O que realmente se quer

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Fazia quase dois meses que ele havia ido e nas duas primeiras semanas Donna parecia um zumbi dentro de casa. Não conseguia entender como um amor como o deles podia acabar assim do nada, sem motivos e ainda por cima, deixar uma criança chorar esse tempo todo. Nem mesmo uma ligação ele fez e ouvir o filho perguntar varias vezes no decorrer do dia quando o pai iria aparecer a matava por dentro.

Quando chegou do trabalho naquela fatídica sexta feira, estava exausta, porém feliz. Suas férias haviam enfim chegado e teriam a viagem de descanso tão merecida.

Porém uma mala pequena estava na sala e Harry sentado ao lado. Notou algo estranho, pois quando se aproximou para cumprimentá-lo e ele porém, não correspondeu ao seu gesto e não a encarou um momento se quer.

- Aconteceu alguma coisa?

- É... Eu só...

- O que foi? Você parece tenso...

- Olha, me desculpe, mas não tem uma forma mais tranquila pra falar isso... Eu...

- Você...

E então seu mundo de conto de fadas, do felizes para sempre começou a ruir, pedra sobre pedra.

- Eu preciso de um tempo. Vou ficar em algum lugar por aí...Eu...

- Precisa de um tempo? O que quer dizer com isso?

- Que se for caso de separação, meu advogado te procura.

- Separação? Quando você chegou a essa conclusão? - a mulher perguntou sem crer, ainda na noite anterior tiveram um dos melhores sexo de sua vida.

- Eu só não quero ferir a você ou ao pequeno Myke... Então é o melhor.

- O melhor... Certo... - ela disse estendendo a mão como um pedido - Já que essa é sua decisão, deixe as chaves da casa. Não vai precisar delas.

Ele pareceu relutar, porém retirou as chaves do bolso e deixou na mão dela, pegou a mala e se foi, sem nem mais uma palavra.

E então Donna se derramou em lágrimas. Teorias e mais teorias se passavam em sua cabeça, mas não era possível Harry ter uma amante. Ele sempre estava em casa, ele sempre era presente em tudo e nem mesmo seu celular havia senha, e as redes sociais que possuíam senhas, ela sabia todas. Sem mencionar que ele nunca deixou de demonstrar que era casado e amava a família.

Amava. Verbo passado. Presente? Ela estava só com um filho de quase três anos que era a cópia perfeita do pai, e sofria tanto quanto ela.

No começo ela inventou a primeira desculpa que lhe veio à mente. Papai viajou a trabalho. Mas os dias se passaram e Harry apareceu apenas uma vez, num dia chuvoso, e pediu para ver o filho.

- Papai que bom que você voltou! - Mick era pura alegria, e também pura frustração quando viu seu pai lhe dar um beijo se levantar e ir embora.

- O papai não gosta mais de mim? - sua pergunta dilacerou o coração de sua mãe.

- Filho o papai sempre vai te amar.

- Ele foi embola...

- Você ainda é pequeno demais para entender meu amorzinho.

E então a criança começou a demonstrar sinais antes não vistos. Desanimo, não brincava com seus brinquedos favoritos, não queria muita coisa que antes fazia parte de seu dia a dia.

Tudo pareceu piorar quando numa noite, o menino ficou com o sono inquieto e gemia baixinho. Donna acendeu a luz e percebeu ele um tanto pálido. Não era nem uma da manhã.

Harry Styles - Imagines fofos - Em capítulo únicoOnde histórias criam vida. Descubra agora