CAPÍTULO 19

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AIDEN 

Sou Aiden, tenho 16 anos, 1,65 cm e sou filho único do anjo Rafael. Geralmente os anjos das escolas, aparecem com 18 ou 19 anos. Esse é mais ou menos o tempo que os seus poderes se manifestam. Mas, por algum motivo, os meus poderes apareceram muito cedo e meu nome não estava no livro de nomes para o livro de céu. 

Os pais dos outros anjos nunca apareceram, mas... Quando o meu pai ficou sabendo que seu filho de 16 anos estava usando os poderes, ele apareceu em minha frente e não fiquei nem um pouco surpreendido. Sei que isso parece um pouco estranho, mas eu já sabia que era filho de um anjo. No fundo eu sabia que aquela vida de ir para a escola todo dia e ser motivo de risos dos humanos, não era para mim.

Mesmo com todos os meus poderes, sabia que usa-los nas pessoas normais seria muito errado. Mas, aqui estou eu, vivendo bem, tenho amigos, sou amado, e tenho uma verdadeira família.

O motivo pela qual eu estava olhando tão fixamente para Jac... Jek... Ah, sla o nome dele. Ele parece ser muito lindo por dentro, e por fora também. Mas, ele fez meu coração acelerar por um segundo. De repetente ele começa a olhar fixamente para mim também, aquilo me deixou um pouco besta. Mas, parece que Leonor já gosta muito dele.

- Papai, que vamos fazer com Jackson. – Leonor fala pegando na mão do diretor e fica o olhando com olhar triste.

- Vai atrás dele Aiden. Só volte quando ele estiver 100% convencido do que ele realmente é.

- Eu vou papai. – Leonor fala indo em direção à porta.

- Mandei Aiden ir até ele, não você. – O diretor fala muito serio, fazendo Leonor parar e ficar de cabeça baixa.

- Sim senhor. – Vou em direção à porta.

Vou correndo para o pátio da escola e só consigo ver alunos e mais alunos. Rapidamente, vou para o quarto onde Jackson estava e não consigo ver ninguém. Então, descido ir ao terraço, adivinha? Vejo-o sentado no chão com as mãos na cabeça e chorando.

Não sei se é apenas impressão minha, mas, Jackson não aparenta ser uma pessoa que chora com facilidade. Parece que realmente isso está o incomodando muito, não sei o que fazer, nem consigo pensar direito, sei muito bem como ele está se sentindo, sei o inferno que está em sua mente.

Não consigo parar de olhar para ele, ele parece ser diferente de todos que já conheci aqui e fora da escola, será que ele vai ser meu amigo? Será que ele vai ficar na escola? Às vezes não me sinto muito capaz, não ao ponto de fazê-lo ficar na escola. Se nem Leonor, que é linda e perfeita, não conseguiu o fazer ficar, quem sou eu para fazer tal coisa?


JACKSON

Não estou no lugar certo, não conheço o homem que me ajudou e muito menos posso me conformar com essas porcarias de poderes. Nada nesse lugar vai me fazer bem, essa não é minha casa, eu preciso de meus fãs. Não vou conseguir viver como uma simples pessoas, ou melhor dizendo, como uma aberração.

Esse lugar é um tremendo lixo, essas pessoas querendo que eu assuma que sou uma aberração, Arthur querendo ficar, e esse professor que fica falando que não posso sair. Não estou conseguindo pensar, muito menos com esse menino me olhando. Tudo que sei fazer nesse momento é chorar e chorar.

- Você pode sair, por favor? – Falo enxugando minhas lagrimas.

- Sinto muito incomodar você Jackson. – O menino responde se aproximando de mim.

- Eu peço para você sair e você se aproxima mais ainda de mim? – Dou um sorriso de canto e observo-o sentando do meu lado.

- Não quer ficar na escola, né? Você pode dar pelo menos uma chance para esse lugar lindo? – O menino fala dando um sorriso bem grande e lindo, acabo ficando um pouco hipnotizado e não consigo prestar atenção em mais nada, a não ser em seus lábios. – Você está me escutando? – Me assusto quando o mesmo fala.

- Desculpe-me, eu estava pensando em como sair desse lugar. – Minto abrindo um pequeno sorriso.

- Você não pode sair da escola Jackson, esse é seu lugar agora. Talvez você não goste de primeira, assim como todos os outros, mas quando você finalmente entender o que a escola quer fazer em sua vida, você vai amar cada detalhe desse lugar. – O moleque da um sorriso fofo.

- Quero ficar o mais longe da porcaria dessa escola. Todos vocês são aberrações.   – falo com os dentes serrados e me levanto indo em direção à escada.

- Não fala assim da gente, que pensa que somos? – O garoto pega em minha mão.

- Larga minha mão moleque. – Digo ainda de costas.

- Tenta ficar, por favor. – O menino fala educadamente.

- MANDEI VOCÊ SOLTAR MINHA MÃO GAROTO. – Puxo minha mão e empurro o menino.

Então, o menino se desequilibra e esbarra em um ferro que está no chão. Ergo minha mão bem rápido para segura-lo, mas... É muito tarde. O menino bate a cabeça no chão e fica desacordado no mesmo instante.

- Meu Deus, que vou fazer? A culpa foi minha, não foi? – Fico andando em círculos com as mãos na cabeça e completamente desesperado.

- QUE VOCÊ FEZ COM ELE. – Leonor aparece na escada, grita me fazendo arrepiar todo e corre para onde o menino está caído.

- Desculpa, foi sem querer, eu juro. – Falo quase chorando. – Eu não queria fazer isso. – Me aproximo deles.

- SAI DE PERTO DA GENTE. – Ela grita comigo e vou correndo para a saída a escola.

BLACK ROSE - Escola de anjosOnde histórias criam vida. Descubra agora