- Você sabe que ele foi no nosso apartamento ontem, não sabe?
Tudo o que Patrick desejava naquele momento era que alguma música estivesse tocando no rádio e o amigo estivesse ocupado demais cantando para falar sobre aquilo. Talvez só existisse uma coisa que quisesse mais: estar com Pete.
- Sei.
- Ele pegou as coisas. Falou que estava decepcionado que você não estava lá para recebê-lo, pois queria ver o fracasso que tinha se tornado. Queria tanto tê-lo socado naquele momento.
- Me de-desculpe por ter feito você passar por isso. Nã-não queria ter ido embora.
Droga, estava chorando de novo.
- Ei, não é sua culpa. Ele é um completo idiota. Pelo menos o Pete parece ser um cara legal.
- Ele é.
- Você gosta dele, não gosta? Posso ver nos seus olhos.
- Eu... acho que sim.
- Ele é gostoso. Mas meu Ryan é mais.
(Por que toda vez que cito ele começa a tocar alguma música de panic! ?
TIME TO DANCE)
- Você e o Ryan, então? Finalmente.
- Ele é maravilhoso. Acho que dessa vez encontrei a pessoa certa.
- Isso é bom.
- Você também encontrou, Pat. Posso sentir que Pete também gosta de você. Um dia no futuro vou esfregar na sua cara o quão certo estava.
- Espero que isso aconteça.
- AHHH BOHEMIAN RHAPSODY, AMO ESSA MÚSICA.
Enquanto um sorria, pensando nas possibilidades mencionadas, o outro gritava a plenos pulmões a letra de forma bagunçada.
De repente, sentiu que algo estava errado, deixando uma expressão preocupada se formar em sua face. Oh, oh, mal pressentimento. Ele tinha um bom instinto. Algo estava muito errado.Pete andava vagarosamente pelas ruas quase vazias. Já era tarde, poucas pessoas se aventuraram a andar naquela região. O silêncio era, ao mesmo tempo, acolhedor e asustador. Pensava sobre tantas coisas. Sentia a falta de Patrick, por mais que só estivessem ficado juntos durante algumas horas. Mesmo quando estava com Andy e Joe nunca tinha se sentido tão vivo como quando encontrava aquele par de olhos azuis. Pensou sobre sua promesa. Poderia cumpri-la? Ele arrancaria o coração de qualquer um que o machucasse, mas poderiam defende-lo de si? Faria com que o seu Sr. Uau ficasse seguro, nem que isso significasse nunca mais vê-lo.
Ele não queria entender seus sentimentos pelo garoto. De certa forma, sabia o que tudo aquilo significava. Porém, relutava em admitir.
Estava apaixonado. Sim, era isso. Estava apaixonado por Patrick Stump!
Uma onda de felicidade percorreu-o após assumir aquilo. Entretanto, junto com ela, veio a preocupação. O ruivo havia acabado de sair de um relacionamento péssimo, será que estaria pronto para se relacionar novamente? Não, isso não importava. Ele esperaria o quanto fosse necessário.
Seus pensamentos foram interrompidos por algo se chocando contra seu corpo, arremessando-o na parede.
- Vi você e seu namoradinho passando por aqui mais cedo. Não vou deixar meu bairro ficar sujo por bichas como vocês. Espero não ver vocês juntos de novo.
Ele não podia nem ver o rosto do homem, só sentia os socos desferidos em sua face. Dor. Era tudo que sentia. Não conseguia pensar, apenas sentir. Dor por todo seu corpo e mente. Dor do fracasso e de socos. Dor.
Então, caiu no chão, sentindo chutes em suas costelas. Tentou se proteger, contudo, sabia que era inútil. Ele morreria ali, tinha certeza.
- Ei, deixe o garoto em paz.
Tudo parou. Ele estava morto...? Não, a dor ainda estava ali, conseguia sentir.
- Vai ficar tudo bem, rapaz. Só me diga, você mora por aqui?
Um senhor ajudava-o a se levantar. Encontrando forças de algum lugar desconhecido, Pete apontou para o pequeno prédio alguns metros distantes. Estava tão perto, por que não tinha conseguido escapar?
- Tudo bem, vou te levar até lá.
Ele foi arrastado lentamente, cada parte de seu corpo ardendo.
- Esse garoto mora aqui?
- Oh, meu Deus, Pete.
Reconhecia aquela voz. Pérola? Rosa? Não podia lembrar seu nome.
- Podemos levá-lo até o apartamento?
- Oh, claro. Pete...
Por fim, todo o seu redor escureceu e ele desmaiou.
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Sr. Uau ●Peterick●
FanfictionPete é um jovem estranho, muitos dizem. Sempre fechado, mal-humorado e rude. Ele nunca entendeu o que seus amigos, Andy e Joe viram nele. A maioria das pessoas preferia manter uma distância segura, e isso era algo bom. Até que, durante uma briga com...