|| Cap. 9, Siena ||

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• Uma semana depois.

Parei em frente a casa de Mari e senti o mesmo nervosismo,que dá primeira vez que vim almoçar aqui,para conhecê-la.
O cheiro do Pintado à urucum preenchia todo o lugar e o Preto abanava o rabo feliz,parencendo lembrar daqui. Toquei a campanhia e em menos de um minuto minha ex-sogra abriu,com seu melhor sorriso no rosto.
É impressionante como,toda vez que eu vejo essa mulher tenho a sensação de estar em casa.
Marizete: Estou tão feliz em te receber! -me abraça apertado,antes de dar espaço para eu entrar- E o Pretinho de vovó? -fala com cachorro,que pula feliz.
Siena: Trouxe a sobremesa! -lhe entrego a sacola com suas palhas italianas favoritas.
Marizete: Não precisava,mas eu adoro essas delícias. Então,agradeço! -rimos- Vou deixar lá na cozinha.
Siena: Vou lavar as mãos. Posso?
Marizete: Você é de casa,Siena! Deixa de besteira. Vem com a vó,Preto. -tiro sua coleira e ele vai atrás de Mari.
Ando até o lavabo do corredor,observando as coisas. A casa continua do mesmo jeito. Um overdose de Luan.
Suas fotos estão espalhadas nos aparadores e em quadros nas paderes,sem falar nos troféus do basquete,que ganhou na época do colegial e da faculdade.
Mas foi voltando para sala,que uma das fotos me chamou atenção. Mari,Luan e Amarildo.
Quando meu ex-sogro morreu,eu e Luan aimda tínhamos poucos meses de namoro. Ele foi atropelado,enquanto saía da agência de viagens e Luan foi o primeiro a vê-lo.
Lembro das inúmeras noites que passamos em claro,por causa dos pesadelos que ele tinha.
Marizete: Mês que vem já faz seis anos. -ri saudosa.
Siena: Ele era um bom homem. -alisei suas costas na intenção de confortá-la.
Marizete: Luan tem muito dele,principalmente,a integridade. -balancei a cabeça,concordando.
Siena: Vocês fizeram um ótimo trabalho.

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