Capítulo III

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A parede fria do lado de fora do motel batia em suas costas, fazendo Harley repensar a escolha de suas roupas, já que as mesmas deixavam o frio do concreto alcançar sua pele alva.

Harley saíra do quarto instantes depois dos caçadores, se escorando nas paredes e entre as pilastras, tomando muito cuidado para não ser vista por nenhum dos dois.

Harley respirava pesadamente, a adrenalina da perseguição percorrendo seu corpo. Isso sempre a fez sentir ótima, mas ela não experimentava essa sensação há muito tempo.

Não entendam mal, Harley adorava a vida pacata e comum que levava, sem a interferência de seres sobrenaturais e tudo mais, mas ela não conseguia evitar sentir falta da vida fora da lei e ilegalmente excitante já chegou a viver.

Correndo atrás dos caçadores que a caçavam, roubando um carro para poder acompanhar o deles. Harley poderia muito bem pegar um táxi, mas ela apenas decidiu infringir as regras, e isso realmente a fez sentir muito bem. Coisas como essa a faziam sentir viva.

O Camaro amarelo datando 1969 até que estava em boas condições, seu motor rugia brilhantemente quando Harley botava mais força no pedal, e fazia quase barulho nenhum quando a mulher diminuía a força. Ela vibrou em alívio quando percebeu isso.

Cerca de dez minutos de "perseguição" depois, o carro dos caçadores para em frente à entrada do parque ambiental de Denver, forçando Harley a estacionar bem mais atrás, no cruzamento entre a rua em frente à floresta e a outra adjacente à essa, tirando-a completamente do campo de visão dos homens.

Harley sai do carro em silêncio, tomando cuidado para não bater a porta com força e acabar com a operação secreta. A mulher se escora na parede de esquina que separava as duas ruas e observa os homens abrirem o porta-malas e tirarem do mesmo duas mochilas bem grandes de alça, que acabam por serem jogas por cima de seus ombros.

Ambos os caçadores se põem a entrar na área arborizada, sempre olhando de um lado para o outro com atenção. Harley se desfaz de seu esconderijo na parede e, pegando o mesmo caminho que os dois. Sua bolsa cinza apertada contra seu peito e saltos fazendo o mínimo de barulho contra o solo terroso e folhas secas espalhadas por ele, Harley era bem cautelosa e também se escondia nos troncos grossos das árvores, fazendo seu corpo pequeno desaparecer para ambos os caçadores alguns metros à sua frente.

Algum tempo de caminhada depois, os homens param em frente à uma área desmatada, apenas com terra molhada e algumas fuligens. Três barracas de acampar rasgadas e respingadas com sangue se encontravam lá, o cheiro de sangue enchendo as narinas de Harley acabou transformando sua expressão em uma careta.

𝗔𝗙𝗧𝗘𝗥 𝗣𝗔𝗥𝗔𝗗𝗜𝗦𝗘 ° 𝘀𝘂𝗽𝗲𝗿𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 || DESCONTINUADAOnde histórias criam vida. Descubra agora