CAPÍTULO 25

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JACKSON

Depois de alguns minutos esperando, finalmente a comida já está pronta. Entro na pequena fila, faço um prato bem leve para Aiden e outro para mim e vou em direção ao meu quarto. Mas, vejo alguém batendo varias vezes e com muita força na porta do quarto.

- EI, NÃO BATA COM TANTA FORÇA. – Grito de longe e me aproximo rapidamente.

- Isso não é problema seu, vai cuidar da sua vida, cara. – O menino alto e musculoso fala batendo novamente na porta.

- Não é problema meu? – Dou um sorriso sarcástico.

- Quem é você cara? – O menino pergunta olhando para mim.

- Sou o dono do quarto que você está quase quebrando a porta, e vai por mim, você não vai querer derruba-la, deu muito trabalho para colocar ela da ultima vez e não pretendo colocar outra tão cedo. – Falo olhando para o lado. – E você, quem é?

- Sou Max, irmão gêmeo de Scott. – Ele fala batendo outra vez na porta.

- Cara... – Suspiro bem fundo. – Eu não conheço esse Scott, não quero saber quem. Mas, quero que você vá embora agora. – Falo bem serio.

- Não vo... – A porta se abre e vejo Aiden com o rosto vermelho, parece que...

- Aiden, você estava chorando? – Pergunto sem entender nada.

- E... Eu... – Aiden começa a gaguejar.

Ver Aiden gaguejando, o rosto todo vermelho e lembrar-se do cara batendo na porta... Eu só consigo pensar em uma coisa nesse momento, em quebrar todos os ossos da cara desse paspalho que fez Aiden chorar, não sei exatamente porque estou sentindo todo esse ódio, mas, só sei que não vou me conter.

- Cara, eu mandei você ir embora enquanto ainda tinha tempo, mas, agora vou ser obrigado a bater em você, sabe por quê? – Entrego a bandeja com comida para Aiden e dou pequenos passos em direção ao menino.

- Estou pronto para descobrir. – O menino saca uma espada dourada que antes não conseguíamos ver, mas que agora é bem visível.

O menino vem com tudo em minha direção e tenta acertar-me com sua espada, mas antes mesmo que ele possa chegar até mim, faço com que ele saia do chão apenas com dois dedos e um pouquinho de magia.

 De repente seu irmão chega, acerta-me no estomago, me fazendo ficar de joelhos diante deles e um pouco de sangue sair por minha boca.

- QUE PORRA JACKSON. – Ouço alguém gritando meu nome de longe e viro-me para ver, adivinha? Com toda certeza é Arthur. – Acho que dois contra um é bem injusto, não?

Olho para Arthur e logo ele saca sua arma secreta também, a grande lança preta. Na verdade não queria ver Arthur em uma briga minha, mas, eu não quero Scott, e sim seu irmão. Não o mandei mexer com me... Aiden, muito menos fazê-lo chorar.

- Podemos começar senhores? – Arthur pergunta dando um sorriso de lado e os olhando fixamente.

De repente ouço uma bandeja caindo, e quando me viro não vejo apenas ela no chão, também vejo Aiden desacordado. Meu coração começa a bater mais rápido a cada segundo que o vejo lá, fico completamente desesperado e corro para até ele.

- Aiden, Aiden... – Fico o chamando, dando batidinhas em seu rosto e sinto meus olhos transbordarem no mesmo instante que não o vejo abrindo os seus lindos olhos azuis.

- Aiden? – O menino da espada chega perto e pega na mão de Aiden que ainda está desacordado.

- afaste-se dele imediatamente seu idiota. – Falo com muita raiva.

Pego Aiden no colo e desço as escadas para leva-lo a enfermaria que tem na escola. Não estou conseguindo pensar em nada, apenas estou sentindo minhas lagrimas rolando em meu rosto. Mas... Porque estou chorando? Eu não consigo entender tudo isso, Não consegue entender esse sentimento dentro de mim.

Chegando a enfermaria, coloco Aiden na cama e o cubro com um cobertor que está aos seus pés. O medico pede para todos saírem da sala e esperarem fora, mas... Eu simplesmente não quero deixa-lo, e se ele acordar e precisar de mim?

Mas, de repente sinto alguém pegando em minha mão e quando olho é Arthur me puxando para fora, eu quero muito ficar, quero muito mesmo, mas... Eu não posso Aiden, sinto muito.

Depois de vários minutos, vejo o diretor Christopher vindo em nossa direção com cara de bravo, parece que ele ficou sabendo da briga que a gente quase teve. Mas, a culpa não é minha, eu mandei aquele idiota ir embora.

- VOCÊS ESTÃO MALUCOS? – O diretor grita com muita raiva.

- Não foi à gente que... – O diretor me interrompe.

- Não termine essa frase infantil, vocês são crianças? – Um pequeno silencio reina na sala por alguns segundos. – ME RESPONDAM. – O mesmo grita novamente com a gente.

- Não senhor. – Baixo a cabeça um pouco envergonhado com tudo aquilo. Mas, se fosse para eu defender Aiden, eu faria tudo de novo sem hesitar.

- Quero vocês em minha sala agora, todos. – Ouço o diretor falando em um tom calmo.

- Senhor, eu sinto muito, mas não vou sair enquanto Aiden não estiver bem, Nem que isso dure a noite toda. – Falo calmo.

BLACK ROSE - Escola de anjosOnde histórias criam vida. Descubra agora