O garoto da taberna (JIKOOK)

Capítulo 2: O sequestro

Jimin ON 

Tudo começou quando eu nasci. Desde esse dia, meus pais não tinham condições de me sustentar, então por isso, eu ia às boates quando criança, mais ou menos quando tinha 8 ou 9 anos de idade e cantava de tarde até de madrugada. O salário não era lá tão grande coisa, mas ainda sim era o dinheiro suficiente ara sobrevivemos no nosso dia a dia.

 Meu pai era um pouco agressivo comigo e com minha mãe por causa do stress, mas ainda sim fazia de tudo para nos sustentar, de vender chicletes até vender drogas. Minha mãe era a pessoa mais carinhosa que já tive na minha vida, sempre cuidava de mim de me tratava com carinho e muito amor. Dava para ver em seus olhos.

 Mas bom, a minha rotina era assim: de manhã, acordava bem cedinho, ia para a escola e lá, eu vendia coisinhas para os meus colegas, como chiclete, chocolate, pirulito, etc. Depois da escola, eu arrumava a casa e nas sextas e sábados, eu ia das 18:00 da noite até as 01:00 da manhã cantando naquela boate. Recebíamos o salário no sábado e assim, a gente se virava.

 Mas, aos meus 13, no caminho para o supermercado, minha mãe foi assassinada brutalmente à tiros. Eu nunca soube o porquê, mas sempre ouvia comentários que ela não pagou o que devia e então, ela acabou pagando com sua vida. Meu pai, depois do ocorrido, não parava de beber. 

Quando ele bebia demais, ele me batia enquanto repetia que a culpa foi minha. Desde a morte de minha mãe, parei de ir à escola, pois seria uma despesa a mais para o meu pai. Desde então, eu trabalhava todos os dias na boate, só que dessa vez, até meia noite. Era assim todo dia, meu pai bebendo, eu sofrendo assédio pelas garotas da boate, agressões de todos os tipos, etc. 

Aos meus 18, eu estava à caminho do meu trabalho, até que um homem chegou em mim e me pediu ajuda, dizendo que seu gato estava precisando de cuidados médicos e que eu precisava ir para a casa dele. Bom, como eu estudava Medicina em casa, e sabia um pouco sobre anatomia animal também, decidi ajudar. Chegando em sua van, sentei no banco da frente, botei o cinto e quando olhei para trás, um homem botou um pano na minha boca e eu apaguei. 

Acordei em um lugar desconhecido, só tinha uma luz, na qual estava sobre mim. Então, dois homens apareceram na minha frente. Os dois estavam usando máscaras de palhaço (ugh! Eu ODEIO palhaços) e  vestindo jaquetas pretas. Naquele lugar, o cheiro de ferro prevalecia. O silêncio foi quebrado quando um dos homens disse:

- Olá, garotinho!- nessa hora eu comecei a gritar  e pedir por socorro.

- Bem vindo à sua nova casa. Eu vou explicar como vai funcionar tudo aqui e você vai ficar quietinho escutando tudo, OK?!- ele pegou meu rosto e começou a espremer minha bochecha.

- Aonde você está é o galpão de uma taberna.

- Você vai trabalhar aqui e o pagamento vai ser comida. Se você tentar fugir ou se desobedecer minhas ordens, você vai ficar sem comida no dia seguinte. O tipo de comida vai depender do seu comportamento. Tudo aqui é monitorado por câmeras. Não tem como fazer alguma coisa escondida da gente, porque não vai adiantar. A gente vai saber. O seu trabalho começa amanhã. A sua roupa para o trabalho está naquela estante. O banheiro é do lado do seu quarto. Nós voltaremos aqui amanhã às 07:30 da manhã. Esteja pronto quando viermos. A taberna abrirá às 08:00, terá horário de almoço e você ficará aqui até as quatro da manhã trabalhando.

E foi assim esses anos. No começo, eu desobedecia muita coisa, tentava fugir mas não dava certo. E como punição, ficava sem comida e, dependendo da gravidade da situação, eles me abusavam de todos os jeitos possíveis.

 E os anos foram passando e passando. Até no dia que te conheci, Kookie-ah. Hoje, eles saíram, então, como eu conhecia tudo daquele lugar, eu sabia onde ficava a sala das câmeras, então eu desliguei as câmeras. Mas, quando voltei de lá, vi os assaltantes tentando entrar. Então, eu me escondi atrás do balcão. Eu até pensei em fugir na hora, mas eles estavam armados e eu estava com medo de morrer. Até que você chegou. Você é, aos meus olhos, o anjo que salvou minha vida, e eu sou eternamente grato por isso. Obrigado, Kookie!!!- Nessa hora, eu o abracei com força e comecei a chorar. E então, ele me abraçou de volta e beijou minha testa. 

- Mochi, não precisa agradecer. Entenda que, agora você vai morar comigo e eu sempre vou te proteger, OK?

- OK, Kookie.