Capítulo 4

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Este capítulo vai ter algumas cenas fortes por isso estou a avisar para depois não serem apanhados de surpresa. Espero que gostem mesmo assim.

Clara

De repente um Funk maldito começa outra vez a entrar nos meus ouvidos e sinto os braços de Ruben apertarem-me com mais força. Ele desce as mãos pelas minhas costas desnudas e cola os nossos corpos um ao outro. O ar foge-me e começo a desesperar. Um mau estar percorre todo o meu corpo e tento sair do seu enlace. Ele prende-me com mais força e desce mais as mãos que estavam praticamente no meu rabo. Uma lágrima sai involuntariamente dos meus olhos. Queria sair dali. N aguentava mais o calor dele sobre mim.

Clara: Ruben... por favor larga-me n ne sinto bem...

Ele não me larga, ao inves disso aperta de forma grosseira a minha nadega direita. Paraliso com tal ato. A respiração dele queimava o meu pescoço. Queria gritar

Ruben: Hoje vais ser minha... Não andei 5 meses a fazer de bom samaritano para sair daqui sem nada.

Não! Isto não pode esta a acontecer! Um misto de sentimentos passou por mim. Odio, raiva, nojo, repulsa. Como é q ele foi capaz?! Ele não gostava de mim. Sentia-me a pessoa mais idiota do mundo por ter acreditado que alguma vez alguem poderia gostar de mim sendo eu como sou. Uma torrente de lagrimas caia sobre as minhas bochechas e os movimentos bruscos que fazia para sair dali eram em vão. Ele beijava e mordia o meu pescoço. Queria berrar o mais alto que conseguisse mas estava muda, não conseguia raciocinar depois do q ouvira. Sinto a mão dele entrar no meu vestido e agarrar no meu peito com força. Grito de medo, de raiva e de dor. Ele solta um pouco os braços quando repara que o meu grito chamou a atençao de algumas pessoas e rapidamente elevo o meu joelho ate aos seus tomates. Deposito toda a força que me restava naquele gesto. Ele cai de joelhos no chão e afasto-me, mas não sem abtes cuspir as palavras na sua direção - EU DISSE PARA ME LARGARES SEU PORCO! NUNCA MAIS FALES COMIGO! NUNCA MAIA ME TOQUES! TU PARA MIM MORRES-TE!- Ele olha para mim e vejo odio estampado nos seus olhos, antes tão claros e agora tão negros.

Corro dali o mais rapido que posso com medo do que ele possa fazer comigo. Esbarro numa data de gente mas finalmente consigo sair da discoteca. Corro para onde posso. As lágrimas caem a toda velocidade e eu tento com dificuldade ver por onde vou pois os meus olhos estavam mergulhados em água.

Ruben: ISTO NÃO VAI FICAR ASSIM VADIA!

Quando o ouço acelero ainda mais. Qualquer pedaço de amor que podia sentir por ele transformou-se em repulsa e medo. Corro não sei por quanto tempo e só paro quando começo a ficar com falta de ar. Encosto-me a uma parede de uma casa para tentar recuperar o folego e olho em volta. Merda! Não sei onde estou e não tenho dinheiro nem telemovel. Quando finalmente o ar começa a voltar levanto-me e começo a andar em frente. Queria ir para casa, tomar um longo banho e chorar. Abraço os ombros de frio e observo a rua deserta onde me encontrava.
Pelo menos parecia deserta. Um arrepiu sobe-me pela espinha quando uma mão forte agarra o meu braço. Pensei ser o Ruben mas logo percebi que não era. As mãos eram maiores e mais asperas. Por segundos quis que fosse o Ruben. Tento soltar-me das maõs geladas que cercam o meu braços mas rapidamente sou empurrada contra a parede com força.

???: Hoje saiu-me sorte grande.

Grito o mais alto que consigo.

Clara: SOCORRO!!!!

???: Escusas de gritar, o unico que te vai ajudar aqui sou eu.

O homem junta as minhas mãos e agarra-as apenas com uma das suas. Choro descontroladamente, os meua gritos saem abafados pela sua mão. Com a mão livre ele sobe o meu vestido e desvia as minhas cuecas. Rapidamente sinto uma dor dilacerante na minha intimidade. Grito com mais força e tento soltar-me dos seus braços outra vez mas o homem continua os movimentos dentro de mim sem sequer se importar com a minha dor fisica e emocional. Foram poucos minutos mas foram o suficiente para quebrar o pouco que me restava.

???: Obrigada linda.

Caio sem forças no chão. Tremo de frio e de dor. N tenho mais voz por isso choro em silencio. Sinto a vista pesada e deixo-me levar pelo cansaço. Ouço passos distantes e apago.

Ironias do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora