The Scene Is Dead (tradução)

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Antes de tudo, eu queria deixar bem claro que essa fanfic NÃO É de minha autoria, isso aqui é apenas uma tradução. Todo o crédito vai para stoplightglow

                                                                                                

Gerard olha por cima do computador ao que Mikey enfia a cabeça pela porta do escritório. "O Ray tá aqui?", ele pergunta.

Gerard, pra ser honesto, tem olhado para arquivos de demonstração por tanto tempo que ele não sabe. Ele dá uma rápida olhada pela sala. Ray não tá no canto onde ele às vezes se esconde para entrar 'na zona' e também não tá na mesa de mixagem, então ele deve estar em outro lugar. "Acho que não. Eu não sei. Não fico prestando atenção."

Mikey encolhe os ombros, despreocupado. "Tudo bem, é que ele pediu café faz um tempo e agora eu não consigo encontrar ele. Vou continuar procurando."

Isso é o que Mikey ganha por transformar cada pausa em uma pausa e mais um intervalo de vinte minutos, Gerard supõe. Como ele consegue manter a posição de estagiário é um mistério.

"Se você não conseguir achar", Gerard diz com a maior indiferença possível, "você pode trazer o café pra mim. Eu bebo."

"Tá, aham." Mikey o olha entediado,o que definitivamente significa que qualquer café sem dono vai para Gabe. Se Mikey quer puxar o saco do chefe, tanto faz. Gerard pode pegar seu próprio maldito café. Ou ele faz aquele novato, Ryan, pegar pra ele.

Mikey já estava saindo pela porta quando vira e pergunta: "Progresso com o projeto solo?"

Gerard olha desanimado para a tela a sua frente, que teve o brilho diminuído pela falta de atividade. Ele agita o mouse mesmo que prefira deixar a tela cair na escuridão. "O que você acha, inferno?"

"É", Mikey nunca se incomodou com simpatia, graças a Deus. "Eu imaginei."

*

O resto do dia é cheio de demos, e-mails, demos e andando por aí como se fosse um tigre enjaulado, e quando Gerard finalmente termina, à noite, ele é o único que restou no escritório. Ele tranca o prédio e resiste ao impulso de enfiar o rosto no volante do carro enquanto dirige para casa.

Ser produtor executivo não é como ele sempre sonhou, afinal.

*

Ele só encontra uma demo decente no final da semana, uma cantora de indie rock de Newark. Eles conversam pelo telefone, e ela consegue manter uma conversa interessante o suficiente que Gerard sabe que as revistas vão gostar dela. Além disso, ela tem um visual adequado para o público central. A música não é mágica, mas tem potencial. Pelo menos, Gerard espera que sim. Gerard realmente espera que sim.

.

Isso significa que ainda faltam duas vagas na gravadora para preencher.

Porra, ele precisa beber.

Ele dirige até um bar perto o suficiente do apartamento para que ele encha a cara e não acabe perdido no caminho pra casa. É um lugarzinho remendado com cara dos anos 50, lotado por uma multidão de fim de semana onde todo mundo conhece todo mundo, ou é o que parece. Estão rindo e batendo ombros como velhos amigos sob a luz fraca do lado de dentro quando Gerard entra. Ninguém nem olha pra ele. Gerard não dá a mínima, desde que o uísque seja bom.

Acabou que era. Ele encontra uma banqueta vazia no fundo e pede dois shots com só uma respiração entre eles. A queimação na garganta é perfeita.