Após perder a mãe, Karol se vê obrigada a mudar sua vida e ir morar com a madrinha na pequena cidade de Green Valley no interior do Arizona. O que ela não imaginava é que o destino lhe preparava um reencontro com alguém que ela nem lembrava conhecer...
Depois de 30 minutos sentadas em frente a mesa do Sr. Turner, o robusto diretor da Continental Elementary School District #39, o mesmo me entregou minha grade de aulas e me apresentou a escola. Quando o sinal tocou anunciando o fim da primeira aula e início da segunda, me despedi da minha tia e o acompanhei por um longo corredor até uma das salas.
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Após dar uma leve batida na porta, o diretor a abriu sem esperar resposta e foi entrando. Fiquei parada do lado de fora sem saber se devia entrar ou não.
— Senhorita Florez? — Chamou enquanto entrava — Temos uma nova aluna esse ano — Ele me olhou fazendo sinal para que eu entrasse e assim o fiz — Essa é a Srta. Karol Sevilla, sobrinha da Sra. Pasquarelli — A professora alta de cabelos longos e negros e olhos igualmentes da mesma cor me olhou e abriu um sorriso amistoso.
— Bom dia Karol! Seja bem-vinda a nossa escola. Pode se sentar alí se quiser — Me indicou uma carteira vazia ao lado de uma garota de cabelos loiros presos em um rabo de cavalo que parecia estar extremamente apertado.
Asquiesci e me sentei no lugar informado. Em seguida o diretor pediu licença e saiu da sala. A professora então deu continuidade à aula que logo indentifiquei se tratar de história. Abri meu livro e tentei prestar atenção ao que ela falava.
Um pequeno rebuliço começou a se formar quando a Srta Florez precisou sair da sala e deixou uma atividade para ser feita. Não demorou muito para que eu começasse a identificar o assunto. EU. Tentei não prestar atenção ao que falavam mas era impossível, já que era nítido que queriam que eu escutasse.
- Patricinha da cidade grande...
- Tem cara de metida...
- Ouvi dizer que é orfã...
- Coitada!
- Disseram que foi expulsa de casa!
O ultimo comentário me fez estremecer. Como alguém podia ficar falando esse tipo de coisa sem ao menos me conhecer?. Ia me virar para responder mas alguém foi mais rápido.
— E eu acho que seria bom vocês calarem a boca e parar de falar o que não sabem!
A voz me pareceu familiar. Olhei em volta procurando a origem da mesma até que meus olhos pousaram na escuridão dos seus. Ruggero estava sentado na mesma fileira que eu mas na outra extremidade da sala. Estava diferente. Talvez por isso não o reconheci antes. Usava uma camiseta branca justa, uma calça jeans preta rasgada na altura do joelho e uma jaqueta de couro. O tenis extremamente branco finalizava o estilo totalmente diferente do que eu havia acostumado ver nele.
