consequences

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Amar você foi jovem, selvagem e livre

Amar você foi legal, quente e doce

Amar você foi luz do sol, foi estar sã e salva

Um lugar seguro para derrubar minhas defesas

Mas te amar teve consequências

Consequences (Camila Cabello)


Lauren's Point Of View

Ela tinha lágrimas nos olhos e uma expressão que quebrou meu coração em milhões de pedaços. Ela me olhava com dor, decepção e tristeza.

Andei mais rápido, tentando alcançar a latina, mas logo vi que ela me esperava no corredor principal. Me aproximei dela, meu peito grunhia em dor, meu coração se contorcia. A latina se sentou no chão, apoiando os cotovelos nos joelhos, tapando o rosto.

Seus ombros subiam e desciam compulsivamente, seu corpo tremia e eu via suas lágrimas molharem o chão.

-Camila... Eu posso explicar..- falei para a pequena mulher, que me olhou e eu novamente me senti quebrar.

-Quem eram eles e por que você a beijava?- ela tinha olheiras fundas, as bochechas molhadas e o rosto vermelho.- Responde!

-Minha esposa e meu filho. Me perdoa, Camila. Nunca foi minha intenção te machucar.- ela franziu as sobrancelhas em incredulidade, sem deixar de chorar.

-Sua esposa?! Por que não me disse que eu só sou uma transa pra você enquanto está aqui?! Por que disse que me ama?! Nunca foi sua intenção me machucar?! Você não é burra, Lauren! Sabia que hora ou outra eu iria saber, e iria ficar destruída!- ela chorava muito, a esse ponto, eu já sentia as lágrimas escorrerem desesperadas por minhas bochechas.-Você fez eu te amar. Você conseguiu me fazer te amar num nível que nunca amei ninguém. Por que está chorando?! Não foi você quem foi enganada, que foi iludida e usada! Você não tem o direito de chorar!

-Camila, me desculpe. Eu amo você! Eu não estava mentindo! Eu te amo demais!- ela negou com a cabeça freneticamente.

-Não diga mais isso! Por favor, não diga mais nada! Acho que não preciso dizer que está tudo acabado entre nós, não é?! Eu vou sair dessa porra de prisão amanhã, e nunca mais eu vou te ver! Eu te odeio, Lauren! Não fale mais comigo, nunca mais!- eu segurei em seu braço, impedindo-a de se levantar e ir embora.- Não me toca! Me solta! Me deixa ir! Pense em mim pelo menos agora, Lauren! Deixa eu chorar e sofrer a minha perda porque, ao contrário de você, eu tenho a porra de um coração!- a soltei e a deixei ir embora por entre os corredores da prisão.

O nó em minha garganta era tamanho, que eu me sentia sufocada. As lágrimas escorriam loucamente por minha bochechas, saindo ardendo por meus olhos. Eu me odiava. Naquele momento, tudo o que eu queria fazer era morrer.

No aniversário dela, eu a magoei em parâmetros nos quais eu nunca havia magoado ninguém. A expressão de sofrimento de Camila não saia de minha cabeça, a imagem se repetia em loops infinitos em minha mente.

A culpa apertava meu peito sem dó, me fazendo correr até o banheiro mais próximo e me trancar em uma das cabines. Eu comecei a esmurrar a parede com toda a força que eu tinha, eu sentia raiva de mim mesma. Sentia nojo e decepção. Eu via o sangue começar a escorrer por entre minha mão direita, mas eu não sentia dor, apenas continuei socando e socando.

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