Panic!

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Yuri.


Havia se passado dias, tudo aparentemente estava bem, Jean até estava saindo com alguém, Mila já não nos incomodava mais e eu e Otabek estávamos de boa por assim dizer.

Não ficávamos muito na escola pois ele tinha medo que alguém descobrisse e contasse isso para o diretor, e bom, isso não é algo bom já que não é permitido esse tipo de coisa na escola, principalmente quando se tratava de um casal gay.
Victor havia processado Mila por vazar as fotos também e isso foi gostoso de ver pois revistaram o celular dela e acharam o tal vídeo, revistaram o meu também, entretanto eu já havia tirado de lá e passado para um pen drive que estava escondido em algum lugar da casa.
Como eu disse, aparentemente tudo estava certo, até que em uma madrugada Otabek entrou em minha casa bêbado.

Eu não tinha fobia a álcool, mas sim do que as pessoas se tornavam quando digeriam aquele liquido viciante e mortal.

Nessa noite em especifico Yuuri havia saído com Victor para aproveitarem, sabe? Eu havia dito que eles precisavam daquilo melhor do que eu, e eu garanto isso.

xx

Acordo com um barulho de chaves na porta de baixo e apenas ignoro, podia apenas ser o pai chegando da noitada dele.

Mas então eu ouvi aquela voz embargada me chamando, aquela voz me arrepiou todo, dos pés a cabeça.

- Mamãe...?  - digo me sentando na cama, já estava tremulo naquele auge. 

Ouço os passos pesados subindo as escadas, e parando logo então, havia determinado que ''ela'' havia chegado em seu ponto final quando eu vi a maçaneta sendo girada e logo a porta fazer um ruido alto para avisar que estava sendo aberta.

Eu olhei e vi ela, minha pressão estava baixa e eu mal conseguia raciocinar.

Ela devia estar morta, ela devia estar morta.

Porém a cada um passo que ela dava eu via o Otabek vindo enquanto me chamava, mas ela voltava a aparecer no passo seguinte.

- M-mãe.. p-por...por..favor eu n-não mexi em suas coisas.. - começo a chorar e uma onda de flashbacks começam a voltar em minha mente.

'' -O que eu disse para você sobre mexer em minhas coisas em seu verme?! - ela dizia me dando mais uma cintada no rosto. - Eu já falei que odeio moleques espertinhos! eu odeio você! - ela grita enquanto me da outra cintada em meu rosto, dessa vez, o sangue escorre de minha boca.''

Ele se aproxima de mim e me deita na cama e segura os meus cabelos com um certo grau de força enquanto me beija, ou pelo menos tenta.

''-Sabe o que eu vou fazer com você agora moleque? eu vou deixar você de ponta cabeça, se você morrer você vai ter sorte. - ela me dizia enquanto me arrastava pelos cabelos até a sala escura.''

- N-não! não! por favor p-para, p-para! - digo alto chorando, tento sair de baixo dele, entretanto naquele momento eu estava fragilizado e ele forte.

'' - Para de gritar! se você chamar a atenção dos vizinhos eu vou matar você sua putinha lamentável! - ela me diz desferindo outro tapa.''

Eu estava sentindo aquelas agressões mesmo que só fosse coisa da minha cabeça, aquilo era real para mim.

Sinto Otabek rasgar a minha calça moletom e minha cueca, logo me penetrar com força.

A dor aguda que eu sentia por não estar preparado era a dor que eu não desejava nem para o meu pior inimigo. 

Eu tentava empurrar ele com os pés, mas ele estava entre as minhas pernas, com toda a raiva que eu estava sentindo acumulo tudo em meu punho e soco a cara dele, fazendo ele cambalear para o lado, pego o meu celular e saio correndo do quarto enquanto posso, me escondo dentro de um armário pequeno na cozinha e começo a mandar mensagens para o único que iria me salvar agora.

- Jean pr favor me salva eellaa vai me matar ela veio me matar socrro Jean por favor me ajuda - Enviado as 02:34Am.

Abraço o meu corpo tremulo e ouço Otabek me chamar pela casa desesperado, tapo a boca para controlar a respiração ofegante e o choro, sentia algo quente descer pela minha entrada, ao tocar e iluminar os dedos vejo que era sangue e quase volto a chorar.

Minutos se passa e ouço a porta da sala ser aberta com tanta força que parecia que alguém havia explodido ela.

- YURI?! - ouço alguém me chamar, mas apenas tapo a minhas orelhas, eu não queria mais aquilo, eu não queria mais viver, eu queria apenas ter morrido.

Ouço uma discussão enorme vindo lá de fora.

E quando eu menos espero o garoto da luz branca aparece abrindo o armário e me puxa para fora dele, ele me abraça forte e sinto algumas lágrimas vindo dele,

- Me perdoe Yuri.. perdoe por não conseguir impedir isso. - Ele dizia ao olhar o sangue.

Pisco algumas vezes enquanto chorava e vejo que aquele mesmo menino que me acolhia todas as noites que eu chorava era o mesmo que estava aqui me abraçando, dividindo as dores comigo como sempre fez.

-J-jean.. me tira daqui.. por favor.. - digo soluçando, meu peito dava solavancos enquanto ele tentava me acalmar.

Ele afirma com a cabeça e tira a camisa amassada dele, me pega no colo e coloca a mesma por cima de minhas genitais, ele me tira dali e vai para a casa da frente, antes disso ele havia passado por cima do corpo estirado e desmaiado do Otabek que estava sem calça.

Em seu banheiro ele me da banho com cuidado e cuida de mim com todo o carinho que ele tinha, mesmo parecendo quebrado.

Me veste sua blusa preta em mim e uma calça minha cinza que estava vagando por ali em seu quarto, nos sentamos no mini sofá que sua janela tinha e ficamos observando a neve cair, ele me coloca sua jaqueta preta em minhas costas e beija a minha testa.

Abraço ele fortemente e volto a chorar, enquanto ele faz carinho em minha cabeça.

Obrigado por existir em meus momentos mais obscuros Jean.

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Minha nossa será que alguém me mata?? sumo por dois anos e volto com um cap desses sksskkssksksk com certeza alguém vai me matar, bom, é isso! 

Feliz ano novo para todos!

Say My NameOnde histórias criam vida. Descubra agora