Twenty One

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Kang ChinMae

-Apenas me deixe te amar, ChinMae.

A voz de Jimin ecoa em minha mente, enquanto meus ouvidos se prendem a dança que a batida de seu coração fazia, sincronizado junto ao meu, nossos mundo pareciam envolvidos em uma perfeita dança. Seu perfume emana me prendendo às lembranças de Park Jimin, o pequeno acaso que nos trouxe até aqui, o exato momento em que o dançarino esbarra em mim, quase levando Hawking e Hubble ao chão, felizmente derrubando apenas um copo de cappuccino, me deixando a automática relação do equilíbrio entre o amargo e o doce ao garoto a minha frente.

Eu estava coberta por uma onda de sentimentos desconhecidos, pairando entre o caos que era tomado pela paz, pela primeira vez eu me sentia certa quanto a estar com alguém. Sem intenção de correspondência alguma, meu medo fez com que eu me apaixonasse por quem era Park Jimin, mas desta vez fora diferente, não era apenas um medo, era o real, além do que podemos ver a olho nu, eu não me apaixonei pelo objeto que poderia ser seu corpo, mas eu conhecia suas falhas e vi sua galáxia, eu nunca fora capaz de ver universo algum além do meu, mas eu vi o de Jimin.

Eu me apaixonei por todo universo que era Park Jimin.

Sinto suas mãos passarem delicadamente por minhas costas, afagando meus fios de cabelos, chegando em minhas bochechas e assim erguendo meu rosto, me obrigando encara-lo. Seus olhos parecem se prender em cada detalhe do meu rosto, fazendo o mesmo que os meus faziam. Os lábios de Jimin abre em um doce sorriso, enquanto seus dedos acariciam minha bochecha, meus lábios não se contém em não sorrir junto ao garoto, que também guardava o sorriso em seus olhos.

Antes que eu pudesse entrar mais afundo em seus detalhes, Park encera o espaço que existia entre nossos olhores, selando nossos lábios e novamente eu sentia nossos universos entrarem em uma dança. Mesmo que o ato tenha durado breves segundos, eu sentia o seu mundo.

Me afasto de seu rosto quando sinto o aperto em meu estômago, gerando o ronco, ao qual eu esperava que apenas eu pudesse ouvir. Mas logo que o garoto aperta seus olhos, percebo que o silêncio era o suficiente para que Jimin também ouvisse,

-Este é o barulho da colisão de galáxias ou é apenas um buraco negro não alimentado? - Jimin ri.

-Ya! Não deveria ser engraçado! - resmungo me apertando ao seu casaco.

-Vamos! Balinhas nunca serão uma refeição Srta. Kang! -o dançarino repreende, segurando em minha mão e me puxando.

-Onde iremos, Jimin?

-Uma vez me disse que adora comer hamburguêr, então iremos comer o melhor hamburguêr de Seul! - Jimin para na ponta da calçada sinalizando para um táxi que passava parar.

-Você se lembra disso?

-Eu me lembro de muita coisa que me disse Mae. -  Jimin abre a porta do carro, esticando meu braço para que eu entre.

Sento ao outro lado, esperando que Jimin sente ao lado oposto, entretanto garoto se aproxima, mantendo seu corpo ao meu lado e enroscando seus dedos nos meus. Seguimos o caminho, o garoto trocava algumas palavras com o motorista, enquanto eu estava completamente perdida em meu mundo, pensando nas dimensões que ele tomaria futuramente.

Quando chegamos ao local, Jimin mantém a sua mão presa a minha, soltando apenas quando sentamos em uma das mesas próxima a grande janela, que nos dava a visão de toda a rua. Eu estava presa entre o que me parecia ser real e apenas criações da minha mente.

-Eu li esses dias que somos feito de poeira das estrelas... Isso é real Chin? - Jimin quebra o silêncio enquanto aguardavamos o resto do nosso pedido, já que tínhamos o refrigerante em nossa mesa.

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