemin /On

Acordei com uma puta dor de cabeça, talvez porquê eu misturei álcool com calmante, talvez. Olhei para o lado e Renjun dormia como uma pedrinha fofa. Tentei me levantar mas acabei deixando escapar um tremendo gemido de dor.

Olhei para meu amigo com receio de tê-lo acordado o que não aconteceu.

Então medi esforços nos meus movimentos, eu estava morrendo de sede. Saí devagar do quarto e me direcionei até a cozinha.

- Oi filho - minha mãe estava servindo o almoço (?) na mesa.

Olhei para o relógio de parede e vi que já iam dar 14h.

- Oi mãe - minha voz saiu meio rouca.

- Acho que precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem - disse parando o que estava fazendo e me olhando.

- Não - falei indo em direção ao filtro.

- Como assim não? Eu sou sua mãe, preciso saber o que está errado - disse.

- Não, não precisa. Você nunca precisou, na verdade, nunca se importou. Então, por favor... - engoli em seco - Continue assim.

Bebi a água rapidamente e passei para o quarto, ela me seguindo por todo o percurso com seus olhos.

Entrei no meu banheiro e lavei o rosto, abaixei a tampa da privada e me sentei na mesma. Comecei a refletir sobre tudo o que havia acontecido em tão pouco tempo.

Eu não possuía mais forças para chorar, não possuía mais nada.

Não tenho condições de encarar Jeno e nem de suportar as piadinhas dos amigos de Jaehyun que eu sei que virão.

Também não quero conversar sobre isso com nenhum dos meus amigos.

Estou com tanta vergonha de mim mesmo, que até meu reflexo me enoja.

- Nana. - Renjun bateu na porta.

- Não quero falar sobre o que aconteceu. - Respondi imediatamente.

O mais velho abriu a porta devagar e me encarou.

- Em qual momento falei que queria saber sobre o que aconteceu ontem? - Cruzou os braços e deu um sorrisinho. Enquanto isso, ri anasalado e olhei para o chão. - Vai ficar aqui no banheiro até quando?

- Sei lá... Até eu... Não sei. - Não conseguia nem pensar direito no que estava acontecendo.

- Anda, levanta. - Me puxou para fora do banheiro. - Vamos comer.

- Minha mãe...

- Ela saiu, Jaemin, faz mais de 15 minutos que você está no banheiro. - O olhei assustado.

- Tudo isso? - Me sentei à mesa. Renjun apenas assentiu.

- Você não tem que se desculpar por nada, Jaemin. - Falou sério, pegando os talheres. - Só saiba que sou seu amigo e estarei ao seu lado sempre.

- Obrigado. - Falei por fim.

...

Depois da refeição, fomos ao quarto, colocamos um filme clichê adolescente na Netflix, ficamos falando o quanto os personagens eram idiotas.

- O que é isso vibrando?

- Eu juro que não trouxe meus brinquedos. - E assim ele fez.

Quando desligou a ligação, avisou que os seus namorados estariam chegando dentro de alguns minutos, com muita comida.

Gostei do que se refere à comida.

Fico reclamando quando os três se juntam e estou perto, por frescura mesmo, pois eles nunca me deixam sentir excluído ou me fazem segurar vela. É como sempre foi.

Ouvimos batidas na porta e Renjun foi logo atender, alguns segundos depois, lá estava Mark brigando com Donghyuck porque tinha comido um dos bolinhos de chocolate preferidos de Mark.

Ele sempre compra um para cada um e dois para ele, mas, segundo o mesmo, Donghyuck vai querer roubar um dos seus mais tarde. "É só não dar", a questão é que: Mark não resiste não resiste aos pedidos dos meninos, e até ele mesmo sabe disso.

- Oi, Nana~ - Donghyuck se jogou na minha cama.

- Fala, irmão. - Tentei demonstrar animação.

- Cara, eu gastei maior parte da minha mesada por causa do Haechan. - Mark reclamou.

- Você que deu a ideia de comprar comida. - Haechan o acusou.

- Você sabia que eu estava liso. - Hyuck disse, despreocupado.

- Me diz quanto você quer, Mark. - Renjun disse, tentando pôr um fim na discussão.

- Não quero nada, Renjun. - Mark respondeu, mansinho.

- Então por que está reclamando? - Hyuck alfinetou.

- Vamos assistir o filme, né. - Tentei acabar com aquela briga.

...

Stalker: Acho que precisamos conversar.