Thirty-five

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Já havia anoitecido quando Shownu entrou pela porta da casa, sendo surpreendido com algo que parecia um enorme rato, mas após analisar bem o tamanho médio, o rabo cumprido e o pelo com tons mesclados de marrom liso e curto, soube que se tratava de seu novo animal de estimação. O moreno se abaixou, largou a maleta no chão e começou a acariciar o cão, que balançava o rabo e pulava como se o moreno fosse um grande pote de comida.

— Quem vê o senhor assim não imagina que mandou que eu tomasse cuidado com o cachorro. — Kihyun disse ao se aproximar e tossiu, o moreno se levantou e se aproximou um pouco mais do menor.

— Você está bem? — o mais novo assentiu.

— Ele está limpo... — disse sobre o cachorro e voltou a o acariciar.

— Eu dei banho nele. Minhyuk não está mais trabalhando e veio me ajudar, o primo dele é veterinário, então levamos o Pudim lá e...

— Pudim? — o menor assentiu.

— Demos esse nome porque ele tem cor de pudim de leite e a parde do pelo mais escura parece a conertura. — o menor riu, havia gostado muito da ideia que teve — Queria que eu esperasse o senhor pra escolher o nome? Nós podemos mudar, ele ainda não se acostumou.

— Não, tudo bem.

— Então, o veterinário fez alguns exames e ele parece bem. Vai entregar o exame de sangue amanhã, mas disse que podíamos ficar tranquilos.

— Você não precisava ir sozinho, eu podia ter te ajudado. — o menor tossiu novamente e Shownu arqueou uma sobrancelha.

— Eu sabia que o senhor chegaria cansado e não queria que tivesse mais trabalho.

— Tem certeza de que está se sentindo bem? — Kihyun assentiu e caminhou até o sofá, sendo seguido pelo cão.

— Como foi a reunião com o investidor? — Shownu sorriu largo e os dois se sentaram.

— Ele viu muito futuro no seu livro e quer patrocinar ele. A empresa ainda não está recuperada, então com esse investimento, vamos poder divulgar ainda mais o lançamento.

— Então meu livro vai mesmo ser lançado?

— Não temos nem chance de voltar atrás. — os dois sorriram e Kihyun o abraçou, o maior retribuiu o abraço e sentiu o parceiro quente, se afastou um pouco e o olhou de perto, o olho do menor parecia pesado, Shownu tocou a testa e o pescoço alheio com as costas da mão e teve certeza de que o mais novo estava febril — O que você tem, Kihyun?

— Eu não sei. — respondeu e tossiu novamente.

— Espera, choveu a tarde inteira. Você pegou chuva? — o menor assentiu, hesitante — Por quê?

— Ele estava com medo.

— O que?

—  O Pudim. Eu tive que procurar ele e correr atrás dele, ele estava com medo e na chuva. — o moreno respirou fundo e abraçou o menor, o deu um beijo na bochecha, olhou para o cachorro deitado em seus pés e suspirou.

Shownu não disse mais nada, apenas pegou Kihyun no colo e o levou pelas escadas até o quarto. Empurrou a porta com o pé, já que estava aberta, e entrou, colocou o menor na cama e viu o cachorro subir e se deitar ao lado do menor. Shownu olhou para o cão e Kihyun abraçou o mesmo ao desviar o olhar, não queria que o maior reclamasse do cão em cima da cama, o moreno respirou fundo, caminhou até o armário, pegou uma blusa de frio e entregou para Kihyun.

— Vista, você deve estar com frio. — o menor não disse nada, apenas o fez, o moreno tinha razão, ele estava com frio. Shownu mexeu no armário e pegou uma caixa de remédios, se sentou na cama e começou a mexer na caixa — Você já comeu?

— Não, eu não estou com fome e minha garganta dói um pouco.

— Acha que consegue engolir isso? — perguntou o mostrando uma cartela de remédio pra gripe e o menor assentiu. O moreno pegou a garrafa de água que deixava em cima da mesa de cabeceira e deu para que o menor tomasse o remédio.

Shownu tirou os sapatos e se deitou ao lado do mais novo, que se deitou também, sentindo os braços do moreno o envolverem logo em seguida.

No dia seguinte, Kihyun amanheceu doente, então Shownu preferiu passar o dia com ele, o ajudando a cuidar de sua saúde e aproveitando para passarem mais tempo juntos.

(...)

Shownu acordou com o despertador do celular, não encontrou Kihyun na cama e nem o cachorro, então apenas se levantou e se arrumou para o trabalho. Assim que o moreno desceu as escadas, caminhou até a cozinha e viu o menor alí, colocando o café para fazer.

— Está melhor? — Shownu perguntou, assustando o mais novo, que sorriu e se aproximou.

— Estou sim, minha garganta ainda dói um pouco, mas só isso.

— Vai precisar de mim?

— Não, o senhor pode ir trabalhar tranquilo, a empresa deve estar uma loucura. Estou pensando em começar outro livro, então vou ficar no escritório tentando desenvolver essa ideia.

— Tem certeza? — o menor assentiu — Então eu já estou indo, quero chegar cedo hoje, estou cansado de escutar Hoseok reclamar.

— Tudo bem. — Kihyun sorriu e o maior o beijou antes de sair.

Mine. [Showki; BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora