THE CAPTIVE PRINCE
CAPITULO 4
Ainda era manhã quando um dos guardas adentra o salão principal a chamado do rei. O homem vestia sua armadura e era possível ver seu rosto, já que não possuía um capacete no momento, ele tinha uma barba rala e por fazer, olhos grandes e um cabelo desarrumado com pequenos cachos, sua respiração estava alterada, o que significava que ele havia corrido até o local. A sala em questão era gigante, com vários pilares organizados em fileiras e alguns destes tinham bandeiras do reino feitas do que se parecia ser um material caro.
No centro desta existia um grande trono feito de madeira e pedra, com detalhes áureos e algumas jóias de enfeite, neste, Wladimir estava sentado, observando o rapaz em questão com olhos acolhedores. Abaixo do assento, apresentava-se um tapete branco e dourado, com cores semelhantes com a dos estandartes, este se estendia até a porta.
Perto de onde estava o rei, repousavam três pessoas: dois guardiões e um servo pessoal. Eles usavam roupas combinando, todos na mesma cor: branco, louro e azul, a diferença era que os trajes do criado eram feitos de pano, enquanto a dos outros dois eram armaduras.
- Já tem alguma pista de onde meu filho está? - o senhor disse, quebrando o silêncio e fazendo a atenção do guarda ser atraída para ele.
Isso faz com que o indivíduo consiga dar uma olhada geral na sua majestade. Ele tinha a cabeça apoiada em uma das suas mãos, sua expressão lhe trazia uma sensação de preocupação e ansiedade, com um pequeno brilho de esperança. Seus olhos, tão acolhedores, possuíam minúsculas olheiras, provavelmente causado pelo cansaço e talvez, noites sem dormir, mas não tinha coragem para perguntar sobre sua aparência tão miserável. Os longos cabelos negros estavam soltos e caiam pelos ombros, espalhados tão perfeitamente que o deixavam extremamente atrativo, aliás, mais do que o normal. Ele utilizava uma camisa azul marinho, com detalhes dourados e mangas bufantes, com alguns babados brancos no final. Não teve muito tempo para observar as partes baixas de suas vestes, mas o que era notável era que ele possuía um capuz de pelos, ligado por um fio áureo á alguns botões localizados abaixo de seus ombros - e que toda essa farda marcava perfeitamente o seu corpo estrutural, musculoso.
Wladimir limpa a garganta. - Então?
- Infelizmente não encontramos nada, senhor. - o jovem viu o rosto de seu senhor se contorcer em raiva por alguns segundos, antes de voltar a expressão anterior, calma e gentil.
- Já faz um mês desde que ele desapareceu, tem certeza que não achou nada? Nenhuma pista?
O guarda desvia o olhar para o chão, sem palavras, tentando esconder a vermelhidão que se espalhava pelo seu rosto por conta da vergonha. O rei, por sua vez, massageia as têmporas, respirando fundo, como se tentasse recuperar a paciência.
- Saia. - ele diz, demonstrando profunda decepção em sua voz.
O homem não hesita em sair da sala, concordando com a cabeça e mordendo o lábio inferior, antes de sair. Quando só lhe restou de companhia os seus servos pessoais, Wladimir bate o punho no encosto do trono, grunhindo no que parecia ser uma mistura de raiva e dor emocional. Ele suspira.
- O que eu faço agora? - seus olhos, por alguns segundos, brilham em realização.
Ele olha para o seu criado. O jovem em questão possuía cabelos curtos e encaracolados, que realçam a pele morena e bem-cuidada, tinha lábios finos e um rosto em formato de coração. Era bonito, talvez um pouco rude e egocêntrico com visitantes locais, mas compensa este último fato realizando todos os seus trabalhos de forma prática e excelente. No geral, era uma pessoa doce e gentil quando se tratava do mais velho dos Vasfa'i, então, quando Wladimir deixou sua animação transparecer, ele não podia fazer nada além de se entregar às emoções momentâneas e sorrir abertamente.
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The Captive Prince •ROMANCE GAY•
Romance[ boy x boy ] [ ROMANCE GAY ] Em tempos de conflito entre dois reinos, a rainha Harriet Coldshore pede a um de seus confiáveis súditos para capturar o filho de seu rival, rei Wladimir Vasfa'i. Henry Thomas, um pirata oportunista cujas únicas coisas...