Mine. [Showki; BDSM]

Two

Como eu disse que avisaria quando conferisse meus horários: as atualizações dessa fanfic serão às sextas.

Boa leitura!

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Kihyun seguiu o moreno pelas escadas, depois caminharam pelo segundo andar até chegar em outra escada, a subindo em seguida e se encontrando em um enorme terraço. Não parecia um terraço ao ver do menor, para dele, estava mais para um enorme salão à céu aberto, já que era tão grande e sofisticado quando o primeiro e o segundo andar.

— Aqui é muito bonito, não é? — Shownu falou enquanto caminhava até o baixo muro e Kihyun caminho até ele.

— Sim, a vista também.

— Costumo fazer os eventos da minha empresa aqui também, ninguém usa o terceiro andar, para isso é necessário um número ainda maior de convidados e nessa época do ano, há riscos de chover. Mas ao meu ver, essa é a melhor parte de qualquer festa feita aqui.

— Também não gosta muito de festas?

— Acho que tenho coisas demais em mente para perder meu tempo com festas.

— Eu te entendo perfeitamente.

— Você trabalha com o que, Yoo Kihyun?

— Eu sou formado em letras, mas atualmente atuo como escritor e revisador.

— Que coincidência, eu sou dono de uma editora...

— Sério? — o moreno assentiu — Qual?

— Grator. — Kihyun ficou boquiaberto e engoliu seco — O que foi?

— Eu tentei enviei meus livros pra Grator inúmeras vezes, mas nunca consegui um bom resultado. — o acastanhado deu uma risadinha sem graça e desviou o olhar — Vocês são bem rigorosos com relação aos livros que vão publicar, não são?

— Sim, por isso a Grator é considerada a melhor editora. — Kihyun assentiu e suspirou, se virou e debruçou no muro em sua frente.

— Acho que não estou no nível de vocês.

— Tem algo que eu possa avaliar aí? — o moreno perguntou e Kihyun o olhou surpreso.

— O que? Isso é sério? — o outro assentiu novamente e o menor suspirou — Se nenhum dos seus revisadores gostou até hoje, por que o senhor gostaria? É provável que odeie ainda mais do que eles.

— Senhor?

— Me desculpe, é que eu não tinha noção da sua importância. Então eu pensei que agora devesse... me desculpa, eu não sei o que dizer, acho que estou nervoso... — Kihyun falou rápido, dando uma risadinha nervosa ao dizer a última frase.

— Está tudo bem, eu prefiro que me chame assim. — o moreno falou ainda com um sorriso de canto no rosto e o olhou o menor de cima a baixo, não conseguindo conter uma mordida em seu próprio lábio inferior, o menor o tentava. Ele desviou o olhar e suspirou, Kihyun abriu a bolsa que carregava e retirou um livro dalí, entregando ao maior em seguida.

— Esse é o meu mais atual, sei que o senhor provavelmente não vai gostar, mas não custa tentar, não é?

— Eu vou avaliar e caso eu não goste, posso anotar os motivos pelo qual não foi aceito pela Grator, aí você pode concertar e melhorar nos próximos. Claro, se isso não for te incomodar. — Kihyun deu um sorriso largo e assentiu.

— Faça como o senhor achar melhor.

— Por que trouxe um de seus livros para a festa?

— Foi assim que meu amigo me convenceu a vir, ele disse que poderiam ter donos ou funcionários de editoras aqui, ou até alguns escritores conhecidos, então eu vim e trouxe o livro pra aproveitar qualquer oportunidade. Mas pensei que não daria em nada, eu não teria coragem de deixar a festa de alguém chata falando dos meus livros.

— Que estranho, minha noite só parou de ficar chata no momento em que você apareceu. — Kihyun ficou surpreso e envergonhado com o comentário do outro, deu um sorriso tímido e desviou o olhar.

— Será que eu consigo me sentar aqui? — perguntou o menor, se referindo ao muro em sua frente, na intenção de desviar o assunto.

— Tome cuidado.

— Não deve ser tão difícil... — o menor falou ao se virar de costas para o muro, pegou impulso e logo subiu no mesmo, escorregando em seguida. Em um movimento rápido, Shownu se aproximou segurou a cintura de Kihyun firmemente com uma única mão, para evitar que ele caísse. Os olhos dos dois se encontraram e parecia impossível para ambos desviar o olhar.

— Eu avisei que deveria tomar cuidado.

— Eu não esperava escorregar. — o moreno sorriu e Kihyun olhou para a mão do mesmo em sua cintura, desviou o olhar para o rosto alheio e suspirou — Acho que eu deveria descer, não quero cair lá embaixo e morrer logo agora que tenho alguma chance de ter meu livro na Grator.

— Não, não é tão alto assim, você iria no máximo quebrar alguns ossos. Claro, isso se não batesse a cabeça. — Kihyun gargalhou e o olhou.

— Ah, obrigado, estou muito mais tranquilo agora! — falou brincando e Shownu sorriu.

— A sua risada é linda, o seu sorriso também. — o moreno disse em um tom baixo, largou o livro que segurava ao lado de Kihyun e se aproximou um pouco mais, se posicionou entre as pernas do menor e tocou a cintura do mesmo novamente, agora com as duas mãos — Você é lindo. — o coração de Kihyun estava acelerado e seu corpo inteiro arrepiou quando sentiu o maior  apertar um pouco mais sua cintura e o olhar — É como se eu fosse um imã e você me atraísse de alguma forma... — o acastanhado não respondeu, mas se sentia do mesmo jeito. Era inegável que havia uma ótima conexão entre os dois, Kihyun também sentia aquilo.

— Por favor, não me diga que me trouxe até aqui e foi legal comigo só pra me beijar ou me levar pra cama. — o menor falou sem pensar, aquilo era um medo dele, já que também se interessou no maior e era inevitável que tal pensamento passasse por sua cabeça. Shownu desviou o olhar dos lábios do menor para os olhos do mesmo, o dando um olhar de reprovação que fez o menor se arrepender imediatamente de ter dito aquilo.

— Eu não sou como o cara que te perturbou lá embaixo. — o maior disse sério ao se afastar.

— Me desculpa, eu não queria te ofender, eu só...

— Tudo bem, eu preciso ir agora. — pegou o livro no muro — Vi que deixou número e e-mail para contato no livro, eu vou ver o que posso fazer por você é entro em contato, tudo bem? — o moreno falou e se virou, começando a andar até a saída em seguida.

— Como o senhor quiser. — o menor respondeu e o outro parou de andar, se virou e se aproximou do acastanhado novamente, tocou a cintura dele e o desceu do muro. Deu um sorriso mínimo e se retirou do terraço, sem ao menos se despedir direito.