Capítulo 6

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THE CAPTIVE PRINCE

CAPÍTULO 6

Quando as portas gigantescas do salão principal se abriram, fora possível analisar a grandiosidade daquela sala, como antes já fora descrita. No centro da sala, sentado no grande trono enfeitado, repousava o rei, com seus guardas e servos pessoais. Ele parecia esperar impaciente, trajado com um sobretudo na cor vinho de material grosso e enfeites pintados em dourado, uma calça preta coberta pelas botas negras e pesadas. Seus longos cabelos estavam presos num rabo de cavalo e sua expressão demonstrava apenas um sentimento: ansiedade.

Quem entra era o homem tão aguardado pelo rei: com suas vestimentas nobres e rosto bem erguido, ele vigia a sala com um tom nostálgico, como se não estivesse por ali há um bom tempo. Este suspira, se aproximando cada vez mais do trono com delicadeza, como se quisesse aproveitar cada segundo naquela sala.

Próximo ao rei, estava seu filho, ele não vestia a armadura pesada digna de um capitão da guarda, muito pelo contrário, tal era constituída de uma camisa bordô, com mangas volumosas e uma gola alta, suas calças eram parecidas com leggins pretas, coladas às pernas malhadas. Toda sua roupa possui adornos brancos e dourados, com a bandeira do país bordada no peito esquerdo.

O visitante não demorou a expressar seu desgosto ao ver o outro.

Ignorando sua presença, se ajoelhou para a figura maior, reverenciando-se. — Majestade, estou aqui, como lhe fora solicitado.

— Oh, Avalor, você sabe que não precisa ser tão formal com seu velho amigo. Levante-se. — e como fora ordenado, o rapaz se levanta, limpando os próprios joelhos.

Percebendo os olhares de Avalor para seu filho, Wladimir sorri de lado e suspira. — Não se preocupe, ele só está preocupado com o irmão e queria ouvir a conversa.

— Todos nós estamos. — foi a resposta.

— Bem, neste ponto já deve saber do por que eu solicitei sua visita, certo? Tem alguma informação adicional que você possa nos dar?

O homem revira os próprios bolsos, retirando de lá uma carta amarelada. Ele sorri de lado. — Acho que você vai precisar preparar um chá.

XXXX

Desde da noite da festa, o capitão e o príncipe se tornaram inseparáveis. A aproximação pós-sexo dos dois fora tão grande que Milan passava mais tempo nos aposentos principais do navio do que na própria cela, como se toda a relação de capturador e capturado tivesse sido esquecida no momento em que Henry acordou de ressaca no dia seguinte.

Desta vez, eles estavam deitados sobre o colchão macio na alcova do chefe. Não existiam muitos móveis que possam ser descritos além da cama e que, em relação a esta, há um criado-mudo ao lado e um tapete felpudo á frente — e acima deste, um grande baú.

Henry estava deitado em cima da cama, de barriga para cima e com Milan em seus braços. O menor abraçava ele de lado, falando sobre alguma coisa que o outro não entendia, afinal, ele havia parado de prestar atenção a muito tempo.

O capitão sente uma leve cutucada em sua barriga e quando se vira para olhar para o príncipe percebe a expressão irritada em seu rosto. — Você não tá me ouvindo né?

— Me desculpe, babe. Eu acabei viajando, pode repetir?

Ele faz um bico, pensando por alguns segundos antes de responder. — Bem, o que eu estava falando era que... por um tempo eu estive pensando no que a Catarina disse naquela noite e...

— Sabe, sobre você querer poder e dinheiro e... você pode ter tudo isso se me levar de volta pra casa. — Ele respira fundo, passeando os dedos do abdômen do outro até o pescoço, se arrumando em nos braços do tal e beijando seu pescoço. — Você poderia acabar com uma possível guerra e ser visto como um herói...

The Captive Prince •ROMANCE GAY•Onde histórias criam vida. Descubra agora