• Park Jimin •
-Bom dia Park! - ela deixa um doce sorriso escapar, tirando seus olhos castanhos do livro a sua frente.
-Bom dia Kang!- brinco usando o mesmo. -Eu deveria considerar isso uma perseguição?
Chin franze seus sobrancelhas e me olha confusa, por um momento desfruto das suas expressões, enquanto levo o líquido escuro na boca, sentindo o gosto puro da cafeína.
-O que quer dizer com isso Park?
-Quero dizer que você sempre está nos lugares em que eu vou Kang.
-Ya! Levando em conta que eu chego antes de você a esses lugares, então o perseguidor é você Park Jimin.- ela aponta o dedo tocando em meu nariz, meus olhos se cruzam enxergando a ponta da sua unha.
-Mas eu prefiro dizer que são nossas linhas temporais em sincronia Jimin.
Mae volta atenção ao livro a sua frente parecendo concentrada, eu não sabia até onde poderia ser um incômodo, então eu me contentava apenas com sua presença. Enquanto apoiava a testa na palma da minha mão, tentando ignorar a dor de cabeça. A garota se abaixa, retirando algo da sua bolsa.
-Toma! Vai ajudar na dor de cabeça. - ela estende a mão com um comprimido.
-Obrigada. - e quando eu ia pegar o copo de café para auxiliar ao engolir o remédio, ela o retira, colocando o seu a minha frente.
-Com o remédio não precisa tanto de café. O sabor do chocolate vai ajuda-lo a tirar o gosto amargo do álcool da sua boca. - ela entrega seu cappuccino ao pegar meu café.
-Como sabe? -pergunto tentando entender como Mae era capaz de decifrar as coisas, não é porque você estuda o universo que será onisciente, certo?!
-O cheiro Park! É perceptível. -ela para por segundos, bebendo o café que antes era meu, sem cortar seu contato visual. - Mas não aparenta que tenha bebido agora cedo. - inclina levemente sua cabeça para o lado, como se buscasse entender algo. - Parece cansado Jimin.
Kang encerra sua frase, mas ainda continua com seus olhos presos a mim. E mesmo que eu tentasse colocar a mais bonita das máscaras, ela ainda seria capaz de enxergar o que existe em baixo dela.
-Eu não quero parecer insistente ou invasiva, mas você não me deixa muitas escolhas Park... Toda sua prostração é visível, você não dormiu em casa não é? - balanço minha cabeça em negativo em resposta.
-Eu não sei ao certo em que momento eu dormi, eu estava no chão do academia de dança. - cedo minha resistência em guardar o que me consumia.
-Você dormiu lá? Jimin você não passou a noite treinando? - ela arregala seus olhos.
-Não era minha intensão, mas minha mente não me deixava ir enquanto não finalizasse sem erros... Eu estava certo em ir para casa, mas acabei em um bar, e antes que pudesse fazer qualquer decisão lógica eu estava de volta à aquela sala. Não é como algo que eu queira, mas aquilo me arrasta, é como um impulso insistindo em jogar todos os meus erros contra mim, e me obrigando a continuar até acerta-los. Ele grita que não posso comete-lo em frente aos outros.
-Jimin muitas vezes nós temos que lutar contra nós mesmos, contra nossos impulsos ilógicos e desesperados, que gritam em busca de uma realização instantânea. Eles não estão acostumados a esperar, e muito menos a serem recusados, e por isso agem da maneira mais cruel, tocando em cada fragilidade nossa. Não podemos ceder, resista a eles Jimin, por você mesmo.
-Não é tão simples assim Kang. - resmungo levando o cappuccino a boca, sentindo o cacau tomá-la.
-Nunca foi simples Jimin. - diz apoiando o rosto eu seu pulso, deixando sua bochecha levemente amassada. - Você ainda não conhece o universo que existe em você Park!
Não podia refutar as palavras de Chin, uma que a garota tinha razão, eu tinha diversos problemas em mim, eu não era capaz de lhe dar com nenhum deles sem ceder aos suas exigências, me destruindo aos poucos, talvez houvesse alguma coisa boa em mim, mas eu ainda não havia encontrado.
-Me dá seu celular. - ela estende a mão e eu não hesito em entrega-lo.
-Sua mãe deve estar muito preocupada Jimin!- e é neste exato momento que lembro de não ter limpado as notificações. Mae meche seus dedos agilmente sob a tela.
-O que está fazendo?
-Salvei meu número aqui, Jimin quando isso tudo começar, não hesite em me chamar, ou mandar uma mensagem qualquer, vamos encontrar esse universo em você. Espere aqui Park. - ela se levanta seguindo até o balcão.
-Isso vai ajudar a tirar o cheiro de bebida do seu hálito! - ela estende a mão com algumas balas de menta. -Leve este cappuccino para sua mãe, vai ajudar. Tira seu moletom!
Mae ordena apontando para a blusa branca em meu corpo, enquanto desabotoa os botões da sua camisa xadrez, que era um pouco grande em vista do seu corpo. Assim que o tiro ela o pega colocando em seu corpo.
-Vista! - ela estende a camisa. -Sua blusa está cheirando a bebida alcoólica, não é forte, mas perceptível.
-Pronto! Eu gostaria de ficar mais tempo aqui, mas tenho uma prova em meia hora. Agora vá para a casa, e seja sincero com você mesmo Park. - ela diz enquanto ajeita a gola de sua camisa em mim.
E antes que Kang se afastar a frase sai por seus lábios, ecoando em minha mente, em duas vozes diferentes.
-Jimin você precisa conhecer o universo, precisa se conhecer...
Att:
A mas olha eu aqui com esses dois de novo!!Como será que a Chin vai encontrar o universo do Jimin??
Eu só sei que nem começou direito e eu já quero esses dois juntinhos❣️ XxNanda
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Serendipity
Fanfiction"O universo se move para nós Não houve nem uma pequena falta Nossa felicidade Era pra ser Porque você me ama E eu te amo" Jimin era um garoto completamente inseguro, com um grande potencial, mas não sabia da sua existência. Em um universo tão vasto...