Capítulo Oito

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Por um milagre ontem à noite eu consegui dormir tranquilamente. Hoje eu acordo, faço uma maquiagem básica, deixo meu cabelo solto e visto essa roupa:--_

Pego minha mochila e desço pra cozinha, encontrando meu pai na mesa comendo suas panquecas e tomando seu suco

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Pego minha mochila e desço pra cozinha, encontrando meu pai na mesa comendo suas panquecas e tomando seu suco. Dou bom dia para ele e como um pouco, já estou quase atrasada.

Vou para a escola com o carro do meu pai. Chegando lá olho no relógio, se eu apressar o passo posso chegar no horário certo.

Dito e feito, assim que me sento a professora chega.

***

Estava fazendo minhas anotações quando ouço alguém sussurrar meu nome. Olho ao redor me pego o Stiles me encarando. Franzi o cenho para ele.

- O que aconteceu? - ele sussurra tão baixo que tenho certeza de que um humano normal não conseguiria ouvir.

Balanço a cabeça em sinal de negativo e volto minha atenção ao meu caderno.

- Lorena! - ele me chama novamente. Olho feio para ele, que indica com a cabeça o Scott. Observo o lobisomem que respira fundo e olha para baixo.

Ele fecha o punho e sinto o cheiro de sangue. Scott está se descontrolando.

- Professora! - levanto minha mão e chamo a professora a interrompendo. - Scott não está se sentindo bem, posso levá-lo para a enfermaria?

Quando Scott percebe o que eu quero, ele finge um desmaio e a sala se agita. Me levanto rapidamente com a minha mochila nas costas e vou até Scott que continuava no chão.

-- Pode levá-lo Lorena, por favor, rápido, antes que algo mais aconteça! - diz a professora apreensiva. Assinto com a cabeça e ajudo Scott a se levantar saindo rapidamente dali.

Desculpa ter que mentir assim professora.

Levo o moreno descontrolado para a sala do treinador.

- Scott? Você já não sabia se controlar? - pergunto quando o percebo mais calmo.

- Sim, mas eu senti um cheiro estranho, e de repente meu lado lobisomem começou a aparecer.

- E como era esse cheiro? - pergunto me sentando na cadeira do treinador.

- Um cheiro horrível, nunca senti antes. Parecido com chulé e borracha queimada. - Ele responde fazendo careta.

- Por que será que o fez se descontrolar? - pergunto confusa, mas sou interrompida pelo sinal ensurdecedor. Ainda não acostumei com esse sinal. Para mim ele é alto demais, estridente demais. Insuportável, eu diria.

Coloco as mãos nos ouvidos tentando barrar o som, Scott se aproxima e coloca as mãos dele por cima das minhas. De nada adiantou, mas valeu a tentativa.

- Obrigada. - agradeço assim que tiro minhas mãos. O moreno assente e vamos para nossas respectivas aulas.

Só falta mais algumas horas para sair daqui.

Penso e reviro os olhos.

***

As aulas se passaram extremamente devagar, Scott não deu mais trabalho, mas Stiles ficou enchendo o meu saco em todas as aulas que ele teve comigo.

Na hora do almoço resolvi ficar sozinha, gostei do bando do Scott, mas me sinto estranha quando fico com eles. Eles foram as primeiras pessoas que se preocuparam comigo sem me conhecer, e ainda me pediram ajuda.

Enquanto comia, observava o que as pessoas faziam. Eu vi um menino que lutava para abrir seu pacote de salgadinhos. Quase ri dele.

Eu vi também o meu irmão. Ou alguém muito parecido com ele. Meu coração se apertou naquela hora, saí imediatamente do refeitório e esperei o sinal bater na biblioteca. Acho que estou tendo alucinações. Coloco a mão na testa para verificar a temperatura, mas estava normal.

Não estava com vontade de ler nada nesse momento, mas pelo bem do meu psicológico eu peguei um livro qualquer na área de fantasia e me sentei num banquinho que tinha perto de mim.

Foi assim que passei o resto das aulas. Não estava com vontade de ter que me segurar para não pular no pescoço do Stiles e quebrá-lo. Então é melhor nem vê-lo.

Bateram o sinal para ir embora, mas hoje ele parecia mil vezes mais alto. Levei minhas mãos aos ouvidos e os tampei com força. Nada adiantou, estava doendo muito, esse sinal é muito alto, e minha super audição não aprova isso.

Quando a tortura finalmente acabou, percebo que estou de joelhos no corredor, que está completamente vazio, antes dos alunos sairem de suas salas, me levanto rapidamente e corro para fora da escola enquanto minha visão se borra com lágrimas acumuladas.

Vou para o estacionamento, entro no carro do meu pai e piso no acelerador. Não consigo ouvir nada direito, sinto algo descer pelo meu ouvido, passo o dedo e olho. Sangue.

Droga, obrigada Beacon Hills.

Já mais calma, entro em casa indo direto para a cozinha. Meu pai está trabalhando então a comida é por minha conta.

Abro a geladeira e encontro uma torta de morango. Acho que dá para o gasto.

Depois de comer, subo e tomo banho. Coloco uma roupa mais confortável e vou para o "porão" que meu pai encontrou na casa.

Sigo pelo mesmo caminho que da última vez e encontro as caixas.

Elas estão agora separadas em prateleiras coladas na parede.

De onde meu pai arrumou tempo para isso?penso pegando uma caixa qualquer.

A abro e de lá tiro um livro muito,muito empoeirado. Assopro fazendo o pó voar e observo a capa. "About Dragons and Knights" esse é o título.

Mas achei estranho: primeiro: meu pai encontra esse "porão"; segundo: nesse mesmo porão tinha uma pedra que suga energias.

Quem morava aqui tinha alguma coisa a ver com o sobrenatural, só pode ser.

Abro o livro e não encontro o nome do autor. "Todo dragão tem seu cavaleiro. Alguns demoram para o encontrar, pode levar anos ou séculos, mas sempre encontram.

O único dragão a não encontrar seu cavaleiro, foi Robert Huscoff. Ele procurou sua vida inteira pelo seu cavaleiro. Séculos, milênios, e nada..."

Pulo de susto e derrubo o livro no chão quando ouço o som de batidas na porta da entrada. Deixo o livro em cima de uma mesinha de madeira e subo.

Como eu pude ser tão desatenta?!

- Quem são vocês? - pergunto ao abrir a porta e encontrar dois homens lado a lado. Um era mais alto e tinha cabelos claros que chegavam aos seus ombros. O outro era mais baixo e tinha cabelos um pouco mais escuros.

- Boa tarde senhorita, nós somos agentes da FBI e- o cortei sorrindo irônicamente

- Você está mentindo. - o mais alto olhou para o mais baixo e eles se voltaram para mim, mas quem falou foi o mais baixo.

- Não estamos não. Estamos aqui pa- o interrompi

- Olha, eu tenho mais o que fazer do que ficar aqui atendendo dois mentirosos. Agora se me dão licença...- falo fechando a porta, mas sou barrada por um pé que se põe entre a porta

- Você vai nos deixar entrar agora, ou acabamos logo com a sua vida. - o baixinho disse apontando uma arma para mim.

- Dean, calma, ainda não precisamos disso. - falou o mais alto abaixando o braço do outro

- Precisamos sim Sam, essa garota não está nos ajudando e eu não estou com paciência hoje. - diz o esquentadinho. Cruzo meus braços e me encosto no batente da porta com um sorriso divertido no rosto.


Draco Glacies - TW | Derek HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora