JACKSON
Estou muito perdido nesse exato momento, não sei para onde correr, não tenho nem mesmo para onde correr. Se Kim estivesse comigo, tenho certeza que ele já havia resolvido toda essa confusão. Juro que não queria machuca-lo, foi... Sem querer.
Não sei onde estou, acho que estou um pouco perdido. Depois que passei correndo por todas aquelas pessoas no corredor da escola, tentei ficar o mais distante possível de todos. Estou pensando em fugir da escola, mas, isso é mesmo possível? Vou realmente fugir e deixar aquele menino machucado? Acho que a culpa é toda minha.
- QUE PORRA, ÀS VEZES VOCÊ É UM BOSTA JACKSON. - Grito bem alto.
Sento no chão e coloco as mãos na cabeça pensando na merda que acabei de fazer. E se o menino ficar mal por culpa minha? Não sou uma pessoa boa, mas também não sou uma pessoa mal. Que devo fazer Deus? Tenho mesmo que ficar aqui? Ahhhhh, vou ficar maluco, eu preciso pensar bem rápido, preciso decidir meu futuro, rápido e agora.
Depois de horas e horas pensando no que realmente vou fazer, finalmente sei exatamente o que vou fazer. Não sei se vai ser uma boa escolha, mas... Só vou descobrir se é boa de verdade se eu tentar. Então, vamos tentar fazer a coisa certa?
Levanto do chão (Grama) e corro até a sala central da escola.
- Senhor? – Entro na sala sem permissão.
- Você voltou Jackson? Ah, espera, você não pode sair, né? – O diretor Christopher fala olhando por cima de seus óculos.
- Sem... Professor, eu... Eu posso ter outra chance? – Falo com a cabeça baixa.
- Outra chance Jackson? – Christopher se levanta da cadeira onde estava e vem em minha direção.
- Sim senhor. – Falo firme.
- Então você tá aceitando que você é um dos anjos do céu? – Ele fala bem perto de meu rosto.
- Sim.
- Ok, Você já vai começar ajudando Arthur. – Ele fala se afastando de mim.
- Ajudando aquele fu... Ajudando Arthur em que? – Falo cruzando os braços.
- A porta que você e Arthur destruíram... Bom, aquilo lá não é problema meu.
- Você... Você quer que eu arrume uma porta? Eu? – Começo a rir. – Você tá brincando comigo não é mesmo? Sou uma pessoa famosa, acha mesmo que sei arrumar uma porta? – Fico serio.
- Se você quer que a escola toda veja você despida ou babando quando estiver dormindo, então... – Ele se senta novamente em sua cadeira e fica de bostas para mim.
- Pr... Professor... Como está o... – Pergunto gaguejando e de cabeça baixa.
- Não se preocupe a culpa não foi sua, a culpa foi toda minha. Eu não deveria ter o mandado procurar você. – Ele fala apoiando os cotovelos nas pernas e as mãos na cabeça.
- Eu juro que não... – Minha voz falha.
- Sei que não foi sua culpa Jackson, às vezes ficamos fora de controle. E... Sobre Aiden, Bem... Ele vai ficar bem, não se preocupe tanto. – Ele fala se levantando e indo em direção à porta. – Agora, se me der licença, tenho que assinar seu nome no livro. Qualquer coisa que precisar, pode perguntar para o professor Pitter. – Ele abre a porta para que eu saia.
- Ah, claro. – Saiu da sala e vou para meu quarto ajudar Arthur a arrumar a porta.
Depois de horas tentando arrumar a porta de nosso quarto, meu Deus, eu estava morrendo de vergonha, todos ficavam passando por aquele caminho. Parece que só tinha aquele corredor em toda a escola. Mas, como já falei, finalmente terminamos.
Estou jogado no chão do quarto, de um jeito que nunca pensei que estaria um dia. Mas, nesse momento, devo tomar um banho e ir ver como Aiden tá?
- Arthur, acha que Aiden tá com raiva de mim? – Pergunto me sentando no chão e encaro Arthur.
- Quem é Aiden – Ele se levanta e pega uma toalha que já estava no quarto.
- Aquele moleque que estava com a gente na sala do diretor. O que eu machuquei hoje. – Falo levantando-me do chão.
- Desde quando você fica preocupado com alguém? – Ele sorrir.
- Hahaha, engraçadinho. – Baixo a cabeça.
- Você está mesmo preocupado com o moleque? – Arthur se aproxima de mim com cara de safado. – Porque você o machucou? Ele pegou em seu... – Ele olha para minha calça.
- Seu idiota. – O empurro.
- Que foi? – Ele começa a rir de minha cara.
- Você é mesmo um grande idiota. Sabia que conversar com você era uma grande besteira. – Reviro os olhos.
- Vai até ele e peça desculpas. Isso é a única coisa que você pode fazer. – Ele vai para o banheiro que tem no quarto e tranca a porta.
- ESSA É A MELHOR OPÇÃO? NÃO TEM OUTRA? – Grito para que Arthur escute.
- VOCÊ PODE O DEIXAR COLOCAR A MÃO DE NOVO. – Ele grita do banheiro e começa a dar gargalhadas.
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BLACK ROSE - Escola de anjos
FantasyEsse livro fala sobre a luta de filhos de anjos. A Escola Black Rose ensina para seus anjos (Metade Anjos, metade humanos) a ter fé, amizade, amor e comunicação. Black Rose vai muito além dessa sinopse. A história foca na luta de alunos e profe...