Eu olhava para o mundo ao meu redor e ele não tinha cor nem graça nenhuma.
Eu me afastei das pessoas e de popular eu passei a ser anti-social.
Eu dizia que essa postura era para proteger as pessoas do meu mal humor ,da minha dor ou de possivelmente vir a sofrer comigo ou por mim.
Mas a realidade era outra ;eu afastei as pessoas pra me proteger quanto menos eu amar menos iria sofrer quando partissem.
Já que a morte era a única coisa certa para todos.
Algumas pessoas que realmente me amavam enxergaram que eu não estava bem; as vezes forçavam uma aproximação e sempre encontravam um muro erguido por mim mesma. Mas claro que eu não era cega e nem burra. Nao precisava ouvir de ninguém que eu não estava bem. Eu sabia disso.
Todos sabem.
Toda pessoa depremida ou depressiva sabe que não está bem. A gente só não admite, mas sabemos e odiamos quando tentam nos falar o que já sabemos.
Sabemos que estamos mal.
Eu sabia.
Essa não é a questão.
O problema é que não queremos ficar bem. Não queremos melhorar.
Seja qual for o golpe que te lança no fundo do poço. O problema não é o golpe em si ;
É sua vontade de não sair do buraco que te deixa lá.
A tristeza e a dor é como uma droga, ela te rouba a vontade de viver vai te matando aos poucos e você ainda gosta dela. Faz dela uma dependência parece que aquela fase de melancolia e sofrimento se torna parte da sua personalidade, parte de quem você é.
E foi assim comigo.
Até chegar o ponto que eu não me importava se isso machucava alguém.
Nem a mim mesma.
Não ligava a mínima pra nada.
Eu não ia melhorar simplesmente porque não queria melhorar e ponto final.
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Como a Morte d'ela me mudou
Spiritualvinte e um de junho de 2011 "O celular toca, eu olho é minha mae: _Oi mãe eai como está tudo ai? ja viu a Yara? É hoje que ela vai sair da UTI ne? (eu ja falo demais no meu normal imagina nervosa?!) _... "silencio"? _mãe? a senhora ta chorando? e...