Capítulo VI

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Harley sentia-se fraca em mente, embebida em uma sensação de remorso pelo que ainda não fez, mas precisava fazer. A mulher não aguentaria o peso de ter arruinado a vida de sua melhor amiga por conta de um egoísmo.

Ela já havia passado por isso, portanto, Harley sabia exatamente para onde ir e o que fazer, deixando tudo mais simples de ser concluído, mas não fácil. Ela tinha a consciência de que isso seria uma das coisas mais difíceis que ela teria que fazer.

Quanto mais seu calçado batia contra o caminho estreito de barro, mais sua incerteza a deixava, sendo substituída por uma convicção irreversível.

A cabana, que Harley sempre acreditava ser feita de barro e madeira, fora tomando forma em sua linha de visão, aparecendo no horizonte distante à sua frente. A mulher loira teve vontade de ir atrás do taxista que se recusara a levá-la até a porta do local, pois alegava que era um local muito "arisco" para atravessar.

Harley nunca sentira tanta raiva de um motorista de táxi, pois agora ela suava bicas e seus pés a matavam dentro de seus coturnos cor de ônix.

Mas a doutora tinha certeza de que valeria a pena ou, pelo menos, ela esperava com todo o coração que isso fosse verdade.

Agora a casa de pau a pique estava ainda mais próxima, possibilitando-a de sentir o cheiro usual de menta que ela exalava. O cheiro a fazia sentir em casa, algo parecido como um banho quente depois de um longo dia de trabalho pesado. Era relaxante, então Harley fungou o ar o máximo que podia, acabando por soltar uma espécie de barulho de porco quando inspirou muito fortemente.

- Então minha porquinha voltou, uh? - Uma voz levemente envelhecida pelo tempo irrompeu seus ouvidos, fazendo-a sobressaltar-se levemente.

- Não me chame assim... - Harley pede, uma falsa expressão chateada em seu rosto enquanto se encaminha para jogar-se aos braços da mulher ruiva e de aparência mais velha.

Ela trajava uma roupa de seda branca, sofisticada e atual, muito diferente da casa em que ela morava. Seus cabelos cor carmesim caíam mais ou menos na altura de seus seios, pés de galinha apareceram ao lado de cada um de seus olhos assim que ela sorriu.

- Certo. - A mulher começa, passando os dedos nos fios loiros de Harley uma última vez antes de quebrarem o abraço. - Que besteira você fez dessa vez, porquinha?

Harley revira os olhos pelo uso do apelido novamente, mas torna a falar.

- Então, agora eu não posso mais visitar uma velha amiga só para matar a saudade? - Pergunta com uma das sobrancelhas arqueadas e braços cruzados sobre o peito enquanto ambas adentravam a casa.

𝗔𝗙𝗧𝗘𝗥 𝗣𝗔𝗥𝗔𝗗𝗜𝗦𝗘 ° 𝘀𝘂𝗽𝗲𝗿𝗻𝗮𝘁𝘂𝗿𝗮𝗹 || DESCONTINUADAOnde histórias criam vida. Descubra agora